quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Crer num outro amor


Genêro cinematográfico é uma coisa complicada. Pra certos filmes não existe definição. Fargo é um belo exemplo. Podia ter citado outro, mas esse clássico dos Coen foi o primeiro nome que me veio, já que o assisti novamente essa semana. Os diálogos são comédia, mas os assassinatos são de thriller. Sangue e gargalhadas. Isso é Fargo. Mas não é desse filme que eu quero falar. Nem desse gênero.

Há alguns dias atrás, assisti pela primeira vez Como roubar um milhão de dólares, filme que eu sonhava ver. Também pudera: juntar Peter O'Tolle( eu alimento um amor por ele desde pequena) e Audrey Hepburn(love, love) é pedir pra me agradar. E o filme vai além. Tem ótimos diálogos(amo diálogos,né?) e um roteiro enxuto,mas nada simplório. É elegante, tem charme. E mais: tem romance na medida certa. Esse "medida certa" que eu falo não tem nada a ver com a quantidade de beijos e declarações de amor. Tem a ver com olhares, diversão ao invés de pieguice, piadinhas afiadas ao invés de frases feitas, dessas que todo garoto besta usa pra impressionar. Como roubar um milhão de dólares tem um tipo de romance que anda em falta: aquele onde o bom-humor predomina. Afinal, amor não rima com humor à toa.

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

2008: entre lágrimas e gargalhadas


No fundo, eu nunca gostei do Natal. Sou que nem a minha mãe. Acho essa data melancólica demais, a gente pára pra pensar nas coisas que fez durante o ano, daí vem a culpa ou a saudade ou aquele clássico "porque eu não pensei nisso antes?".
Tá bom que nem tudo tá perdido: em os presentes, a ceia, a família reunida, muitas gargalhadas.Aliás, eu sou uma das que mais provoca essas gargalhadas, seja por um tombo ou por um comentário. Enfim, toda casa tem a sua palhacinha, e eu amo esse meu cargo.

2008...
Foi um ano dividido. O primeiro semestre foi confuso, mil coisas pra estudar, o projeto da monografia nascendo de um parto nada fácil. Também foi um período de muito choro. Algumas maáscaras que eu pensava que nunca existiram, caíram e me fizeram provocar um dilúvio. Não há coisa mais dolorida do que descobrir que seu amigo não é seu amigo e nunca fez questão de ser. Dói horrores. Não desejo pra ninguém. Foi um périodo onde eu tripliquei minha sensibilidade, fiz muita bobagem, me deixei levar demais. Errei muito. Cresci mais ainda.
Mas daí veio o segundo semestre e parece que emu anjinho da guarda pensou melhor: "vou dar uma chance pra essa guriazinha". E deu!! Ganhei de presente um sorriso que eu nunca vou esquecer. Dividi sonhos, encontrei a paz. Párece piegas mas é a real.
Por essas e por outras, quero agradecer cada pessoa responsável por me fazer feliz nesse ano que tá fazendo as malas pra ir embora. Mãe, pai, vó, vô, tio Luiz, Luiz Eduardo, Gabriela, Léo, Liane, Bine, Hedylaura, Flávia, Bebeto,Tio Sérgio, Cíndia, Rom,Mauren, Aninha, Clarissa,Marcelo, Ariana, John, Theo e Angelina:Vocês fizeram o meu ano valer a pena. Conhecer, conversar, dividir e aprender com vocês fizeram meu 2008 mais colorido.

Bjus da Bia

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Não gosto...e daí?

Eu quase tomei uma facada esse dias. Tudo porque um amigo meu ficou louco quando eu disse que não gostava do Radiohead. E eu não gosto mesmo! Odeio essa mania que algumas criaturas têm de achar que a gente não é normal se não gosta ou gosta de tal e tal coisa. Não curto Radiohead. Já escutei vários discos da banda, mas não quero repeteco. Não me toca, não me faz sorrir nem chorar. Tá lá e felicidade pra eles. Respeito, mas não curto.
Outro que não chega perto do meu som é o João Gilberto. Tenho amigos que acham genial, eu acho chatonildo de primeira grandeza. Tem a sua importância? Tem, sim senhor. Mas na minha sala ele não toca por nada. A não ser que eu esteja sádica e afim de me irritar. Não gosto.E pronto.
Engenheiros do Hawai. Tenho um vinil dele, mas é mero objeto decoratico. Não gosto. O Gessinger é uma simpatia, escreveu um livro infantil sobre o Grêmio que é lindo, mas eu não gosto da banda dele. Não vou atirar ovo quando eles passarem perto. Mas também não vou gritar nem catar papelzinho pra pedir autógrafo.

Temos a liberdade de gostar ou não de uma banda, de uma pessoa ou de seja lá o que for. Amigos queridos, me deixem levar a vida em paz e sem Radiohead na vitrola. Prometo nunca mais incomodar vocês. Contanto que não me venham com a história de que não gostam de Bob Dylan. Sinto informar, mas vocês são malucos. Alguém me empresta uma faca?

Bjus da Bia

Oblíqua, dissimulada e roqueira


Passei o dia contando as horas que falatavam para a estréia da microssérie Capitu, com direção do talentoso e ousado Luiz Fernando Carvalho. Esse cara já fez meu coração bater mais forte ao adaptar um dos meus livros preferidos para a tela grande, o tocante Lavoura Arcaica. Depois ele me fazia dormir mais tarde com o mágico Hoje é dia de Maria, talvez uma das coisas mais belas que a TV aberta já produziu.
E o primeiro capítulo já deixa claro que o diretor acertou a mão mais uma vez. Adaptar Machado de Assis(a única coisa boa que a escola me apresentou, diga-se de passagem) não é tarefa fácil. E Luiz Fernando escolheu o caminho menos óbvio: nada de adaptação literal e sim visceral. Os atores estão ótimos(Michel Melamed é um dos meus preferidos,adoro o cara faz tempo, meu ídolo, tudo de bom, exemplo de ator) e Letícia Persiles tem os olhos certos para o papel da Capitu jovem.Sem contar a tatuagem linda!!! E a trilha roqueira, então?! Black Sabbath e Beirute!!!! Quase infartei e sai cantando junto! Perfeita!

Fica a dica: assistam Capitu antes que a tv seja invadida pelos tenebrosos especias de fim de ano onde todo mundo sofre e fica feliz no final. Aff! Viva o lado bom da Tv Globo!

Machado de Assis é rock'n'roll. E isso a escola não ensina. Oh, mundo imperfeito!

Bjus da Bia, que sonhou a adolescência inteira em ter olhos oblíquos e dissimulados.

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Me encaminho para o oeste



Pessoal, tão cedo não volto a escrever aqui. Tá chegando o último semestre da facul e tá na hora dessa criatura que vos escreve tomar vergonha na cara. Por isso, deixo aqui o meu tchau para os leitores desse blog(eles existem??), em especial pra duas moças que eu adoro: Tati Py Dutra e Aninha "irmã" Bittencourt. Gurias, obrigado por sempre aparecerem aqui,com comentários ou simplesmente pra dar um oi.

Por hoje é só, amiguinhos! Vou lá cuidar dos homens que povoam minha monografia em estágio de crescimento.

Bjus da Bia

domingo, 23 de novembro de 2008

Mallu e Camelo



Confesso que um sorriso apareceu no meu rosto quando li a notícia de que Mallu Magalhães e Marcelo Camelo estão namorando. E logo depois do sorriso veio meu ato quase involuntário de aprendiz de jornalista de passar a informação adiante. E aí apareceram os engraçadinhos dizendo que isso é pedofilia, marketing e outras asneiras.
Mallu não é jogada de marketing, porque jogada de marketing nesse nosso Brasil tem que ter ou bunda ou roupa justa ou os dois. Mallu tem 16 anos, canta folk, fala como menina e compõe lindamente. Marcelo Camelo tem 30 anos e lançou um disco solo de chorar no cantinho. Pra mim, um casal que tem tudo pra dar certo. Mas sempre tem um bob pra jogar água fria. Estranho e motivo pra chacota seria se Mallu namorasse o protagonista da Malhação e não o Marcelo Camelo. Se vai durar, isso sempre é uma incógnita. Como cantam os dois:

"caberá ao nosso amor o aterno ou o não dá"

Enfim, desejo felicidades ao casal, com direito a muitas composições lindas!!!

