Na hora de escrever meus poeminhas queridos, sou guiada 100% pela emoção. Acho que até quando escrevo minhas matérias pra faculdade é assim, apesar do bichinho do "prestão atenção no lead" estar sempre do meu lado. Na hora que o poema acontece não tem como fugir. Pelo menos quando eu tentei fugir, acabei deixando escapar boas idéias. Enfim, mas ainda no compasso dessa semana de Feira do Livro, me vi tomada por uma sensação diferente: vi um poema meu ganhar outro significado pra mim. O que antes eram versos que nasceram de um fora antológico que tomei aos 16 anos, passaram a narrar a minha situação atual, aquela fase de "preciso esquecer essa história e partir pra outra, mas tá brabo".
Mudou o cara. Mudou a minha idade. Mas os versos ainda se encaixam. Fiquem com eles e divirtam-se!
Bjus da Bia
AINDA TOCA
Bianca Zasso
Lá vem ele:
o cara que até ontem,
entorpecia meus ouvidos
ensurdecia meu coração
A vida e seus rebotes violentos
chicoteando sem dó
indo aos pouquinhos
fazendo a bagunça.
Sequei por dentro
abandonei a batalha.
Só preciso de um gole
e tudo volta ao normal.
Eu não devia
mas olho pra trás:
lá vai ele
o cara que ainda arranha
meu lado B.
3 comentários:
poisé... pois te confesso que meu lado b não tem mais espaço pra ser arranhado... é dura a vida né?
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