sexta-feira, 22 de julho de 2011

Fruto Maduro


Cresci cercadas de homens. Sempre me senti mais à vontade com eles do que com as mulheres da casa. Talvez porque eles sejam menos frescos, talvez porque sejam mais engraçados, sei lá. Mas só agora parei pra pensar que esses homens que cercaram a minha vida tinham uma coisa em comum: todos eram mais velhos do que eu.
Homens à parte, lá estava eu exercitando meu lado mulherzinha folheando revistas femininas atrás de um look bonito e barato pra servir de inspiração para uma festa quando me deparo com um par de olhos azuis que fez meu coração quase parar. Não, o cara ao lado não era modelo. O par de olhos estava na banca, me fitando da capa da Revista Alfa(meninos, leiam, assinem, devorem!). De barba por fazer e gravata, Clint Eastwood. Na hora me veio na cabeça o primeiro "encontro" que tive com Clint. Eu não devia ter mais que 12 anos, uma adolescente boba que achava o então rostinho de bebê Leonardo DiCaprio o homem mais lindo da terra. Daí veio o Clint, montado num cavalo em Por um punhado de dólares. Aquela cara de homem mexeu comigo. Na hora eu não entendi direito porque. Hoje entendo muito bem.
Na entrevista, Clint fala sobre maturidade e se declara um romântico. Surpresos? Eu não. Sempre sustentei a teoria de que por trás de tiros e caras de mau se escondem homens sensíveis. Clint é a prova disso. Deu porrada e crivou de bala muita gente. Depois fez a mulherada, e muito marmanjo, gastar caixas de lencinhos em As pontes de Madinson. Hoje, ele diz que se sente revigorado ao ver a filha mais nova, Morgan, crescer diante de seus olhos. E ainda se rasga em elogios para a atual esposa.
Tudo isso, me fez ver que já está na hora de soltar o verbo: meninas, não reclamem quando seus homens insistirem nos filmes de ação. No fundo, eles só querem posar de heróis para suas mocinhas. E, da próxima vez que forem juntos a locadora, peçam um Dirty Harry. É de suspirar.
Bjus da Bia