Bjus da Bia.

domingo, 9 de novembro de 2008

Strip-tease



Vai ter que ser uma mala...tá, uma mochila já serve. Pra viagem de ida, a figurino é pra ninguém notar: camiseta branca e jeans. Óculos escuros que não quero trocar olhares até desembarcar no destino esperado.
Vai chegar lá e escolher a melhor peça. Vai desarrumar os conjuntos de modo que ninguém mais se entenda. Vermelho com preto, verde com branco, azul com rosa, renda com algodão, lady fatal com acabei de acordar. Combinar é para os fracos.
Vai se olhar no espelho uma penca de vezes, mexericar na lãmpada até que a luz não deixe a mostra as coisas que você não quer que el veja.
Via escolher a música certa. Nada piegas nem trilha sonora barata de boate de quinta. Talvez algo divertido. Tá bom que não era pra ser divertido, era pra ser sexy. Mas você não agüenta vê-lo feliz sem sorrir. Pronto, vai ser divertido. Ele merece que seja.

E quando tudo silenciar, a música, o nervoso,a boca, a noite...olha nos olhos e percebe:nunca ficou tão nua na vida.

Entre meninas


Sou péssima com números, mas arrisco dizer que 90% do que toca no meu mp3 e no som lá de casa nos últimos dias são vozes femininas. O porquê eu não sei...talvez aquele feminismo que eu tinha aos 13 anos tenha voltado e eu só aceito os conselhos vindos de letras de meninas. Minha última descoberta começou a carreira em 93 e eu choro baixinho por não ter descoberto isso antes.
The Donnas, as moças aí de cima, fazem um rock bacana, bom pra ouvir entre amigas enquanto os comentários rolam soltos. Quando uma grande amiga me mostrou o álbum Spend the night, foi batata: viciei. Daqueles rocks pra cantar quando a gente se sente a melhor garota do mundo, mesmo com a coisa desabando do lado de fora do quarto. Enfim é música pra ser feliz entre batons e guitarras. Escutem!

Bjus da Bia, a feminista feminina

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

O mundo vai mudar...



Eu descobri que sou uma otimista incurável. E que um sonhador vai morar na Casa Branca a partir de 20 de janeiro do ano que vem. Algo me diz que estamos no caminho certo. Obama conseguiu levar até as urnas uma gurizada que andava desiludida com aquele velho babaca que adora brincar de War com gente de carne e osso e que insistiam em chamar de presidente. Isso já me basta para admirá-lo ainda mais. Sempre gritei, mas agora posso aumentar o tom:
Go, Obama! Yes, we can!

Bjus da Bia

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Música escura

By Bianca Zasso

Dança na janela
o doce versinho
que foi meu presente teu
um boa noite rimado e calmo
enfeitando a cabeceira puída.

Grudou no cérebro
virou diversão na língua
a minha saída quando o papo acaba
Minha prece
para quando a saudade
proclama um sonoro olá
e senta confortável na poltrona.

Vou cantar
de olhos abertos
teu doce versinho
Sei que desafino
na melhor parte
e que você gosta
que seja assim.

Happy end


by Bianca Zasso

Não sobrou nenhuma prova.
Vestígios apagados.
Embaixo do tapete
talvez algum bilhete perdido.
Vai ser o banquete das traças
nessa noite que começa.

Cobertas acostumadas
com o formato da tuas pernas.
Um travesseiro com as tuas feições impressas
na fronha velha.

A tua camisa
pedindo pra ser lavada
mandei pro lixo
sem dar tchau.
Tirei um peso das costas
e caminhar pelo mundo
ficou mais fácil

Acordei sozinha e sorrindo.
My happy end.

domingo, 2 de novembro de 2008

Mensagem pra você: O batom


Tim, tim. Você recebeu uma nova mensagem de texto. Seu lado Cinderela ansei que seja aquele cara lindo que você paquerou no McDonalds, mas seu lado garota real desconfia que deve ser alguma operadora pateta querendo vender a mais nova invenção da humanidade. Não é nem um, nem outro.

Tu tava muito gata com aquele batom vermelho. bju

Como você não pertence a família dos felinos e sabe que essa frase deve ter sido enviada para 48 garotas além de você...

Obrigada! Depois te passo o nome da cor. Tá baratinho no Avon. Bjus

Enviar msg. F...off, guy!

Bjus da Bia

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Eu pensei...

...sinceramente em dar um fim a esse blog. Não que eu não goste, mas é que andava sem idéias e sei que quem vem aqui deve ficar fulo da vida de ver que não tem post novo. Enfim, pensei em dar um fim. Mas como tudo na vida, pensei melhor. E resolvi que esse cantinho é minha válvula de escape, mesmo que eu tente com todas as forças disfarçar esse fato.
Tive um fim-de-semana cheio de coisas. Vi algumas pessoas que amo irem embora por um bom motivo. Dei força, incentivei, sorri com significado de"vai! é esse o caminho". Mas nem por isso não sofri. Despedidas nunca costumam ser fáceis. Ainda mais quando quem vai embora é quem está sempre do teu lado.
Também dei boas gargalhadas. Tenho amigas que falam tanto quanto eu e basta um sofá velho e doce de leite pros diálogos insólitos não terem mais fim.

-Que sapato horrível!
-Ah, eu gostei.
-Mas tu pode!Se eu pôr um desses, a Maga Patalógica vem correndo pros meus braços gritando "filhinha querida!!!"

Pensei muito, também. Refleti sobre as minhas escolhas, os meus erros, as minhas vontades e os meus arrependimentos. E cheguei a conclusão de que não tem porquê pular do trem nessa altura da viagem. Vou esperar a estação tão sonhada chegar.

Bjus da Bia

domingo, 5 de outubro de 2008

Quase pronta


Ele olhou pra penteadeira lotada dela. Mil frascos, cores e aromas. Algodões sujos e pincéis espalhados.Nenhum frasco cheio. Gasta horrores, é exagerada. E sutil também, que ás vezes ninguém percebe que ela chegou.
E aí vem a dúvida.

-Por que tu nunca usa o mesmo perfume?

Ela interrompe o trajeto do batom pelo lábio e sorri.

-É que eu nunca sou a mesma.

Não ia mais perguntar pelo resto da noite. Tinha todas as respostas bem na sua frente.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Pra casar...


Eu não sou mulher pra casar. Adoro isso. Não fui criada pra ser esposa. Não tô dizendo que sou contra o casamento, apenas admito que não tenho talento pra coisa. Mas essa semana, vi que nem tudo tá perdido...uma moça talentosa e que já admitiu não acreditar em casamento, juntou os trapinhos com um moço de parar o trânsito.
Scarlett, tu merece! Te desejo filhos lindos e uma vida feliz!!!

Kisses da Bia

terça-feira, 30 de setembro de 2008

Bye, Butch...


Só agora consegui reunir forças pra falar sobre a morte de Paul Newman. Sempre demoro pra me manifestar quando perco meus ídolos. Paul era um daquele tipo de cara que tá em falta no universo: bonito, bom ator, dono de um coração enorme, corajoso e talentoso em tudo que fazia. Falando assim parece que éramos vizinhos. Mas eu sempre me sinto assim: quando gosto muito de algum ator ou cantor ou diretor ele faz parte da minha vida. Me preocupo se ele adoece, vibro quando ele é premiado. Paul vai fazer muita falta...espero que seu exemplo isnpire outros jovens atores. E seres humanos também.

As estrelas se vão. Mas quando o brilho é rela, torna-se eterno...não sei onde li isso. Mas é a verdade.

Bjus tristes da Bia

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Enquanto isso, no Velho Oeste...

Agora agüenta! Minha monografia ainda não tomou conta da minha vida mas já tá frequentando por umas boas horas. Peço perdão por não postar mais aqui alguns poeminhas aprendizes ou uns contos mucho locos. Mas hoje deixo um presentinho...


http://www.youtube.com/watch?v=IRNImRxRNjc

Acessem e divirtam-se!!! Eu não vivi esse tempo, mas sou viciada nesses moços de pistola.

