sexta-feira, 30 de julho de 2010

Fotos de Autumn


Vão dizer que eu estou apelando pra ter mais leitores no blog colocando mulheres nuas. Mas quem pensa assim que se dane. O negócio aqui é sério. Graças ao meu amigo Marcelo (valeu, viu?!), fui aparesentada ao trabalho da fotógrafa californiana Autumn Sonnichsen, que hoje é responsável por lindos editorias de moda e ensaios para revistas como Trip e Playboy. Seria mais uma fotógrafa de mulher pelada senão fosse por um detalhe: as fotos de Autumn são incríveis, contam histórias e cada trabalho parece uma exposição de arte. Não é simplesmente aquela coisa de moçoilas fazendo caras e bocas (bem forçadas, em alguns casos) e verdadeiras acrobacias. Nas fotos da garota que hoje vive dividida entre São Paulo e Nova York, os olhares e os pequenos gestos são mais importantes que o bumbum arrebitado, tão valorizado em algumas publicações.

Numa entrevista para o jornal O Globo, Autumn disse que gosta que suas fotografias sejam como um sonho, que mesmo registrando um fato real, tenham elementos que remetam a fantasia, ao mágico. Eu sempre vi a fotografia assim também. Registrar um momento, por mais simples que ele seja, sempre me pareceu um poder. O fotógrafo é o mago, que guarda aquela imagem que, para muitos, é apenas um papel colorido. Mas ali tem sempre uma história, uma coisa que ninguém explica e que muda quando passa de mão em mão. Quem está na foto sempre vai ter um olhar diferente de quem se depara com a imagem pela primeira vez, sem ter ideia de quem seja aquela pessoa eternizada.
Como mulher, fico feliz que existam fotógrafas como Autumn, que se importa com a parte mais sexy de uma mulher: os segredos que ela esconde.

Visitem o site da Autumn e entendam o que eu estou dizendo.

Bjus da Bia

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Senta que lá vem história...


Criar expectativas é meio caminho andado para as frustração. Minha mãe vive dizendo isso e deve ter lido em algum lugar e tomado pra si como filosofia de vida. E isso vale não só para a vida, mas também para o cinema. Tento me conter pra não criar aquele alvoroço interno quando fico sabendo de alguma estreia que meu sexto sentido cinéfilo acredita ser bacana. Não é fácil, mas quase sempre consigo. Mas tem vezes que acontece o contrário: uma pré-antipatia surge do nada e impede que você tome o rumo da sala de exibição, apesar dos comentários a sua volta serem cheios de palavras como ótimo e inesquecível. Aconteceu comigo essa semana.
O Contador de Histórias, dirigido por Luiz Villaça, não era uma incógnita para mim. Conhecia a história do protagonista Roberto Carlos Ramos através de uma matéria exibida na época do Criança Esperança. Uma trajetória de vida rica que, era de se esperar que fosse parar na tela grande. Isso porque Febem e menores abandonados inspiram nossas películas desde antes de Pixote, a Lei do mais fraco. O filme chegou aos cinemas, eu arranjei desculpas e não fui ver. Chegou o DVD e eu me rendi numa daquelas tardes chuvosas e frias. Surgiram os créditos finais e imagens do verdadeiro Roberto exercendo seu mágico ofício de contar histórias e eu me peguei sorrindo e chorando. Chorando porque sou chorona mesmo e sorrindo porque estava diante de uma história simples e poderosa.
Luiz Villaça não tem pressa, suas cenas seguem um ritmo quase real e isso dá uma angústia como se a gente estivesse lá, esperando aquele guri teimoso abrir a porta do banheiro e dar alguma satisfação do porque de sua fuga. Não é um filme com clímax, nem cenas de ação impactantes, muito menos momentos inesquecíveis. Mas é uma história bem contada, como se alguém nos pegasse pela mão e resolvesse nos contar uma vida. Ou um pedacinho dela.
Sei que paguei a língua, ou melhor, o meu silêncio diante de O Contador de Histórias. A partir de agora, recomendo pra todo mundo, principalmente para educadores. É uma aula que vale por 4 anos de graduação.Roberto tem um jeito único de contar suas lembranças, inclusive as ruins. Ah, também indico para os meus amigos cineastas em crise criativa, pois mostra que uma boa história pode estar ali, do nosso lado. Basta se deixar levar.
Bjus da Bia

