segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

Ouse

É o último dia do ano. E é sempre igual. Um pensamento de que tudo que está ruim vai melhorar, o que está bom vai ficar ótimo. E é hora da promessa. Sempre prometo alguma coisa pra mim mesma no último dia do ano. Para que a correria dos dias não me deixe esquecer o prometido, anoto-o. E não tiro o papelzinho de dentro da bolsa. Aliás, não anoto uma vez. Uso papeizinhos de todas as cores e formatos.
Ano passado, meu papelzinho dizia que eu devia gostar mais de mim. E eu cumpri. Tive crises, me afundei no trabalho, nos textos, me afastei um pouco mas nunca me deixei ficar sozinha. Se é pra gostar de mim, tenho que fazer minhas vontades. E "1" é um número que me deixa meio down. "2" é bem mais bonito, sonoro e companheiro. Gera sorrisos, como eu sempre digo. Os pápéis estão amassados, rasgados, suados, devastados. Mas cumpriram sua jornada. Eu gosto mais de mim.
Acabo de escrever nos meus novos papeizinhos. "2008 - ouse mais". Espero que daqui a 365 dias, eu volte aqui dizendo que ousei. E não será no decote. Será nos gestos, nos olhares, nas atitudes, na vida. Há que se correr o risco. É assim que deve ser.

Um 2008 lindo para todos vocês!!! Bjus da Bia

sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Fale por ela

Ando poetando tanto que não tenho tempo de escolher um poema meu pra postar aqui. Por isso, vamos a Martha Medeiros, falando o que eu tento dizer, mas nem sempre consigo.
P.S. Os poemas da Martha dão de dez em suas crônicas!!

Eu triste sou calada
eu braba sou estúpida
eu lúcida sou chata
eu gata sou esperta
eu cega sou vidente
eu carente sou insana
eu malandra sou fresca
eu seca sou vazia
eu fria sou distante
eu quente sou oleosa
eu prosa sou tantas
eu santa sou gelada
eu salgada sou crua
eu pura sou tentada
eu sentada sou alta
eu jovem sou donzela
eu bela sou fútil
eu útil sou boa
eu à toa sou tua
( Martha Medeiros)

Bjus da BIA

A primeira sessão de cinema

Minha primeira sessão de cinema foi aos 6 anos. Recife, 1993.A garotinha que vos escreve contava os dias para assistir O Rei Leão. Até então, as fitas vhs com os desenhos da Disney e a Sessão da Tarde eram o único passatempo.
Houve toda uma preparação. Roupa nova e tudo! Hehe...era a pequena Bianca encarando a tela grande pela primeira vez. Pra grande parte da família, era só mais uma das minhas aventuras: eu ia comentar o fato durante alguns dias depois esquecer. Mas não foi bem assim. Deu no que deu. Virei cinéfila.

Hoje é tudo tão rápido...meus afilhados baixam tudo na internet, compram dvd, sabem tudo que vai acontecer meses antes da estréia. A dinda bem que tenta, mas é difícil plantar em alguns deles o bichinho da expectativa. Aquele que não te deixa dormir, que dá a impressão de que a tua fila no cinema é sempre a mais lenta e que faz teu coração disparar quando as luzes se apagam.

Minha última sessão de cinema, não sei como será. Mas o frio na barriga, esse, tenho certeza, vai estar lá. Tal qual aquela tarde de 1993, na capital Pernambucana.

Bjus da Bia

domingo, 28 de outubro de 2007

Não sei ser sexy

Acabei de ler um post muito legal no blog da Elisa Fonseca. Falava sobre o que é ser sexy, na opinião de famosos hollywoodianos. É estranho parar e pensar: o que é sexy? Aliás, essa palavra cai na boca de muita gente por qualquer motivo. Até hoje não sei definir seu significado. Enfim, como eu não sei ser sexy e não canso de ser eu mesma, lá vai a minha lista:

Sexy é café de manhã cedo
Sexy é sorriso
Sexy é gargalhada espontânea
Sexy é poesia de madrugada
Sexy é brincar, mesmo quando já se é adulto
Sexy é chocolate e lágrimas
Sexy é chocolate e beijo
Sexy é cinema
Sexy é livros
Sexy é música, música, música!!!

Bjus da Bia, ao som de Cansei de ser sexy

Li por aí...