"As pessoas adoram foras-da-lei. Eles sempre serão, de alguma forma, lembrados."
Jesse James

Bjus( e tiros!) da Bia

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Post fútil

Queridos leitores, desde já, perdão por escrever pouco aqui nesse cantinho. Ando meio tonta de tanta coisa que acontece nessa minha vida. Tive um fim de semana ótima, cheio de conversas engraçadas, boa música, bons filmes e carinhos sem ter fim. Isso sem contar os cowboys e os samurais me perseguindo por conta da monografia. Enfim, tá tudo tão bom que chega a dar medo de falar alto sobre essa felicidade. Tá bom, ninguém entra em blog pra saber como anda o humor do seu autor, mas esse negócio é meu e eu falo o que me vier na telha. Já deu pra ver que minha alma rebelde voltou a funcionar, né? Já era hora...os últimos tempos foram cruéis e já era hora de dar um jeito na bagunça.
Por isso, resolvi postar a listinha que fiz no sábado( amooo listas!!) sobre as coisas boas que aprendi a dar valor depois de passar por uma fase negra:

-Acordar antes do sol pra trasformar uma idéia em texto;
-Receber uma ligação que te diz "quer comer pipoca aqui em casa? eu comprei a 2° temporada do Gilmore Girls!". Bine, te adoro!
-Deixar de lado os livros por alguns minutos pra trocar bersteirinhas no msn com a melhor amiga;
-Ouvir Black Crowes bem alto!;
-Gargalhar entre um chocolate e outro;
-Assistir três faroestes seguidos e depois ficar discutindo se o Butch Cassidy era mais legal que o Jesse James(João, tu sabe que eu tô sempre certa!!)
-Descobrir afinidades de uma forma natural;
-Ouvir elogios sinceros;
-Pedir uma opinião boba e ganhar um desenho lindo;

Tem bem mais coisa...mas essas eu listo em segredo.

Bjus da Bia!!!!

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Musa

Senti um arrepio
ao ler as primeiras linhas
do teu romance gigantesco.
Mandei um recado
pedindo se aquelas palavras
eram endereçadas a mim.

A resposta foi não.

Tá certo, então...

Já que não tenho porte
pra ser a tua musa
fui até o espelho
catar o brilho
que você insiste em não ver
nos meus olhos.

By Bianca Zasso

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Interessantes

Como diria um amigo meu(que estuda medicina, mas tem talento pra filósofo, principalmente quando está sob o efeito do álcool): "uma mulher interessante é uma feia inteligente".
Meu amigo não foi lá muito feliz, né? Eu sempre associei mulheres interessantes à moçoilas espertas, descoladas, autênticas e inteligentes. Por isso, tô seguindo a corrente das minhas amigas e publicando aqui nesse meu canto, minha lista de "mulheres interessantes" ou, como disse e Bine !"mulheres que são tudo que a gente queria ser!!!".

Angelina jolie(bom coração, boa atriz, autêntica demais!!!)
Scarlett Johansson(ela canta Tom Waits e é ótima atriz!)
Natalie Portman(personalidade forte e super atriz)
Juliette Lewis(rockkkkkkk!)
Diablo Cody(ídola! roteirista, ex-stripper, inteligente, incrível!!!)

Tem mais...mandem sugestões! Bjus da Bia, a aspirante a mulher interessante

Capa de disco

Acordei sem pressa.
Perambulei pela casa
de pés descalços
e a cabeça infestada
por uma música estranha
Um zunido ritmado
barulhinho bom.
...procurava na geladeira
uma resposta e uma fruta
quando levei o susto!
Minha coleção de discos
toda rabiscada
palavras soltas entre as faixas.

Agora entendo.
Você quer sempre estar por perto.

E aquela música estranha
também deve ser
criação sua.

By Bianca Zasso

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Um teto para dois

Cansou. Já havia escrito mais de 12 páginas sem parar. Os dedos não estavam mais respondendo e a cabeça menos ainda. Chega por hoje. Precisava de um banho e uma xícara de café bem quente. Ao se afastar da escrivaninha, deu de cara com a cena: ele fazendo toda aquela pose, se mexendo sem parar na cadeira, rabiscando e rasgando folhas e mais folhas. Quem vê de fora pensa que é um gênio criando. Mas ela sabia: não passava de um babaca interpretando. Mal, por sinal.
Era péssimo escritor. Versos de quinta categoria. Bizarros, no pior sentido da palavra. Histórias pobres e previsíveis sobre homens que traem sem parar suas mulheres. Na verdade, quem sempre foi corno foi ele. A última esposa trocou ele por um fazendeiro rico de Santiago. "Vai ser um sucesso, tá perfeito", ele resmungava baixinho. Coitado. Acha que tem futuro e adora dizer que os versos dela são fracos e simples demais. Ela não escutava mais. Sabia que se ele odiava, era porque tinha tudo pra agradar.
Onde será que ela estava com a cabeça quando topou a parada de morar com ele? O papo furado daquela noite não enganaria nem a mais besta das criaturas femininas. Ela sabia. Mas precisava de um teto e alguém que tivesse canetas e papéis de sobra.

Bjus da Bia

domingo, 31 de agosto de 2008

Fica comigo esta noite

Tempos atrás, passei uma noite inteira sem pregar os olhos, com um caderno em uma mão e uma caneta na outra. Havia palavras soltas dentro da minha cabeça e eu precisava colocá-las em ordem. Estava trabalhando.
Tudo bem, tudo bem. Muitos vão dizer que escrever não é trabalho. Mas só quem escreve sabe o trabalho que é colocar no papel aquilo que atormenta a nossa mente e que não há horário melhor que a noite para fazer isso. Não entendo patavinas de como funciona o cérebro humano, mas já cansei de ver entrevistas de grandes escritores e todos eram unanimes na opinião de que a noite é o melhor momento para se criar histórias. Talvez tenha a ver com o “falso silêncio”. Ao mesmo tempo que tem um monte de gente dormindo, tem um outro monte trabalhando e mais um bom bocado se divertindo. Ah, e também tem uns escrevendo, não esqueçam.
Uma vez fui dormir com um verso inteiro prontinho dentro da cachola. Decidi confiar na minha memória e não anotei nada. Burra, burra, burra! Na manhã seguinte, quem disse que eu me lembrava do bendito verso? Deveria ter passado à noite em claro e terminado o poema. No outro dia estaria bocejando de três em três minutos, mas pelo menos meu poema ganharia uma página para chamar de sua.
Aprendi a lição. Nunca mais durmo com um poema na cabeça sem antes transformá-lo que seja em um rascunho cheio de garranchos. Minhas horas de sono diminuíram, minhas olheiras aumentaram. Gasto mais com óculos escuros do que com sonífero, mas pelo menos não deixo nem um verso escapar. O que eu ganhei com isso? Alguns elogios e uma boa quantia de críticas construtivas.
Tenho jornada dupla à noite. Primeiro faculdade, depois trabalho. Muito trabalho. Principalmente quando uma tal de dona inspiração decide tirar folga e ir para o Paquistão. A pé. Noites e noites de folhas em branco. A gente chama, grita, oferece uma bala e nada da dita cuja dar às caras. Daí a gente apela e o coitado do papel tem que aturar coisas como:
Versinho querido
fica comigo esta noite
e não te arrependerás
lá fora o frio é um açoite
calor aqui tu terás
Dá próxima vez que você ver alguém bocejando pela rua, com um caderninho na mão, pense que ele pode ser um poeta que, assim como eu, descobriu o vasto mercado de trabalho noturno.

Bjus da Bia

domingo, 17 de agosto de 2008

Ela chegou

Menti demais por 21 anos. Me enganei, passei pano com perfex na minha face e noresto do corpo inteiro. Virei menina limpinha, cheirosa de flor e incrivelmente sociável. Quando fechavaa porta,agüentava a fera com certo prazer. Era a Bia do mundo contra a Bia real. Muito arranhões, vasos quebrados e folhas rasgadas. Estou aqui pra cumprir minha missão, dizia uma. Tua missão que se exploda!, retrucava a outra.
O peso nas minhas costas estava demais. Precisava me livrar, um jeito engraçado de falar a palavra libertar. E quando mais um príncipe apontou no horizonte, com seu sorriso de porcelana e suas palavras milimetricamente perfeitas, cedi. Não pensei antes de mostrar-lhe o dedo médio e sorrir gargalhando. Vou voltar correndo e me jogar ofegante nos braços do meu cafajeste! Ele erra o verbo e eu gosto assim. Lê por diversão e não para encher a estante, mera decoração. Ele é. Não faz de conta ser.
Ela chegou. A verdadeira Bia. Entrego de mão secas a arma. Lhe darei a honra de apertar o gatilho. Dois tiros, por favor. Quero bem morta. Bang-bang! Igualzinho os rapazes do filme do Don Siegel. Tá feito o serviço. A Bia real assume o porto e assina o compromisso de nunca deixar o cargo. Assina embaixo, em cima e rabisca nas paredes também. O velho poema se repete. Vai ser tua Bíblia a partir de agora. Rasgo a roupa e me entrego. Nunca fui tão certa: errada e imperfeita, do jeito que eu quero.
Está tudo no caminho certo. O torto, é claro.

quinta-feira, 31 de julho de 2008

No meio da tarde...