Logo abaixo, a querida Isabela Boscov comenta o filme.

domingo, 25 de julho de 2010

Ídola



Adoro a Cleo Pires por vários motivos. Quando assisti Benjamin, sua estreia como atriz no cinema, fiquei boba. Era a filha da Glória, mas com um brilho próprio. Ela é linda, é autêntica, tem tatuagens que matam a gente de inveja (hehe!)e demonstra ser bem desencanada com as críticas que recebe. Agora ela resolveu posar para a Playboy. Palmas, Bravo! Por que só ex-BBB e outras moçoilas sem profissão definida merecem a capa? Mulher de verdade, linda e talentosa também, oras. Eu já tava na ansiedade e tenho certeza que não estou sozinha, pois a mulherada adora olhar esses ensaios e apostar o que é photoshop e o que é dádiva de Deus nas fotos. Eu já tava até discutindo com as amigas qual o tom de pele de pêssego iam usar. Mas perdi tempo. Dá uma olhada no que ela disse:
"Não quero que tirem as minhas celulites"

Que eu digo depois disso? Um muito obrigado gigante. Afinal, se a Cleo Pires tem e não quer esconder, nós, simples garotas normais, não temos que perder tempo pirando na frente do espelho.

P.S. Esse post é especial pra minha amiga Sabrine, que tira a turma toda do sério quando começa a falar de tratamentos estéticos que só existem na cabeça dela. #ProntoFalei

Bjus da Bia, com celulite e feliz da vida :)

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Fala, garota!


Sabe o Burro, amigo do Shrek? O que aparece aí em cima? Pela alma do Bussunda, eu falo tanto ou mais do que ele. Qunado era pequena e via ( e ouvia) minha mãe conversar com outras mães, a frase era sempre a mesma: "minha filha fala sem parar". Sei bem desse meu "poder" de deixar qualquer um tonto com minha tagarelice. E justamesnte por conhecer bem essa característica da minha personalidade que tomei um baita susto quando me dei conta de que estava falando cada vez menos.
Sempre falei com tudo: na infância com as Barbies, na adolescência cantava junto com minha banda preferida e pedia bis, com as amigas eu passava meia hora ouvindo as queixas e uma e meia explicando com detalhes o que eu julgava ser a solução. Sou filha única e essa coisa de falar semnpre fez parte dos meus momentos de solidão, já que não havia nenhum irmão por perto pra bater papo ou gritar "manhê, olha ele!". Nessas horas eu conversava com os cadernos que caiam no chão, com o dever de casa que eu não conseguia entender.
Eu não sei se é velhice ou neurônios brotando, mas tô cada dia mais quieta e isso já está sendo notado pelos que me cercam. Os vários dias que meu pai passou no hospital me obrigaram a passar tardes com livros e ouvindo música no Ipod sem muitos comentários, pois corria o risco de passar por doida e ganhar um leito só pra mim.
Pra culminar essa fase de surpresa com o meu cala boca, o tema de um dos meus programas preferidos do Canal Futura, o Minha vida é a minha cara, era Falo muito/Falo pouco. Depoimentos de Xico Sá, Nina Lemos (adoroooooo!) e mais alguns tímidos e faladores convictos. O mais louco? Todos os com fama de faladores se dizem tímidos. E isso é a mais pura verdade! O que me faz colocar os músculos da face pra funcionar é a timidez, aquele medo de ser pega por uma pergunta indiscreta e ficar vermelha feito tomate ou então não saber o que dizer e ter vontade de se esconder. E falar, falar, me ensinou a ter raciocínio rápido e sempre uma piada na ponta da língua. Que quase nunca é boa, mas quebra o galho.
Depois do susto, do programa e dos comentários dos amigos, cheguei a conclusão que o silêncio sempre fez parte de mim, eu é que não notava. Minha desconfiança nunca me deixou soltar o verbo assim logo de primeira. Já com os meus amigos das antigas, eu permito um Cala a Boca, Bia! Sei que é por amor. E para o bem dos ouvidos alheios.