O que não faz você mover um músculo, o que não faz você estremecer, suar, desatinar, não merece fazer parte da sua biografia."
(Martha Medeiros)


Informem às mãos que se procurem, às bocas que se beijem, aos corpos que se endoidem
(Adriana Falcão)


Li essas citações e adorei. A primeira, é de uma escritora que eu já amei mais, mas que hoje não me diz muita coisa, pelo menos não como antes. A segunda, é de uma pessoa mágica, que eu adoro, minha escritora favorita, uma carioca que diz que eu tenho futuro. Mas presente quem me dá é ela, com seus textos simples e nem por isso menos lindos. Pra um domingo como esse, fica a dica: leiam muito. E sigam as instruções dessas duas mulheres. E estremeçam. Façam estremecer, também.

Bjus da Bia

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

A cura

Sou doente. Não sei exatamente quando me contaminei, mas a culpada foi minha mãe. Ela devia ter protegido sua filhinha amada, ter escondido dela que há essas coisas no mundo. Mas não quis. Depois de uma noite sem dormir, decidiu que ia entregar nas mãos da mãe de Deus. Como toda mãe faria.
Adoeci ainda criança e os sintomas só crescem. Noites sem dormir, aulas perdidas, crises de choro, crises de riso, sorrisos que nascem do nada. Dinheiro gasto em sessões e mais sessões. Ataques de amores, algumas decepções e muitas descobertas.
Cinefilia é uma doença que atinge muita gente. Alguns tem vergonha, outros fingem sintomas só para chamar a atenção. Sua cura ainda não foi encontrada. Quando isso acontecer, espero estar bem longe daqui, curtindo os sintomas dentro da sala escura.

Bjus da Bia

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Um poema na chuva

Escape

Salva a pátria
retumbando pelo mundo
o som grave
dessa vontade
escondida
e que só se mostra
durante teu beijo
quente, bravo, exposto

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Música pra bater pezinho

Banquei a babá durante dois dias essa semana. Minha priminha amada, idolatrada, salve! salve! Angelina veio de Rio Grande direto para os braços da sua maior tiete. Entre um colinho e uma brincadeira, eu fazia ela ouvir música. Minha tia, mãe da Angelina, colocou pra tocar um cd com músicas infantis. Confesso que fiz o possível para que a pequena prestasse atenção entudo, menos nas músicas. Essa história de música pra criança não entra na minha cabeça. Criança tem que ouvir música de verdade. Mas tente colocar isso na cabeça de uma mãe deslumbrada com as carinhas e beicinhos que a filha faz quando toca ciranda, cirandinha? Eu fiquei embasbacada mesmo foi com o sorrisão que ela deu quando veio aqui em casa e eu pus pra tocar Neil Young. Feliz, feliz!!!
Angelina foi embora. Sobrou a saudade da prima aqui. Por mais que o aniversário de dois anos dela esteja bem longe ainda, já escolhi o presente. Um disco do Neil Young. É de pequena que se aprende o que é bom.

p.s. Música pra bater pezinho é o nome de um disco do Arthur de Faria e seu conjunto que eu recomendo do 34 ao 42!!!!!

Bjus da Bia

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Vamos ao cinema?

Eu adoro ir ao cinema sozinha. Mas nem sempre foi assim.
Quando eu era mais nova, gastava a língua chamando os amigos pra me acompanharem até a sala de exibição. Mas, chegando lá, eu queria um filme, eles queria outro. Até chegar a uma conclusão, era um bom tempo de conversa. Depois, dentro da sala a coisa piorava. Eles não paravam quietos, isso quando não faziam barulho comendo pipoca e amassando papel de bala. Será que só eu consigo entender que tem certos filmes que não pedem pipoca? Eles te viram o estômago, te pegam no ponto fraco. Quando entro na sala escura, esqueço do mundo e entro na história. Se ela for ruim, enconsto a cabeça e durmo, quietinha. Mas se for boa, me entrego feliz e choro, dou muita risada e me sinto parte da trama. Cinema é coisa séria. E não me venham com a desculpa que cinema é diversão. Também adoro uma comédia. Mas bom mesmo é o filme que te pega pela mão e te mostra com maestria tudo que você quer ver. Mesmo em segredo. Mesmo que doa. Mesmo que escancare a tua verdade.

domingo, 23 de setembro de 2007

Duas bonecas



Já que tão cedo não vai parar de cair água do céu, nada melhor que uma dica de filme para os meus leitores( será que eles existem?). Uma não, duas!