Gargalhadas nascem do nada. Talvez algo que ele disse ou um silêncio depois de uma resposta mal-pensada.
Olhares nascem.
-E se não der certo?
-Como assim?
-E se tudo se confirmar? Digo, o que eu sinto, sabe?

Pensa olhando pra xícara.

-Não tem problema.
-Sério?
-A única certeza é que vai ser eterno, mesmo que mude. Pelo menos pra mim.

Olha.

-Pra mim também.

Bjus da Bia !!!!!

Conversar, papear, trovar...


Eu amo conversar. Encho o saco de muitos e divirto outros tantos. Acho que é uma das melhores coisas da vida: conversar, trocar idéias, descobrir coisas novas, dividir conselhos ou simplesmente falar bobagens inspiradoras(né, Bine?!).

Ontem assisti Antes do pôr-do-sol, com direção de um cara que eu acho bacana e criativo, o Richard Linklater. O filme é a continuação de Antes do amanhecer, filme que quando vi pela primeira vez, aos 15 anos, fiquei completamente pasmada. Era um amor desesperado e, ao mesmo tempo, sem futuro certo. Era lindo, mas tinha tudo pra dar errado. Passar um dia com alguém e marcar um encontro pra dali 6 meses? Em Tarde demais para esquecer, com a Deborah Kerr e o Cary Grant, não deu muito certo.
Sou desconfiada por natureza. Jamais acreditaria que um cara estivesse no lugar marcado, 6 meses depois de me conhecer para, enfim, decidirmos as coisas. 6 meses é uma eternidade, ainda mais quando se fala em relacionamentos. Dá pra namorar, casar e descasar nesse meio tempo.
Antes do pôr-do-sol é um filme baseado no diálogo. Talvez por isso tenha me encantado tanto. Porque a gente só conhece alguém conversando.Essa história de amor à primeira vista pra mim é balela e até no cinema fica estranho. Mas em amor à primeira conversa eu acredito. Julie Delpy e Ethan Hawke falam sem parar. Falam da vida, dos medos, da morte, de sexo, de amor, falam besteira. E falam de música. E abrem suas vidas. E se entregam.
Palavras tem poder e, assim como as pessoas, podem machucar ou salvar um dia. Cuide as suas. Mas também não se esqueça de dizê-las quando o coração mandar. Arriscar é preciso. Mesmo que vida não permita uma borracha ou um "delete" para mudar de rumo.

Bjus da Bia ;)

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Homens diferentes


Tem gente que acha ele horrível. Eu acho lindo!!! E não é só por causa dessa carinha aí. Javier Bardem é mucho mas!
Pra começar, um ator de primeira. Não tem só técnica e instinto, mas tem coragem. E coragem é primordial para um ator, ao meu ver. Sem coragem não adianta nada saber fazer beicinho ou chorar com veracidade. é preciso se ariscar, escolher justamente o papel que todas acham que você não devia fazer. E Javier Bardem é assim. Estou contando os dias para assistir Vicky Christina Barcelona, novo longa do power Woody Allen onde ele contracena com a sua senhora, Penélope Cruz. Oh mulherzinha sortuda!

Fiquem com ele, meninas. E meninos, inspirem-se. Arriscar-se não é só coisa de ator. É coisa de homem de verdade.

Bjus da Bia

quinta-feira, 24 de julho de 2008

E ainda canta



A-do-ro Scarlett Johansson! Uma das minhas atrizes preferidas, um equilíbrio invejável de beleza e talento. E agora a moça está cantando. Ela já tinha soltado o gogó em alguns filmes, mas agora é pra valer. Ouvi seu disco de estréia Anywhere I lay my head e gostei muito. A voz da moça é diferente...não tem a doçura sexy da Norah Jones, mas é boa de ouvir e combina com a atmosfera de sonho das faixas. Tá bom que o repertório ajudou muito: Tom Waits do início ao fim. O tom soturno das canções combinou direitinho com ela. Pra quem esperava uma bonitona rebolante em cima de um palco, Scarlett deu nos dedos! Canta com discrição, delicadeza, sem perder a atitude em nenhum acorde.

Vale a pena ouvir.

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Telefone toca e daí...

-Alô.
-Tu sumiu, guria? Tá aonde?
-Em casa.
-Mas tu não vai com nós pra casa da Sara?
-Ah, eu ia...do verbo não vou mais. Tô cansada.
-Do quê?
-Sei lá...
-Tá bom...hehe
-Não tô com clima pra festa.
-Vem pra cá que tu acha o clima.

Pensa...pensa...relógio...pensa...

-Passa aqui daqui 10 min.
-Bye!

E entre ois, abraços e quanto tempo? vários...achei o clima. Bem bom...
E quando pensei que a noite ia ser só me balançar ao som do Moinho da Bahia( oq ue já tava ótimo!), chega a pergunta...
-Quer ouvir Otis Redding?

Pasmei. Faltou um pouquinho do ar. A tal da senha.
O que tenho a perder? pensei...
Isso não tá certo, achei...
Meu coração deu o sinal...topei!

p.s. Seria esta uma obra de ficção???

sábado, 19 de julho de 2008

Apoie!!!!!

Duas garotas perdidas


Amy Winehouse devia beber/fumar menos e compôr mais. A moça tem talento e, talvez por causa da falta do mesmo para o amor, sabe como ninguém trasformar uma fossa numa bela canção. Espero um dia saber tão bem quanto ela...no mais, ando sorrindo mais do que devia.

Pra você eu fui uma chama
O amor é um jogo perdido
Cinco andares pegaram fogo quando você veio
O amor é um jogo perdido

Por que eu desejo nunca ter jogado?
Oh...que bagunça nós fizemos
E agora a cena final...
O amor é um jogo perdido.

Jogado pela banda
O amor é uma partida perdida
Mais do que eu poderia aguentar
O amor é uma partida perdida

Auto-confessado, profundo
Até as fichas acabarem
Você sabe que é um apostador
O amor é uma partida perdida

Apesar de estar bastante cega
O amor é um fato designado
Lembranças machucam minha mente
O amor é um fato resignado

Apesar das oportunidades fúteis
E das risadas dos deuses...
Agora a cena final;
O amor é um jogo perdido.
(Love is a losing game - Amy W.)

Por Hoje é só amiguinhos! Bjus da Bia

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Um poema...

...escrito ao som de Badfinger!!! Curtam!

Riscando o rastro

Não precisava dar-se ao trabalho
de impregnar os quadros da casa
com teu olhar pedinte
quase tristonho.
Eu ia lembrar de te escrever sempre.

Por que perdeu tempo
pendurando bilhetes no varal
cheios de recomendações?
Eu sei a hora certa das coisas

Deixou tuas histórias
bem à vista
exibidas no meio do jardim.
Como se eu já não as soubesse de cor...

É por isso que sempre cuido
pra ter minhas pistas
grudadas ao corpo.
Quem quiser, que venha pegar.

by Bianca Zasso

Os nomes


Nasceram os gêmeos da Angelina e do Brad. Tá, todo mundo já tá sabendo disso. Mas não podia deixar esse fato passar em branco aqui. Admiro Angelina Jolie como atriz (no novo filme do Tio Clint ela dá um show de interpretação!) e como pessoa. Ela podia estar lá, preocupada com o novo vestido ou passeando por aí. Tem grana, é linda, cobiçada. Mas ela é mãe com M Maiúsculo! Sim, porque parir qualquer mulher pode, agora ser mãe é outra história. Mas não é da minha admiração pela Angelina que eu quero falar hoje.