Bjus da Bia, falantes

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Como gostar de um pio


Eu não lembro direito a primeira vez que usei o Twitter. O que lembro bem é que fiz um perfil apenas por curiosidade e não me detive muito em usá-lo. Acessava uma vez por semana, lia o que me interessava e tchau. Me aventurava a escrever uma que outra bobagem e depois me via com o sentimento de culpa no melhor estilo "Cala a boca, Bia!".
Daí caiu no meu colo o desafio de fazer uma reportagem sobre o microblog para o Diário de Santa Maria (Clique aqui e saiba mais). E agora? Agora vou lá fazer o que eu gosto ( um tal de jornalismo) e fuçar pra ver onde essa reportagem me leva. Conheci gente que usa o Twitter pra quase tudo: pra mostrar o que anda fazendo até ganhar dinheiro. Vi de um tudo: de meninas se declarando para o Fiuk até pensadores discutindo o futuro do universo. A matéria ganhou as páginas do jornal e só aí eu parei pra brincar de verdade com o Twitter. E peguei gosto pela coisa duma maneira...pelamordedeus! Bobeou, lá estou eu, twittando as bobagens da vida e reencontrando muita gente. Ontem a noite, reli minha matéria e percebi várias falhas. Afinal, era uma twitteira inveterada lendo e não a Bia jornalista-investigando-o-Twitter de meses atrás.
Hoje, recomendo o Twitter pra quase todo mundo que me cerca. Da amiga com problemas sentimentais ao colega que procura emprego(tamô junto, né!??). É um santo remédio. Eu xingo meu time, me rasgo de amores pelo mesmo, dou dicas de filmes, discuto cinema sem porrada( ou com, mas isso é raro, sou da paz) e conheço um monte de gente legal. Tá, outras nem tanto. Uma coisa que aprendi com o passarinho azul foi que não se receita Twitter pra gente chata. A não ser que seja um chato criativo, desses que transformam chatura em boas auto-piadas. Mas isso aí dizem que tá em extinção.
Enfim, minhas coisas não estão só aqui. Sou pequena mas espaçosa, vocês sabem. E um blog sozinho não "guenta" as mil coisas que insistem em morar na minha cachola. E como tudo tem que acontecer ao mesmo tempo agora comigo, o Twitter que aguente. Quem mandou piar tão bem e me conquistar.

Bjus da Bia

terça-feira, 20 de julho de 2010

A trilogia da vida


Meu primeiro contato com a Trilogia das Cores do diretor polonês Kieslowski foi no início da adolescência. Na micro locadora de Faxinal do Soturno (jesus!) só existia um exemplar em VHS de A liberdade é azul, que eu devo ter locado mais de 5 vezes. Tinha crises de choro do meio para o final do filme que me faziam soluçar. E o mais engraçado é que não entendia muito bem o porque daquela emoção toda. Só sei que o filme mexia comigo. E muito.
Só tempos depois, mais precisamente 8 anos, consegui assistir aos outros dois filmes que compõe a trilogia, A igualdade é branca e A fraternidade é vermelha. Sabendo do interesse inicial de Kieslowski de que as três tramas se emaranhassem e formassem um único filme, decidi reservar um fim de semana para assistir os três filmes na sequência, com pausas rápidas para a trinca xixi/rango/respirada. Mais uma vez chorei com as dúvidas e fantasmas de Juliette Binoche. Na segunda etapa, tive um momento de paz e alguns risinhos com Julie Delpy, numa atuação fraca, na minha humilde opinião. Pra fechar, me vi presa na trama cheia de mistéria protagonizada pela talentosa Irene Jacob. Um filme perfeito, em cada detalhe em tons de vermelho.
Toda essa papagaiada é pra dizer que, antes de falar das cores da bandeira da França, a trilogia de Kieslowski fala da vida e isso está se tornando um caso raro no cinema atual. Tirando algumas exceções independentes, o cinema daqui e de lá de fora está investindo em bombas, histórias cheias de vai e vem (em todos os sentidos) e onde a magia se concentra numa profusão de cores que deixa muita gente tonta, inclusive eu, acostumada a gastar giz de cera em folhas e mais folhas pela casa. Transparece um certo medo de mostrar coisas comuns, personagens que poderiam morar no prédio ao lado. Tudo em nome do diferente, do exótico. O que certos diretores precisam entender é que não precisa ser sujo pra falar de dor, nem grandioso pra falar de uma época. Basta ser fiel a si mesmo. Inclusive nos dias em que a gente enxerga a vida por uma lente cinza.