Cinderela em Paris traz a sempre linda e talentosa Audrey Hepburn no papel de uma inteligente e espevitada atendente de livraria que vira modelo internacional. Com cenas lindas e closes que deixam Audrey ainda mais espetacular, é um prato cheio!!! Tem uma inocência pouco vista na Hollywood de hoje. Será?

Taí o gancho pra minha próxima dica!

Pequena Miss Sunshine é um dos filmes da minha vida pelo seu bom-humor, a sua delicadeza e, principalmente, pelo seu tema: a família. Não a família do vizinho, onde a grama é mais verde o cachorro mais simpático. É a minha, a sua, a nossa família! Aquela cheia de gente maluca, aconchegante, brilhante, atrapalhada, aquela que chora e ri junta, que faz a melhor comida e a pior panqueca. A família feliz de verdade. Aquela que devia estar em todos os filmes.

Bjus da Bia, boa chuva e bons filmes!!

quinta-feira, 19 de julho de 2007

Equilíbrio psicodélico

"Tudo é uma questão de manter
a mente quieta
a espinha ereta
e o coração tranqüilo"
Amo esse mantra-canção do Walter Franco. Ainda mais na voz da Fernanda "fofa amada" Takai. Está na trilha de Houve uma vez dois verões", filme do Jorge Furtado que eu vi mais de 6 vezes. É um filme sincero e divertido. E é assim que eu vejo a vida.
Resolvi ser caseira nessas férias e descobri que isso não é pra mim. Apesar de amar cozinhar, não me divirto muito tendo que ajudar com o cardápio todos os dias. Às vezes, preciso mesmo é de um sanduíche bem gorduroso, sem precisar oferecer pedaço pra ninguém. Por isso, resolvi aceitar uma carona e ir para Porto Alegre. Lá, eu vou trucidar a saudade dos amigos, passear na Casa de Cultura Mário Quintana como se fosse a minha sala de estar, visitar o meu amigo MARGS e fazer compras como uma pseudo-patricinha. Muitos sapatos e chapéus novos. Livros e vinis, muitos, uma verdadeira overdose.Passar horas naquelas sala de exibição que só aumentam o meu vício. Tomar café e chimarrão. Ficar na fila junto com outro pottermaníacos e conhecer gente nova. Sirius Black forever!!!! Enfim, vou tirar férias das minhas férias. Sempre com a mente tentando ser quieta, a espinha ereta graças aos 13 anos de balé e o coração tranqüilo, que tenho desde que nasci.
Bjus da Bia

FRIDA KHALO VESTE AS SAPATILHAS

Imagine uma escola que une dança, arte e noções de cidadania. Pois essa essa escola existe em Santa Maria. É A Royale Escola de Dança e Integração Social que há dez anos desenvolve um trabalho com cerca de 180 crianças de bairros carentes da cidade. Mas não se engane pensando que essas bailarinas vêem a dança apenas como um mero passatempo.
Eduarda Marques, 12 anos, é a mais falante entre as meninas que integram a Royale Escola de Dança e integração. Quem a vê falar com brilho nos olhos sobre dança nem imagina que a garota não gostava nada de balé. “Eu tinha uma colega que dançava e achava que ela era muito metida, patricinha”, conta. Só depois de assistir a alguns vídeos sobre dança clássica foi que Eduarda resolveu ir atrás e passou a integrar a Royale.
Já Jéssica Selle, 16 anos, quatro deles dançando na Royale, integrou um grupo de danças tradicionais gaúchas. “Entre para o CTG, mas não era muito a minha praia. Quando descobri o balé, me apaixonei”, diz Jéssica, que quer fazer da sapatilhas seu instrumento de trabalho. “Quero transformar o que aprendi aqui em profissão”, declara. Já deu para perceber que vontade de dançar não falta, mas há algumas pedras no caminho dessas garotas. O transporte é a uma delas. Sem nenhum apoio das empresas de trasportes ou da prefeitura, algumas meninas precisam se virar para não perder nenhum ensaio ou atividade. Outro ponto complicado é a participação dos pais dentro da escola. “Tenho reunião com os pais das alunas de quinze em quinze dias, mas a maioria não comparece. Eles alegam a falta de transporte, mas a maioria não tem interesse em saber do andamento do trabalho”, conta Taiana Sperotto, psicóloga da Royale. Mesmo com a falta de interesse da família, Tainá não deixa de observar uma mudança significativa nas garotas. “Elas não mudam só a postura física, mas também o lado social. Aqui elas aprendem que a dança não é uma competição e sim uma cooperação”, diz.
Como acontece todos os anos, a Royale prepara seu espetáculo de final de ano. Tendo como inspiração a vida e obra de Frida Khalo e Diego Rivera, as meninas já estão entrando no clima mexicano também nas aulas de artes plásticas. Elas prepararam trabalhos manuais e quadros inspirados em temas freqüentes na obra dos dois artistas, como as flores e as cores quentes. “As meninas estão ansiosas para pintar as telas com os auto-retratos. Estão se sentindo artistas de verdade”, conta a professora de artes Adinéia Araújo. Em outubro, as meninas vão apresentar seus trabalhos no Monet Plaza Shopping, que também colabora doando matérias para as aulas, como tintas e telas.
Frida Khalo influencia, até hoje, artistas das mais diversas áreas. E as meninas da Royale vão, aos poucos, descobrir que é possível expressar cores, amores e outros sentimentos através de suas sapatilhas.