Os gêmeos que nasceram ontem se chama Knox Léon e Vivienne Marcheline. Cuma? Eu achei lindo. Sempre gostei de nomes diferentes desde os tempo em que batizava minhas bonecas. E, pelo jeito, vou conservar esse hábito.
Tá, Maria, Joana, Eduarda, Vitória são legais, mas tu chuta uma moita e salta umas 20gurias com o mesmo nome. Por sorte, fui a única Bianca da minha turma. Se tivesse outra, eu já ia me sentir mal. É bom ser única, diferente. Faz a gente seguir mais segura no caminho da vida.

Minha lista de nomes pros filhotes cresce a cada dia...mas já tenho uns 3 preferidos. Todos com um significado especial pra mim. Não precisa ser sonoro ou ficar bonitinho no papel. Tem que ter uma história, uma lição. Se quando crescerem, as crianças reclamarem, terei o maior prazer em explicar. Não sei se elas vão entender ou vão sair chorando. Só sei que farei a minha parte. Afinal, maternidade é muito mais que trocar fraldas.

Bjus da Bia

segunda-feira, 30 de junho de 2008

Madrugada de sábado

Abandonei meu trabalho. Minha cabeça precisava descansar. E o telefone tocar. Não era quem eu imaginava. Mas era a Bine, quem eu precisava.

-Bib's, tá boa?
-Tô cansada.
-Eu também. Já fez aquele texto?
-Comecei, mas falta muito ainda.
-E o amor?
-Que amor? Só se for o de mãe.
-Ah, Bi! Adoro a tua mãe, mas tu sabe do que eu tô falando.
-Tá, guria! Eu sei. Mas o amor ainda não bateu na minha porta.

Silêncio típico da Bine.

-Bia...
-Hummm...
-Tem amor que pula a janela, sabia?

Não terminei o texto. Não dormi. Pirei de vez. Em silêncio.

Bjus da Bia, a perdida

Confusão

Meu coração é retardado. Não foi nenhum médico que me disse, eu é que sei. Desde que nasci é assim. Mora uma confusão dentro de mim. Uma confusão que é ótima atriz: faz de conta que se controla na frente das visitas sem dar na telha. Mas basta a porta bater pra ela voltar a si.
Não conto pra ninguém, mas gosto dela. Se não fosse por ela, meu som não estaria sempre alto, minhas mãos sempre afoitas, minha mesa cheias de papéias rabiscados e minhas paredes tão cheias de recados pra eu mesma ler e fazer de conta que acredito. É ela que me faz falar mais do que a língua, cometer pecados perdoáveis(não acredito em pecado, mas pensar que é proibido aumenta a vontade), cantar fora do compasso e gostar de ouvir.
Confusão. Gosto dela. Amo, eu diria. Mas bem que ela podia ser compartilhada. Enlouquecer em dupla é mais divertido. E confuso.

Bjus da Bia

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Com a roupa que eu vou

Tenho que concordar com um post da minha repórter favorita(ela é muito mais coisa, mas se eu começar não vou parar mais de elogiar) Tati Py Dutra: odeio termos como mundo fashion ou tendência da estação. Não sou contra a moda. Nem a favor. Sei que essas primeiras frases podem parecer o começo de um discurso de uma estilista recalcada ou uma invejosa descarada. Mas não sou enm uma coisa, nem outra. Sou é uma sincera incurável.

Não nego. Gosto de olhar vitrines e revistas de moda. É divertido recortar umas idéias legias e tentar copiar. Mas nada doentio. Meu guarda-roupa é um samba do criolo doido: tem de tudo. Quando eu gosto e cabe no meu bolso, eu compro e pronto. Não me interessa se é "over". Aliás, "over" é ficar dizendo "over" pra tudo!

Eu não fico me preocupando se vou estar lançando moda ou imitando alguém. Se eu vejo uma amiga usando algo legal, elogio e copio sem problemas. Não vou perder minha personalidade por causa de uma roupa ou o que quer que seja. é só um pano pra cobrir o corpo. Se vestir devia render diversão e não preocupação.

Enfim, precisava desse desabafo meio futil. Vou continuar usando meia-claça com vestido curto, minissaia com All-Star, vestidinho à lá June Carter em festas e moletons à lá Juno. Vou continuar sendo eu mesma. É isso que todo mundo devia fazer. Não fazer da Revista Vogue a sua bíblia pode ser um bom começo.

Bjus da Bia

domingo, 22 de junho de 2008

O musical

Eu fiquei de cara porque não pude ir na primeira temporada. Mas meu anjo da guarda anda fazendo hora extra feito doido(isso é sério!) e iupiiiiiiiiii! Lá fui eu, ao lado de papai e mamãe assistir ao Musical Imembuy.
Sai do teatro simplesmente encantada. LindO lindo, lindo que só a gota!
As coreografias são a prova viva de que sim! o clássico e o moderno podem andar juntos sem brigas. Lembrou um pouco os meus tempos de bailarina revoltada, quandi insistia em criar coreografias para as minhas músicas preferidas em cima da ponta da sapatilhas.
O momento da procissão foi emocionante, tocante e todas as outras palavras que possam existir para dizer que a gente fica com lágrimas nos olhos. A voz daDeborah Rosa nem precisa comentar: arrepia desde o primeiro acorde.

Tá na cara que tudo isso só podia ter caído nas mãos do Mestre Bebs, né? Direção Geral de primeira!!!!! E isso não é puxa-saquismo...quem é bom, merece elogios, só isso.

é isso aí. Caso role uma terceira temporada, estarei lá!

Bjus da Bia

terça-feira, 17 de junho de 2008

As aventuras da Bia no Histórias do rock

Pouco um mais de um mês depois de iniciar o desafio de fazer tv sem ter a mínima intimidade com as câmeras, tenho que dizer uma coisa: tv é um barato total!!!!!
Nunca pensei que fosse me divertir tanto montando cenário, escutando os comentários e as imitações do Mineiro(Ritmo...é ritmo de festaaaa!hehehe) ou então falando das minhas bandas do coração. Tá bom que fui sortuda, pude imprimir no quadro o meu jeito de falar e as músicas que fazem a minha cabecinha. Mas não há como negar: perdi o medo de fazer tv. As mãos não tremem mais como antes, a voz nunca mais engasgou( salvo algumas enroladas na hora de falar nomes estranhos, coisas do mundo do rock!)e as perninhas estão firmes que só a gota.

Mas então, qual é a graça?

A graça é que a única coisa que não mudou foi a forma acelerada do meu coração bater toda vez que falo "daquelas" bandas a minha maneira.

Viu, mãe? Eu não disse que o rock'n'roll ia ajudar na minha profissão? Gracias por aturar a minha música alta e por fornecer grande parte da grana para montar a minha coleção de sons!!(Tá bom que metade daqueles vinis da estante eram teus. Eram. Sorry, mommy, agora eles já se acostumaram com os meus carinhos.

Bjus da Bia
E não percam: toda quarta, a partir do meio-dia, tem Studio Rock no canal 15 da NET. Reprise às 19 hs.

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Fast

E quando chega a loucura, atravessa as paredes e grita bem alto que vai correr a lágrima, e vai correr atrás de tudo...

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Domingo supremo

E lá estave eu, bem estirada no sofá, ainda dolorida por causa do salto de 10 cm que usei na noite anterior(Quem mandou esquecer o All Star dourado em casa!), comendo pipoca e conversando com a minha amiga doidona porém sábia, a Sabrine.
Daí surge aquele silêncio chato. O assunto acabou. A pipoca tava quase no fim.Até que surge a pérola:

-Bia, tu ainda tem aquele vinil das Supremes?

Eu dou aquele sorrisinho básico. Ela bate palminhas que nem criança quando ganha presente.

-Tá lá na estante. Vamos.

Esquecemos a pipoca no sofá da sala. E o quarto foi infestado por duas garotas que esqueceram de crescer.

Dica da Bia: procurem todos os discos das Supremes! São ótimos e animaram as minhas saudosas reuniões dançantes. Destaque pra canção Someday I'll be together.

Bjus da Bia e do seu coraçãozinho Motown!!!

Apenas uma garota

Sou apenas a garota
afundada no sofá
olhando pro teto
meus olhos fixos
numa besteira qualquer
isso todo mundo nota
mas no que eu penso
ninguém desconfia.

Eu desvio a conduta
eu imagino cada coisa
eu destruo alguns lares
e nunca perco a última sessão.

by Bianca Zasso

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Não resisti...