Bjus da Bia, em três cores

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Dias brancos

Ter um fim de semana frio é uma coisa. Outra bem diferente é ter um fim de semana de lascar de frio! é sabido que eu adoro inverno, mas também apoio aquela campanha que diz que agente devia se inspirar nos nossos amiguinhos ursos e hibernar embaixo de muitas cobertas durante três meses. E isso não tem nada a ver com preguiça. Não é pra ficar dormindo e roncando o dia inteiro. É pra ler, ver TV, assistir filmes no DVD (tá bom, eu assumo que não conseguiria resistir em ir ao cinema)e comer, comer, comer. Sim, porque inverno só tem coisa boa: cuca, sopa, risoto, brigadeiro de panela...
Por causa dessa friaca aí fora e da pilha de livros que me espera, talvez eu não apareça muito por aqui. E como sei que tenho meia dúzia de leitores queridos, peço desculpas e deixo vocês com uma músiquinha boa.

Bjus da Bia

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Homens


Fiquei sabendo que hoje é dia do homem e como tenho vários ao meu redor, resolvi fazer a minha homenagem. Mas o que dizer? Dia Internacional da mulher tá aí faz tempo, o que não falta é frase feitas ou ideias pra falar o quanto somos batalhadoras, inteligentes, espertas, etc, etc. Mas e os homens? Será que eles querem cartões, flores, essas coisas? Será que não vão ficar constrangidos com um bombom em cima da mesa de trabalho? Vai saber...
Só sei que, se fosse homem, teria o triplo da timidez que tenho sendo mulher. Tudo porque conheço bem a minha trupe, e sei do que uma mulher é capaz. A gente aprende pequeneninha a dar fora, a dizer com jeitinho, a mandar qualquer rapaz pro espaço sem precisar da força. E se eu fosse homem eu não ia querer sentir esse poder. Deusolivre!
Enfim, aos meus amigos queridos, obrigado pelas madrugadas de videogame, por não se importarem com a minha unha quebrada, muito menos em terem que me levar pra casa de pés descalços quando o salto alto me mata. Obrigada papai e vovô por serem sempre tão queridos e por aceitarem meus fracos porém esforçados comentários futebolísticos.
Meninos, amo vcs! E a vida não teria a menor graça sem vocês por perto.

Bjus da Bia

P.S. Na foto, eu e Rodolfo Valentino, presente dos guris no meu último aniversário.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Nem é tudo isso



Qual não foi a minha surpresa quando, entre milhares de babões espalhados pelo Twitter, Ivan Moré, do Globo Esporte, solta o verbo e diz que a moça não é lá o artigo.

" Acreditem: a L. Riquelme é meia boca. Pessoalmente não é a gata que parece ser. Ilusão de ótica total! "
diz ele no microblog.

Vamos combinar: o corpo da moça é pra matar de inveja qualquer mulher. E ela sabe disso como ninguém e resolveu usar o que Deus e a mesa de cirurgia ( nem vem que aqueles peitos são silicones, sim!) lhe deram pra encher o cofrinho. Esperta né? Enquanto isso nós ficamos por aqui, malhando o cérebro pra matar um leão por dia.
Mas hoje, olhando bem a moça na tv, percebi que ela tem a boca torta. Bem torta. Mas quem vai olhar quando tem duas coisas enormes quase na frente, né? Sorte pra ela. E besitos da Bia

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Ai, ai...