sexta-feira, 18 de maio de 2007

Saudade

Para o meu desespero, terminou ontem a Feira do Livro de Santa Maria. Depois de bater muita perna, folear sem parar, autografar, declamar, catar nos balaios e comprar, só me resta ir para o quarto e ler. Tá bom, tá bom, eu admito: adoro essa parte. Eu e meus livros, enfim sós! Mas com o fim da feira, não são só os leitores que entristecem. A partir de hoje, até maio do ano que vem, a Praça Saldanha Marinho vai voltar a ser...apenas a Saldanha Marinho. Não vai mais ter gente se acotovelando nas bancas, nem crianças segurando livros e algodão-doce. Sem bancas, sem Balaio de poesias, sem autógrafos.
Vai continuar sendo a praça que abriga o Theatro Treze de Maio e o agonizante "velhinho" Cine Independência. Mas sem o mesmo brilho.
Tchau, Feira! Até o ano que vem.

bJUS DA bIA

sexta-feira, 6 de abril de 2007

Alta fidelidade

Mesmo quem não gosta de música( interne-se já, se este for o seu caso) e assistiu ao filme Alta Fidelidade, sabe como é divertido fazer listas. Seja ela do supermercado ou dos piores namorados da sua vida, lista é tudo de bom!!! Sempre fui viciada, mesmo antes desse ótimo filme cruzar o meu caminho. Houve um tempo em que tinha duas listas que ficavam sempre na minha cabeceira: uma dos filmes mais odiados e outra dos favoritos. Eu sofria tanto quando ia acresentar mais um "abacaxi" na primeira lista que acabei jogando-a no lixo. Hoje só faço listas de coisas que me agradam. Ficar guardando e anotando o que te traz péssimas lembranças só faz criar rugas e desperdiçar papel.
E como hoje é feriado para muitos, pegue papel e caneta e faça sua lista. Ou corra até a locadora e assista Alta Fidelidade, com direção de Stephen Frears. Em alto e bom som, de preferência.

Bjus da Bia e bons chocolates!!!!

segunda-feira, 2 de abril de 2007

As idéias nos lugares certos

Mas era só o que me faltava! Essa foi uma semana cheia de idéias. Nunca precisei tanto de um bloco e uma caneta. Perdi a conta de quantas vezes me acordei para anotar, rabiscar, desenhar. É tanto diálogos e personagens "batendo na porta" que eu até fico zonza. Isso poderia ser um sinal que as aulas na faculdade seria menos sofridas que as do ano passado. Eu disse seriam.
E lá fui eu pra frente do computador, pronta pra que o santa baixasse a meu texto para Jornalismo Cultural fluísse em menos de meia hora. Doce ilusão! Eu passei mais de uma hora e nada da coisa acontecer. Custei para deixar a folha enfeitada com algumas letrinhas. Aliás, como é angustiando uma folha em branco. Credo, dá até arrepio!
Só sei que sinto vontade de abrir minha cabeça e inverter as coisas: diminuir os poemas e aumentar as reportagens. Mas sei que isso é passageiro. Eu não consigo viver sem meus versos e não nego meu sorriso estampado quando meu caderninho ganha mais um poema.
É melhor deixar como está. Meus textos jornalísticos que exercitem a paciência.