Cá estou eu, no meio do furacão...sem conseguir parar de pensar e escrever.
Um poeminha feito às pressas. é o que temos pra hoje.
Bjus da Bia

Tradução

By Bianca Zasso

Sinto o vento gelado
desenhar no meu rosto
o teu pior poema
Sinto meu coração retardado
dar pulos sem sentidos
e cantar desafinado
pelo menos uma vez por hora
e ele faz isso no meio da confusão
inundando os guardanapos de um restaurante barato
Conselhos soltos
nos teus lábios mornos
e nasce um estrondo
no meu sonho torto
quando teus olhos fogem
ou talvez procurem minha outra face
só que ela não tem a resposta

Minha tradução
não é assim tão simples.

No Set

Gurizada medonha! Minha vida tá que tá! Tem coisas pra fazer até cansar. Um curta-metragem( com direção da irmã mais velha que a faculdade me deu!)o Studio Rock e ainda as coisas da aula. Se mesu doid neurônios sobreviverem a toda essa loucuragem, eu volto correndo pra cá e escrevo algo que preste, tá???

Aguardem: Vem aí, Abandono, com roteiro e direção de Ana Bittencourt.

E não percam, toda quarta-feira, ao meio-dia, com reprise às sete da noite, Studio Rock: muita música e informação na TV UNIFRA!

Bjus da Bia, corridos, porém carinhosos

domingo, 25 de maio de 2008

Noite do Estilhaço

Sumiu de um jeito rápido
perdi de vista
logo depois
da primeira troca de olhares
Desapareceu
sem deixar bilhete
ou pegadas enlamaçadas
Abandonou o anjo
sem esquecer
de quebrar-lhe a asa direita
durante o sono de estrelas

E ela ficou dançando
feliz forte
coração cada vez mais apressado
mais afoito

A manchete grita
que você voltou e quer me ver
Sinto tuas pedras contra a minha vidraça.
Não dói mais.

By Bianca Zasso
Baralho viciado

As folhas amassadas
sob a cama
são as cartas do meu baralho
viciado
em sempre
te ter
por perto.


by Bianca Zasso

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Desenho no espelho


...eu devia pegar as coisas e sair correndo. Encher a mochila com as tralhas preciosas e ir parar no fim de mundo de onde eu saí cedo demais. A qualquer momento ele bate a porta com força de gigante, mas antes ele faz aquela cara de quem não vai voltar nunca mais e nem meia hora depois ele aparece sorrindo pras flores da casa. Aumenta o perfume, o vento corre e dança com as cortinas velhas e coloridas. Não desbotaram enquanto ele vagava pela rua.
Chega cada vez mais perto...eu devo ser o tipo certo de garota garota errada pra ele, mas as ilusões gritam sem dó dos meus tímpanos e o meu coração, tenho certeza, se ainda existe, vai sair pela boca.
A boca...a boca dele não não precisa dizer nada, eu já entendi. Mas mesmo assim podia repetir. Mas fica quieto como criança que aprontou...mais a criança não sou eu?, pergunto sem parar para o espelho embaçado. Sou a mulher mais feia da cidade, não entendo como tudo aconteceu e como aquelas palavras dele vieram na minha direção.Tem uma multidão de fantasmas lá fora dizendo o meu nome...nunca consegui ser assombrada de perto. Nem mesmo em cômodos escuros como esse. Nem chama de vela traz pra perto esse medo que eu devia sentir. Ele continua...uma sequência de notas musicais indecifráveis, desafinado como sempre, sem perder o charme. Não sei o porquê...ou talvez apenas queria esquecer.

Ele sabe que eu vou pedir bis antes mesmo do fim da primeira canção.

sábado, 17 de maio de 2008

Pequena notável


Eu acho a Betty Boop muito sexy. Pequenininha e sexy. Na infância, eu morria de medo de gente alta. Pedia pro anjinho da guarda me tornar uma moça baixinha que nem a minha mamãe. E ele fez o serviço direitinho. Mas tem gente que confunde mulher baixinha com cabecinha pequenininha. Que amor! Vão se catar os que pensam assim!
Eu sou pequena no tamanho, mas o cérebro tem mais de 1,80 cm com certeza! Não é porque a vida de dona de casa me cobra ficar na ponta dos pés( 17 anos de dança, obrigada!) para alcançar o armário que eu preciso ser frágil, do tipo se ninguém cuidar, catapof!, quebra. As mulheres mais legais, inteligentes, belas, corajosas, raçudas e divertidas que eu conheço medem menos de 1,70 cm. As altas podem até ter mais porte e passar um certo ar de superioridade, mas duvido que achem um sapatinho lindo no tomanha 39. Sorry, minhas amiguinhas grandonas. Adoro vocês do mesmo jeito, mas tinha que puxar a brasa pro meu assado.
Somos pequenas. E bem notáveis.
Ou, como diz uma amiga minha: "eu não sou pequena, eu sou compacta". O Nobel de Auto-estima pra Sabrine!!

p.s. A Sabrine foi pro beleléu! O prêmio de Pequena Notável vai pra minha irmã mais velha, Aninha! A moça que escreve "cem meias palavras". (www.cemmeiaspalavras.blogspot.com)

Bjus pequenos da Bia

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Brilho eterno de uma noite sem estrelas

A única coisa que restou um livro velho com uma dedicatória besta. "Com carinho, pra minha melhor aluna. W." Que meigo!Ele pensa que engana alguém. O pior é que engana. Ele é como eu.
15 anos, baixinha, parece sempre morrer de sono. Passa as tardes fazendo de conta que estuda ao lado da amiga que passa os dias tentando achar um namorada que seja a cara do Kurt Cobain.

-Bine...
-Ahm.
-Posso te contar uma coisa?
- Fale.
-Que tu faria se um cara te convidasse pra ouvir música na casa dele?
-Depende...quem é o cara?
-Acho melhor tu não saber?
-É presidiário?
-Não!
-Seqüestrador?
-Não!
-Gosta de pagode?
-Não!
-Ah, então não vejo mal nenhum.

Logo pra quem fui perguntar. Ela era uma querida, me escutava sempre, não era fresca...mas completamente neurótica com roubo, sequestro, essas coisas. Mas ela deu o conselho e eu segui. Fui.
Maldita hora em que decidi começar a subir aquela escada. Maldita hora em que toquei aquela campanhia. Maldita hora em que ele abriu a porta e sorriu. Sorriso maldito que me convidou pra entrar. Só lembro do disco da banda preferida dele sob o sofá. O resto eu lembro em silêncio. Ninguém precisa saber.
No outro dia eu fui pra escola com a mesma cara de sempre. No corredor, eu treinei meu olhar pra não avistá-lo. Sabia que estava arrependido. Que ia se envergonhar pro resto da vida do acontecido. Não pelas sensações, mas pelo que o mundo ia pensar. Se importava demais com o que a boca dos outros dizia. Garanto que nunca esqueceu aquela noite, algo deve ter ficado num cantinho do cérebro.
Eu segui o meu caminho torto de sempre. Chutei algumas pedras e passei a não perder nehuma aula de literatura. Sei que ele não queria mais nada, mas confesso que sentir um olhar dele na minha direção e logo depois perceber um clima "pare já com isso" da parte dele dava um certo prazer. Ele deve ter tomado um susto. Se alguém descobre, lá se vai a sua carreira promissora pelos ares. Quem mandou confiar na minha cara de boba.

Quero ser Diablo Cody


Adoro o John Malkovich, mas não quero ser ele, obrigado. Ultimamente eu ando admirada com as falas, os escritos e a atitude de uma moça chamada Brook Busey. Não conhece? Também pudera, os únicos que a chamam assim são a mamãe e o papai dela. O mundo a conhece como Diablo Cody. Ler esse nome pela primeira faz nossa imaginação trabalhar e imaginar algo sinistro, um cara( cody é um substantivo masculino) mal encarado, el diablo em pessoa.
Ledo engano! Diablo é linda, estilosa e tem sempre um sorrisão como esse aí do lado. E a prova viva de que dá pra chegar lá usando o cérebro. A moça arranjou um marido pela internet, virou stripper por pura curiosidade, escreve um blog(www.diablodocy.blogspot.com), lançou um livro e escreveu um dos roteiros mais legais que o Oscar já premiou: Juno (se eu começar a falar do filme, vai ser um tédio cheio de elogios).
Ela é daquelas meninas que não se importa em desfilar por um tapete vermelho usando um divertido vestido de oncinha e brincos de caveira( pensei que só eu gostase disso!) ou de sorrir entre lágrimas ao receber o prêmio mais badalado do mundo do cinema.
Diablo é inteligente, engraçada, sem papas da língua. Um tipo de menina em falta num mundinho de grifes e rostos perfeitos como Hollywood. Estou ansiosa por seu próximo projeto cinematográfico e não perco suas entrevistas. Ela sempre tem algo a dizer. Sem perder o jeito Diablo de ser.

