sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Natal

Quem me conhece sabe que o Natal me deixa opaca. Não consigo distribuir muitos sorrisos na tal Noite Feliz. Gosto de ficar na minha, pensando se devo mesmo bancar a boazinha e abraçar quem eu sei que não merece. E também não me contenho em telefonar e chorar baixinho para quem eu sei que quer ouvir meus votos de felicidade. Sempre fui assim, não consigo fingir simpatia. Não chego a ser grossa, mas sei que meu silêncio incomoda algumas pessoas.
Por isso, nada de bichinhos bonitinhos, papai noel e pacotinhos com lacinhos. Meu "presente" para os poucos e fiéis leitores deste blog será simples, porém, significativo.
Desejo que vocês errem bastante em 2011, pois só assim a gente aprende. E que depois de cada erro, venha uma boa idéia(com acento ou sem, você decide). Desejo uma bagunça boa, dessas que a gente curte sem saber bem o motivo certo. Desejo boas risadas e várias gargalhadas barulhentas. Elas são o melhor remédio que existe, seja qual for a sua dor. Desejo crianças pela casa, elas animam qualquer lugar. Desejo sonhos realizados e novos sonhos, do tamanho que forem, mas sonhos fortes, que movam cada um de nós. Desejo sono renovador para os cansados e noites insones pra quem qur terminar logo, o que quer que seja. Ou, simplismente, para quem quer olhr o céu estrelado, isso é bom e não tira pedaço. Permitam-se. Ousem. Falem. Calem-se. Ouçam-se.
Ah, e leiam esse blog de vez em quando. Não muda a vida de ninguém, mas diverte.

Bjus da Bia

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Escrita

by Bianca Zasso

As letras no chão empoeirado
se aproximam.
Tua boca me socorre
decifrando o código
pra formar loucas e longas frases.

Não tenho tempo pra ler:
tua boca me percorre.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Sabe quando...

...bate uma felicidade aparentemente inexplicável dentro do peito e uma canção persegue a gente, como uma prece, trazendo na letra e na melodia tudo que você quer que aconteça? Se não sabe, então vai ficar difícil entender esse post.

Bus da Bia

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Dialogar


Ela e ele, como sempre, às turras. Ele começa, com voz e jeito de quem sabe tudo.

-Cada cruzada de pernas femininas é um segredo querendo ser revelado.
-Uma cruzada de pernas é uma cruzada de pernas. E só.
-Você diz isso porque é mulher e não gosta de ter seus segredos revelados.
-Pra seu governo, não tenho nenhum segredo.
-Todas vocês têm. Seja um ex-amor não esquecido ou um cabelo branco.´
-Se cabelo branco fosse segredo, todos os salões de beleza só abririam de madrugada.
-Vocês são sutis e isso é encantador.
-Não vejo encanto na sutileza, vejo na elegância.
-E quer coisa mais encantada que um andar elegante? Ah, como vocês sabem balançar o corpo por aí.
-Eu tenho as pernas tortas. Se balançar muito, catapof!, eu caio.
-Mas e a tua pressa quando faltam 5 minutos para a primeira reunião do dia? Teu andar apressado é perfeito.
-A pressa é inimiga da perfeição.
-Não no teu corpo.
-Pára de ter resposta pra tudo!
-Prefere que eu minta?
-Prefiro a verdade sem magia. Dói menos quando a paixão acaba.
-Quem disse que vai acabar?
-Quem disse que não vai?
-Tá bem. Gosto de ti, simples assim.

Ela respirou fundo, sorriu. E cruzou as pernas sem pressa.