sexta-feira, 9 de maio de 2008

A madrinha


Primeiro de tudo: Thanks pra quem apareceu lá na Feira, ou então entrou em contato pra dizer "vai lá, garota!". Gracias, gracias!. Em segundo, aí vai uma historinha real, mas que podia virar um roteiro. Afinal, é a vida a melhor matéria-prima para o cinema, né?
Feira do Livro de 2004. Lá estava eu passeando pelas bancas com um brilho no olho que poucas vezes acontece. Adoro ver aquela praça recheada de livros e gente em busca deles. Fui até a banca da Casa do Poeta e comprei "Coração Guepardo", livro que me chamou a atenção pelo título: forte, sensível, enigmático. E qual não foi a minha surpresa ao encontrar a autora, Haydée ali, bem pertinho. Fui pedir um autógrafo( por motivo de que nem me lembro, acabei perdendo o lançamento, que foi no dia anterior). Papo vai, papo vem, o resultado foi esse: ela me lia e gostava. Pra quem pensava que seus poemas não alcançavam nem a próxima esquina, foi uma grata surpresa. Trocamos telefones e, entre um torpedo e outro, surgiu o convite pra integrar a CAPOSM. Aceitei, óbvio. E daí vieram outros poetas-amigos, três Confrarias e muitas trocas de idéias.
Haydée foi a minha madrinha. Eu me derreto com os versos dela e estou sempre atenta a sua opinião sobre os meus. Gracias, querida! Se não fosse por ti, meus versos estariam mofando na gaveta, encabulados como a dona deles.

E pra provar que eu estou muito bem de madrinha, aí vai um poema.

JUVENTUDE

Haydée Hostin Lima

...existe uma menina
navegante álacre nas
veias do meu destino
ás vezes vem tomar sol
na praia do meu pranto
e fácil se esconde
no meu riso
séria visita pronta sem juízo
anda larga em desejos
sai pelos meus dedos
desponta tranqüila
quando me quebro
em requebros a sós
escondida ávida
celebrada comovida
convidada por seus
beijos...

Um comentário:

Márcio Grings disse...

haydée ... she was my queen!!