Pois é, quero ser Diablo Cody. Ou algo parecido. Não sei se a parte da stripper( me falta talento, hehe!) mas no resto. Mas pra isso, vou ter que comer muito hambúrguer e parar de pôr freios na minha imaginação. Afinal, foi por causa da Diablo que eu descobri que meninas de moleton que erram na vida podem ganhar as telas e o coração das pessoas. Thanks, Diablo!

Bjus da Bia

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Studio Rock


Sim, mordi minha língua! Desde o primeiro semestre eu grito aos quatro ventos que não quero fazer tv. Mas daí veio a Renuska querida, com aquele jeitinho e largou a bomba: vamso fazer o Studio Rock? Como é que eu ia dizer não? A criatura pegou num dos meus pontos fracos, falar de música!
Confesso que as minhas duas primeiras gravações foram movidas a muito nervosismo e dificuldade de dicção. Mas nem dá bola! Se a gente não tentar, corre sérios riscos de se arrepender depois. Sem contar que montar cenário estressa, mas no fim das contas é a parte mais divertida!
Então, lá vai o convite: Dia 23 estréia Studio Rock, o seu programa de música da Tv Unifra. Com Renuska Celidonio e Rodrigo Simões no comando e essa Bia que vos escreve contando as Histórias do Rock. Ao meio-dia, com reprise as 7 da noite, canal 15 da NET. Não percam!

Bjus da Bia

domingo, 11 de maio de 2008

Canção amor

Ao telefone...

- Tu tá estranha...
-Eu? Capaz! Impressão tua.
-Aconteceu alguma coisa?
-Não. Nada.

Silêncio.

-Tá bom, eu conto. Eu liguei pra ele.
-Outra vez?
-Fazia tempo que não ligava.
-Mentira...tu vive achando uma desculpa pra ligar pra ele.
-Mentira! Eu precisava mesmo falar com ele.
-Pra quê?
-Pra pedir um favor.
-Que favor?
-Não interessa!
-Eu vou lá ouvir música. Tu só me estressa.

Uma hora e meia depois...

-Alô?
-Que tu quer?
-Tu viu que a nossa canção tocou no rádio.
-Tá precisando aprender a mentir melhor, sabia?
-É verdade! Eu juro.
-Homem quando jura é porque tem coisa...
-Como tu pode ser assim? Tocou e eu ouvi.
- A nossa canção nunca toca no rádio.
-Posso saber por quê?
-Porque ela é longa e complicada demais.

Tu, tu, tu, tu, tu...

Bjus da Bia

Quem sou eu?

O Orkut me pergunta toda semana e eu não sei responder. Daí fui espairecer pra tentar responder. Acabei achando um livro da Martha Medeiros(que é uma poeta maravilhosa, mas como cronista não me toca muito) que falava disso: você é tudo que já viveu, comeu, conheceu, beijou, leu, viu, etc.
Inspirada nisso, resolvi juntar os cacos que me fazem ser eu.

Quem sou eu? Eu sou...
Os joelhos esfolados no recreio da escola. Mue primeiro All Star. A boneca que chorava. A lancheira da Mônica que nunca fechava direito. A primeira aula de balé. A última aula de balé. A primeira sessão de cinema.Os brigadeiros de panela no domingo. A primeira coreografia. A primeira troca de olhares. O beijo ao som de Lynyrd Skynyrd. As madrugadas conversando. As gargalhadas que só nós entendíamos. As aulas da Viviane. As aulas do Sidi. As tardes ouvindo vinil, deitada no tapete da sala. As gincanas. As festas na casa da Ari. Os papos de música com a Cíndia. O pôster do Nirvada da Li. As caretas do Bernardo no meio da prova. As tardes ouvindo o Cafezinho. As noites de segunda escutando o Baú do Rock. O primeiro poema. Os rabiscos no caderno. Os pôsteres na parede do quarto. Os sábados assistindo faroeste com o vô. Os poemas que parecem ser feitos pra mim. Bob Dylan o tempo inteiro. O moleton azul. A minisaia preta. A farra nas maquiagens da Sabrine. As danças em frente ao espelho. O disco do Dylan que sumiu. O pedido de casamento. Os papos no msn. A faculdade. Os sonhos. Os roteiros que habitam minha cabeça.

é um bom começo pra uma resposta...

Bjus da Bia

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Um novo sentido

Na hora de escrever meus poeminhas queridos, sou guiada 100% pela emoção. Acho que até quando escrevo minhas matérias pra faculdade é assim, apesar do bichinho do "prestão atenção no lead" estar sempre do meu lado. Na hora que o poema acontece não tem como fugir. Pelo menos quando eu tentei fugir, acabei deixando escapar boas idéias. Enfim, mas ainda no compasso dessa semana de Feira do Livro, me vi tomada por uma sensação diferente: vi um poema meu ganhar outro significado pra mim. O que antes eram versos que nasceram de um fora antológico que tomei aos 16 anos, passaram a narrar a minha situação atual, aquela fase de "preciso esquecer essa história e partir pra outra, mas tá brabo".
Mudou o cara. Mudou a minha idade. Mas os versos ainda se encaixam. Fiquem com eles e divirtam-se!
Bjus da Bia

AINDA TOCA

Bianca Zasso

Lá vem ele:
o cara que até ontem,
entorpecia meus ouvidos
ensurdecia meu coração

A vida e seus rebotes violentos
chicoteando sem dó
indo aos pouquinhos
fazendo a bagunça.
Sequei por dentro
abandonei a batalha.
Só preciso de um gole
e tudo volta ao normal.

Eu não devia
mas olho pra trás:
lá vai ele
o cara que ainda arranha
meu lado B.

A madrinha


Primeiro de tudo: Thanks pra quem apareceu lá na Feira, ou então entrou em contato pra dizer "vai lá, garota!". Gracias, gracias!. Em segundo, aí vai uma historinha real, mas que podia virar um roteiro. Afinal, é a vida a melhor matéria-prima para o cinema, né?
Feira do Livro de 2004. Lá estava eu passeando pelas bancas com um brilho no olho que poucas vezes acontece. Adoro ver aquela praça recheada de livros e gente em busca deles. Fui até a banca da Casa do Poeta e comprei "Coração Guepardo", livro que me chamou a atenção pelo título: forte, sensível, enigmático. E qual não foi a minha surpresa ao encontrar a autora, Haydée ali, bem pertinho. Fui pedir um autógrafo( por motivo de que nem me lembro, acabei perdendo o lançamento, que foi no dia anterior). Papo vai, papo vem, o resultado foi esse: ela me lia e gostava. Pra quem pensava que seus poemas não alcançavam nem a próxima esquina, foi uma grata surpresa. Trocamos telefones e, entre um torpedo e outro, surgiu o convite pra integrar a CAPOSM. Aceitei, óbvio. E daí vieram outros poetas-amigos, três Confrarias e muitas trocas de idéias.
Haydée foi a minha madrinha. Eu me derreto com os versos dela e estou sempre atenta a sua opinião sobre os meus. Gracias, querida! Se não fosse por ti, meus versos estariam mofando na gaveta, encabulados como a dona deles.

E pra provar que eu estou muito bem de madrinha, aí vai um poema.