Bjus da Bia

sexta-feira, 23 de março de 2007

Não copie só a boca

Elas querem a boca, o corpo, o cabelo e, em muitos casos, o marido. “Eu quero ficar assim!”, dizem, apontando para as capas das revistas. Correm até as clínicas de estética, as academias, os salões de beleza. Em mente, o nome e a imagem de Angelina Jolie. Essas moças, pobres moças, estão perdendo um tempo precioso.
Angelina não é bonita. É linda. Mas não é só isso. Não bastassem os belos lábios, ela também é ótima atriz, apesar de alguns diretores conseguirem a proeza de deixá-la opaca na tela grande. É uma e duas, e lá está a moça carregando a família para países onde a pobreza reina. Não, ela não quer aparecer. Quer apenas ajudar. Basta juntar alguns milhões e, ao invés de ira até a loja mais próxima renovar o guarda-roupa, ela doa tudo para a população carente do Camboja.
Angelina não precisou fazer as pazes com o pai, o ator John Voigt, para ser adorada pelas multidões. Nem só de moças exemplares vive Hollywood. Aliás, as boazinhas costumam ser as mais antipáticas. Ela adotou duas crianças e foi realizar o sonho de ser mãe. Não quis ficar como muitas por aí, que nem doidas à procura do pai perfeito. Juntou os trapos com Brad Pitt e aumentou a família. Cá entre nós, o galã nunca esteve tão feliz.
Não que eu não inveje a boca da Jolie. Eu também queria ter uma daquelas. Mas o que as mulheres do mundo deviam invejar e copiar desesperadamente são as lindas atitudes da atriz. Os lábios, os peitos e as pernas, um dia tudo isso passa. E algo de bom tem que restar.

P.S. Pax é uma gracinha, né?! Bjus da Bia

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2007

Choro, riso e alguns palavrões

Eu me rendo. Tio Oscar, o senhor tomou o Gardenal na hora indicada, né? Ontem tinha tudo pra ser um domingo cheio de falcatruas e injustiças. Mas não foi. O Oscar, talvez pela primeira vez, me proporcionou mais momentos de alegria que de indignação.
O filme "meu mais novo amor" Pequena Miss Sunshine , levou dois Oscar mais que merecidos. Ator coadjuvante e roteiro original. Não há nada mais original do que a indústria Hollywoodiana se render a delicadeza de um filme independente. Babel levou melhor trilha sonora. Palmas! Iñarritu sempre capricha nesse quesito. Ennio Morricone foi homenageado um tanto tarde demais para o meu gosto, mas mesmo assim fiquei muito feliz de ver o brilho nos olhos dele ao fazer o seu discurso em italiano.
Os infiltrados. Finalmente Scorcese levou pra casa o brinquedinho tão desejado. Todos sabem que eu não acho o Oscar uma grande coisa, não influencia em nada a minha escolha na hora de assistir um filme, mas sempre torci para que o Scorcese levasse esse prêmio. Ele sempre deixou claro que era o seu sonho, e que não iria desistir de realizá-lo. Fez algumas bobagens em nome desse desejo, mas acabou "deixando rolar" e ganhou na hora certa. Dei até uma choradinha quando ouvi o nome dele. Se ouvisse o do Eastwood, teria acontecido o mesmo.
O labirinto do Fauno levou três prêmios em áreas técnicas. Será que esse é um anúncio de que a Academia está se rendendo aos charme do cinema latino? Acho que não. Almodóvar não estava lá.
Mas a pior surpresa da noite, sem dúvida, foi Jennifer Hudson. PQP!!!! O Oscar de melhor atriz coadjuvante não merecia ir parar nas mãos dela. Abigail Breslin, esse Oscar era pra ser seu. Com louvor. Nasce uma estrela. Com o mesmo talento, mas com o dobro da simpatia da prodígio Dakota Fanning.
O Oscar passou e é chegada a hora de voltar aos livros e aos estudos. E, entre uma aula e outra, tentar enteder essa minha relação de amor e ódio com esse prêmio.
Bjus da Bia