Eu achei tão fofo. Sara, cuida bem do Casillas, viu? Esse homem vale ouro!

Wyler, Wise e as mudanças


Jogar no ataque e na defesa. Ser o dono do campinho e da bola. Apitar e chutar pro gol. Não, o papo hoje não é futebol, até porque a Copa do mundo já foi e a Espanha tá (merecidamente) festejando até agora. O negócio é cinema mesmo. William Wyler e Robert Wise são dois cineastas que não estão mais entre nós, mas andam incentivando uma série de novos talentos das câmeras. Isso porque eles tinham um diferencial dos seus companheiros de profissão lá na tão comentada (e copiada!) década de 50. Eles encaravam tudo: comédia, suspense, ficção científica, romance e o que mais aparecesse. Afinal, eram contratados de grandes estúdios e tinham que cumprir suas metas. Mas pra que virar uma máquina de fazer filmes? Pra que rodar apenas o que está no roteiro? Que tal um detalhe aqui, uma marca registrada? Pois bem, eles tinham.
Wyler tinha um bom humor incrível e era um perfeccionista convicto. Prova disso é que Charlton Heston quase teve um troço quando filmou Ben-Hur, de tanto repetir cenas de ação. Afinal, um épico precisa ser grandioso, monumental. E Wyler conseguia isso. O espectador menos atento talvez não perceba que o mesmo cara que comandou a corrida de bigas mais famosa da telona também conduziu um dos romances mais lindos e modernos do cinema americano: A princesa e o plebeu. Um filme simples, delicado, focado nos atores e, em especial, nos olhares. Lindo, lindo, lindo.
E Wise? Queridos, ele fez A noviça rebelde e entreteu mais da metade da população mundial com canções inesquecíveis. E ainda transformou Julie Andrews na babá que todo mundo queria ter. Toda essa delicadeza, esse clima família...mas o homem também gostava de inovações. Ajudou na montagem do primeiro Jornada nas Estrelas e também comandou os trabalhos de uma das primeiras grandes produções de ficção científica dos anos 50: O dia em que a terra parou, isso lá em 1952. Ou seja: efeitos especiais bem fraquinhos. O jeito era improvisar pra colocar medo na garotada que lotava as salas de exibição.
Dois caras, muitos cinemas. Em congressos de cineclubistas ou mesmo de diretores a gente escuta muito aquele papinho de filme de autor, mas o conteúdo é muito diferente daquele criado pelo pessoal da nouvelle vague. Fulano faz filme de arte, ciclano faz comédia, beltrano só faz drama. Toda essa ladainha ainda vem temperada de críticas pra realizadores que se arriscam nos mais variados gêneros. Qual o problema em misturar, hein? Ninguém aguenta o mesmo ritmo todo dia. Até a mais fiel das rotinas tem os seus percalços. Nunca somos os mesmos, porque nossos filmes deveriam ser? E isso vale pra tudo, não só para o cinema. Mudar é preciso. Mudar e continuar sendo a gente mesmo. Mudar sem perder a essência, como diria minha sábia mãe. Aliás, ela muda sempre. Nem que seja a cor do cabelo.

Meninos, fica a dica: Wyler e Wise sabiam das coisas e mudavam. Nós vamos no mesmo bonde. Pelo bem dos nossos dias.