JUVENTUDE

Haydée Hostin Lima

...existe uma menina
navegante álacre nas
veias do meu destino
ás vezes vem tomar sol
na praia do meu pranto
e fácil se esconde
no meu riso
séria visita pronta sem juízo
anda larga em desejos
sai pelos meus dedos
desponta tranqüila
quando me quebro
em requebros a sós
escondida ávida
celebrada comovida
convidada por seus
beijos...

domingo, 4 de maio de 2008

Convite

Gurizada medonha, dia 7, quarta-feira, essa moça que vos escreve, junto com todo pessoal talentoso da Casa do Poeta de Santa Maria, vai estar na Feria do Livro lançando Confraria (in) verso VI . Todo mundo convidado, ok??
Ah, e prestigiem a Feira inteira...encham as sacolas!!!
Bjus da Bia

sexta-feira, 2 de maio de 2008

O primeiro tiro



Tanta gente pergunta que eu resolvi contar. Não sei exatamente o dia, nem a hora. Só lembro que era frio, muito frio. Tal qual está o dia lá fora hoje. Eu achei que estava sentando diante da televisão para ver mais um filme violento, mas não foi assim. Eu estava diante daquele que seria o estopim de uma das minhas paixões: o faroeste.
O filme: Era uma vez no oeste. No comando da "ópera da morte", Sérgio Leone. Um italiano perfecionista e dono de uma sensibilidade única para trasformar tiros, cavalos e poeira em obra de arte. O toque final: Charles Bronson e seu jeitão quieto de sempre dividindo a cena com os profundos olhos azuis de Henry Fonda.
Estava decretado o meu amor pelos westerns.
Eu devia ter uns 15 anos quando isso aconteceu. E daí por diante o que se viu foram muitas conversas com o meu avô( um eterno apaixonado pelo gênero...será genético?), muitas pesquisas, filmes, livros e sonhos. Uma série de imagens que eu vou levar pro resto da vida. Yul Brynner comandando os sete magníficos. John Wayne mandando a população pastar e indo em busca de uma quadrilha. Terence Hill mandando ver ao lado de Bud Spencer. Os rastros de ódio e a mea-culpa do John Ford. Tio Clint esbanjando charme e balas na trilogia do dólar.

Bang-bang tem fama de filme de garoto, com muito sangue e duelos. Talvez por isso algumas meninas ainda recuem diante da poeira do oeste. Não temam, companheiras! Quase sempre somós nós as responsáveis pelo duelo final. Quer mais poder que isso?

Bjus da Bia

quinta-feira, 1 de maio de 2008

Na cama com Grateful Dead

A garota sentou na cama e pediu um tempo pra pensar.

Não podia ter acontecido assim. Hora marcada, local estratégico. Não, definitivamente não podia ser assim. Solução? Aquela hora da noite ele devia estar dormindo ou ocupado com trabalhos que nunca têm fim. Ela nunca entendeu muito bem o que ele fazia. Ele nunca entendeu porque ela queria tanto saber. Não restava mais nada a não ser ficar na cama arrancando o esmalte que sobrou nas unhas.
Será que foi tudo um erro de interpretação? Mas e aquelas palavras? Ninguém fala aquelas coisas do nada! Vai ver ele é um maluco e eu entendi tudo errado. Ou vai a maluca sou eu e ele só quis ser gentil. Mas homens não são gentis com garotas assim, feito eu. A não ser que estejam muitos bêbados. Mas e a história do brinco? O cara reparou no meu brinco! E ele nem é dono de loja de bijuterias que eu sei! Será que ele falou por que era grande demais? E a letra? Ele reparou na minha letra tremida no guardanapo quando eu anotei o meu número. Será que é daqueles que identiicam a personalidade pela letra? Vi isso numa revista, uma vez. Minha letra tremida...que será que ele pensa quando lê aquele guardanapo? Vai ver já usou ele pra limpar a boca e jogou no lixo depois.
Chega. Não ligo mais. Que se exploda o cara da minha vida...ele não existe mesmo e nem se parece com ele. Vou voltar aos homens errados. Talvez me acerte melhor.
Ou então vou passar o resto da vida indo pra cama com o Grateful Dead.

Bjus da Bia

Elevador

O amor é um elevador. E isso não é uma rima pobre. É a mais pura e incontrolável realidade. Quando nos apaixonamos, um elevador maluco e sádico se constrói dentro de nós.
Ele vem vindo. Lindo! Com a camisa mal abotoada, a cara amassada e a calça puída, mas seus olhos o enxergam lindo. E lá vem o lindo. O elevador sobe, chega na sua garganta, quase te engasga. O lindo diz oi. O elevador vai sair pela sua boca. O lindo senta-se ao seu lado. Quase no mesmo instante, o elevador desce um pouco e faz uma parada brusca na altura do estômago. Aí, endoidece de vez. Sobe, desce. Sobe, desce. Desce, sobe. Sobe rápido e desce devagar. Sobe e desce sem parar. E assim continua até o fim da noite.
O lindo vai embora. Vai subindo devagar. O lindo diz que vai te ligar pra marcar uma saída, pra conhecer a nova casa de shows da cidade. Sobe, sobe, sobe, sobe ! Você reza. Pára de subir, pelo amor de Deus , que eu preciso falar!Você topa. O lindo vai, aos poucos se afastando. O elevador vai, aos poucos, descendo. Você volta pra casa. Espera. Elevador equilibrado. Passam cinco horas. Um dia. Dois. Uma semana. Três. O elevador se aproxima do chão. Você tem quase certeza que aquela elevação, que parecia ser um calo provocado por seu sapato novo , é a porta do seu elevador. Um mês. Telefone mudo. Elevador quebrado. Fossa total. O canalha, que a um mês atrás era o lindo, deve ter esquecido seu telefone. Você chora. Não me venha dizer que não chora, que esse discurso feminista auto-suficiente não me convence.
Quatro meses depois....
O telefone toca. É o Guto, seu amigo dos tempos de faculdade. Nossa, o Guto! Ele convida você para ir jantar na casa dele, conversar um pouco, relembras as hsitórias da turma. Você topa. Desliga o telefone e volta aos seus afazeres. Via ser legal sair com o Guto, você pensa. Mas, e o lindo? Lindo? Ah, sim. Me lembro bem. O Guto era um dos mais lindo da turma.
Reformas à vista. Um novo elevador começa a formar-se, pronto para subir, descer e amar.

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Só quem foi Juno sabe...


Eu não engravidei aos 16 anos, mas saí do filme Juno com uma única frese em mente: aquela menina sou eu. Já assisti ao filme duas vezes e penso seriamente em ir vê-lo de novo. Meu filme. Não escrevi o roteiro e não passei perto da direção, mesmo assim ele é meu. Aquele figurino sou eu aos 14 anos, cheia de casacos e estampas. Aquele cabelo sou eu. Aquele jeito de ver o mundo nunca foi tão meu.
Mas esquecendo um pouco minhas identificações com a protagonista, Juno é um grande filme. Tem diálogos ótimos( coisa em falta, não acham?), uma trilha sonora que deixa o coração sorrindo e, o mais importante, é real. Não há nenhum resquício daquelas adolescentes esteriotipadas loiras-populares-loucas por roupas. Aliás, elas não existem. E, caso eu esteja enganada, me avisem onde elas se escondem pra eu passar longe! Aos 14 anos minha mente era ocupada por muita música, filmes antigos e livros. Não me perguntem qual era a moda nos anos 90 que eu não sei responder. Tinha mais o que fazer do que ficar escolhendo roupinha. Estava me descobrindo, aprendendo a lidar com o mundo(será que um dia aprendo??)e administrando um coração que vivia dando pulos de alegria enquanto juntava os próprios pedaços.
é isso aí. Esse blog andou abandonado e a culpa é toda dessa criatura que vos escreve. A dica é: vejam Juno. Se possível, um milhão de vezes! E, caso não se identifiquem, fica o recado: a sua adolescência foi uma droga.

Bjus da Bia

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

LUTO


Quando um dos seus ídolos morre, seu coração perde um pouco de luz

Li essa frase em algum lugar, não sei o autor, mas nunca mais esqueci. É exatamente assim que acontece. Heather Ledger, 28 anos, foi encotrado morto em seu apartamento em Nova York. Qunado vi essa notícia, gelei. Neguei. Deve ser mentira, pensei. Mas não. Um dos atores mais promissores do cinema não estava mais aqui. Jovem, bonito, talentoso. Não quero ficar especulando o que aconteceu, como ele morreu. Isso não interessa agora.
Lembro que a primeira vez que o vi, no filme 10 coisas que eu odeio em você, já acheio muito bom. E todo mundo sabe o que veio depois. Um filme melhor que o outro. Aliás, ele costumava salvar filmes meia boca como Candy, onde ele é o responsável pelas grandes cenas.

Heather Ledger vai deixar saudade. Alguns críticos dizem que ele era o último rebelde de Hollywood. Pena que tenha partido cedo, assim como outro grande rebelde: James Dean.

Bjus da Bia, de luto