sábado, 24 de fevereiro de 2007

Tio Oscar e comédia romântica

O tio Oscar anda caduco. Aliás, ele sempre foi meio abilolado das idéias. Pouquíssimas vezes concordei com o resultado dele. E sinto nojo quando vejo ele dar uma de bom moço, agraciando grandes diretores com um prêmio "pelo conjunto da obra". Robert Altman ganhou um. Se eu fosse ele, jogava o meu pela janela da limusine logo após o término da cerimônia. Muito bonito presentear por piedade. Diretor nenhum quer piedade. Quer reconhecimento por um trabalho bem feito, o que é bem diferente.
Pequena Miss Sunshine, uma das melhores coisas que vi no final do ano passado, tenho quase certeza, não vai levar nenhuma estatueta. Rezo todas as noites para estar enganada. O infiltrados pode ser a glória de Martin Scorcese, que acertou em cheio, depois da "bomba" chamada "O aviador". Torço por ele e pelo Eastwood, já que meu querido Almodóvar não está concorrendo com o ma-ra-vi-lho-so Volver. Mas tem a Penélope Cruz concorrendo a melhor atriz. Aliás, Raimunda foi o mlehor papel que ela já interpretou até hoje, na minha humilde opinião de cinéfila.
Tirando o prêmiozinho que vai ser apresentado no domingo, mas sem sair do papo cinema, eu acho que ando enlouquecendo. Assisti ontem a duas comédias românticas, gênero pelo qual não tenho muita simpatia. Doce Novembro, com a Charlize Theron não gostei. Piegas, forçado e me deu sono. O outro, Nunca fui beijada, eu gostei. Dei boas risadas. é o que se pode chamar de filme bonitinho, no melhor sentido da palavra.
É isso aí, pessoal. Amanhã tem Oscar, e eu vou assistir só pra ver os vestidos das atrizes, o charme dos galãs e, quem sabe, vibrar de felicidade com algumas escolhas da Academia. Divirtam-se!
Bjus da Bia

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2007

Eu, poeta?

Se para o prezado leitor, poeta é definido como alguém que escreve poesia, então eu sou uma poeta, muito prazer! Mas se pensar como essa que vos escreve, eu sinto informar que não sou ninguém.
Poeta é uma palavra que pesa, que brilha quando sai da boca das pessoas. Isso porque poeta tem fama de ser ou maluco ou artista, ou tudo isso e mais um pouco. Poeta, para mim, vive a arte, vê em cada pedra da calçada um novo poema. Poeta fala, vive e presencia coisas belas. As palavras andam ao seu lado, sempre prontas para serem usadas e abusadas. Acho que, para o poeta, a palavra nunca escapa. E, caso isso aconteça, ele sai numa busca desenfreada por ela, atravessando ruas e realidades.
Meu bloco de anotações está sempre dentro da bolsa e eu vivo enchendo cadernos com poemas. Mas só guardo os que acho bonitinhos. Ontem me disseram: "menina, você é poeta!". Não sou não. Tenho um longo caminho pela frente até que me torne uma. Porque poeta de verdade, nunca se se satisfaz com o próprio verso.
Bjus da Bia

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2007

Amélia com conteúdo

Você sabe quem é Amélia, não é mesmo? Aquela que não tinha a menor vaidade, mas que era mulher de verdade. Pois é, elas ainda existem por aí, orgulhosas de suas proezas culinárias e trajando seus surrados aventais. Não tenho nada contra elas. Mas já foi-se o tempo em que forno e fogão era o que bastava para alguém ser considerado mulher de verdade. Eu amo cozinhar, cuidar da casa e quero ter muitos filhos. Mas também quero trabalhar, escrever, ter tempo só pra mim, pirar um pouco. O problema é que ninguém acredita em mim. Principalmente os homens.
Dos muitos amigos que tenho, muitos não conseguem assimilar que uma mulher seja prendada e despachada ao mesmo tempo. Para eles, ou se é Amélia ou se é Rê Bordosa. Meninos queridos, isso foi no teu dos seus bisavôs! Agora a moda é outra. De manhã a gente leva os filhos pra escola, corre pro trabalho e ainda arranja tempo para arranhar algumas canções no violão no fim de tarde.
Amélia agora tem conteúdo. E ele não tem nada a ver com o que há nas revistas de fofocas. Agora vocês me dão licença que eu preciso terminar o almoço enquanto um novo poema fervilha na minha cabeça.

Bjus da Bia