Bjus da Bia

domingo, 11 de julho de 2010

Prepare-se: ele vai atirar


Adoro histórias em quadrinhos, principalmente as de faroeste. E se você, caro leitor, pensou no Tex e sua cara limpinha, se enganou. Sim, eu passei um bom tempo da minha adolescência lendo as aventuras do cowboy italiano, mas as minhas tardes só passaram a ser inesquecíveis quando eu troquei os livros de matemática (arg!) pelas revistas de Jonah Hex. Esqueça o bom-mocismo de Tex e sua busca por um oeste melhor. Aqui o buraco é bem mais embaixo. Jonah Hex é desfigurado (tem a marca do demônio no rosto, feita por um chefe apache), usa o unifrome dos soldados confederados para provocar seus inimigos e conterrâneos nortistas. As histórias são cheias de sangue, violência, caixões improvisados. E ninguém é salvo no final. Sem redenção. Jonah não será um homem de família ou encontrará Jesus. Esqueça. No universo dele a vingança impera. Cabra macho mesmo!
Com uma trama tão boa, criada por Tony DeZuniga, Jonah Hex vai ganhar a tela grande que tem no elenco uma trinca explosiva: Josh Brolin, como protagonista, John Malkovich e Megan Fox. Seguindo a linha de outros sucessos dos quadrinhos que vão parar no cinema, o filme é uma superprodução, onde grana para efeitos especiais não faltou. Mas promete, viu? O trailer aí em baixo que o diga. Mas fica o alerta: se você não está acostumado com o lado negro do oeste, prepare os nervos.

Bjus da BIA. Bang!

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Unha pintada



Toda a família espalha que eu falo pelos cotovelos. E falo mesmo. Mas tem hoas que tudo que eu quero na vida é ficar quieta. No cinema, nem um pio. Na hora do programa de esportes, silêncio. Na hora do jogo do Grêmio, apenas alguns palavrões e,s e a felicidade der as caras, gritos de gol. Gosto de ficar na minha, de boca fechada. Aprendi que isso pode ser um prazer e tanto. E um dos momentos melhores pra ficar quietinha é na manicure. A mulherada fla, fala, fala, fala e eu só escuto. Me permito apenas escolher a cor do esmalte. É nessas horas que eu começo a pensar porque gosto tanto de unhas coloridas, no texto que não consigo terminar, nas ideias de pauta que insistem em me perseguir bem na hora de ir pra cama, na bolsa nova que comprei, na minha timidez que ninguém acredita, no meu vício por coca-cola e chocolate, no livro da Clarice que eu abro sempre na mesma página. Em como eu me sinto fútil quando me pego pensando na roupa do dia seguinte ou comprando batom. Em como queria ter mais grana pra gastar em livros. Nas idas ao cinema que eu queria triplicar. Nos amigos que estão indo embora e em como vou matar a saudade. No meu sexto sentido e em como desconfio dele. No meu jeito desconfiado pra quase tudo na vida. Nos filmes que me perturbam. Em como eu choro por coisas bobas e fico inerte diante de manchas de sangue. Enfim, eu penso em mim enquanto o pincel do esmalte cumpre o seu papel.
Aliás, a última do salão era que Cristiano Ronaldo foi visto com as unhas dos pés pintadas de preto. Se eu já não gostava dele, agora sim peguei nojinho eterno. Porque enquanto pinto as unhas, eu também penso que homem que tira a sombrancelha e pinta as unhas não faz o meu tipo.

Bjus da Bia

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Ringo, Ringo, Ringo!!


Quem me conhece sabe que meu Beatle preferido é o George Harrison ever! Mas como hoje o fofo do Ringo Starr comemora 70 anos, este blog não podia ficar de fora da festa. Ele pode não ser muito talentoso na batera ( porque bom mesmo é o Keith Moon e ponto!) mas sempre conferiu certo charme a parte do fundo do palco dos shows. Sem contar que exerceu seu lado ator em Preso na Escuridão, um western trash de Ferndinando Baldi, que ganhou uma versão tosca em DVD no Brasil. De tão ruim, chega a ser divertido.
Enfim, Ringo, aproveite bem seu aniversário, tá!

Bjus da Bia

terça-feira, 6 de julho de 2010

Arte agridoce



Confesso que demorei um bom tempo pra conseguir assumir pra mim mesma que sou romântica. Pra ser bem sincera, foi na semana passada. E segui tudo a risca: fiquei alguns minutos antes de dormir (insônia me ama com tadas as forças!) pensando em tudo que eu acho legal e nem tão legal quando o assunto é relacionamento e acabei tendo que aceitar: sou romântica, pô! Um romantismo meio estranho, mas um romantismo. E como ninguém é de ferro e eu tinha uma matéria compplicada pra fazer no dia seguinte (depois comento melhor) resolvi re-assistir dois filmes que falam de amor de uma forma única.
O primeiro da noite, Amantes, de James Gray, narra a vida dividida de Leonard ( um Joaquin Phoenix excelente!). Ainda abalado com a morte da esposa, ele se vê apaixonado por duas mulheres completamente diferentes. Uma é previsível, amorosa e disposta a dividir a vida com ele, com direito a aliança no dedo e cerimônia pomposa. A outra (a incrível Gwyneth Platrow) é temperamental, movida pelo desejo e está mais interessada em fugir do que em casar. Tudo isso resulta num filme complicado como qualquer relação e com um final nem um pouco indicado para quem ainda acredita que o "felizes para sempre" é obrigatório. Não é triste, mas deixa um clima estranho no ar. Como se faltasse um pedaço.



A outra produção é a aclamada 500 dias com ela, do craque em videoclipes Marc Webb. Na sua primeira experiência com cinema, Webb conduz muito bem uma trama que consegue ser pop e fugir completamente daquele clichê onde o casal principal se desdobra nos conflitos de um namoro e depois acaba ficando junto e feliz. 90% das comédias românticas são assim. Os outros 10% tem final trágico daqueles que o cinema prestaria um serviço se distribuisse lenços na saída. O mocinho é um sonhador e a mocinha não quer nada sério. E nenhum dos dois está certo. Nem completamente errado. É como diz o cartaz de divulgação: 500 dias com ela é um filme sobre o amor. E abre nossos olhos pra vida de verdade, onde as coisas acontecem do jeito que a gente menos espera, onde os imprevistos se tornam inesquecíveis e o final que a gente sonhou nunca acontece. Ainda bem.

Enfim, precisei de apenas 2 filmes pra concluir meu romantismo. Continuo com um medo danado de relacionamentos sérios mas sonho em poder dividir gargalhadas com alguém. Talvez nesse ritmo eu arranje um namorado. Ou escreva um bom roteiro, o que já tá bão demais! Mas o maior aprendizado da noite foi o de que amar é uma arte agridoce.
Bjus da Bia

Tudo igual, tudo diferente


Daí a gente pára pra pensar que o tempo está passando. Talvez seja uma crise dos 30 precoce ou então apenas o desconfiômetro voltando a funcionar depois da Copa do Mundo. Tudo começou quando meu irmão torto (ele é afilhado da minha mãe, mas foi criado aqui em casa e a gente briga e depois diz que se ama como bons irmãos ;) falou que a namorada ia matar aula na faculdade para assistir Eclipse, o novo filme da saga Crepúsculo. E mais: ia com camiseta, pôster e garganta preparada para gritinhos. Daí eu me lembrei das minhas noites insones nas portas das grandes livrarias, esperando a chegada dos livros de Harry Potter, das disputas pelo melhor lugar no cinema e da mesada se esvaindo em revistas e albúns de figurinhas. A diferença é que a namorada do meu irmão tem 19 anos e eu tinha 13 naqueles áureos tempos de euforia. Continuo fã de Harry Potter (nerd morre ner e renasce nerd), mas agora meu coração fica feliz só de conseguir a melhor poltrona na estreia, de preferência num horário onde crianças que nunca leram um livro da série passem longe. Confesso que uma certa invejinha de soltar gritinhos do alto dos meus 23 anos na porta do cinema sempre me cutuca, mas é tão rápido que nem dá tempo de bambear. Aprendi que gosto do coração disparado, das mãos meio trêmulas...aquela alegria que só a gente sente e que, nem por isso, é menos divertida.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Pfff...

Hoje não tem foto, nem muitas linash, nem vídeo, muito menos frescurinha. Estamso fora e só tenho uam coisa a dizer: ésse negócio de perder dói muitooooo. Já tinha sentido em 98, mas agora foi pior. Enfim, bola pra frente e que venham as dores da vida e as vitórias da estrada.

Bjus da Bia, a desabafada