segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

O que nos espera

Sempre, na noite de ano novo, entre os meus pedidos não pode faltar bons filmes. é, eu rezo pra ter momentos felizes em salas de exibição. E 2010 promete!!! Mesmo sem grandes nomes no Globo de Ouro, fiquei muito feliz com as 6 indicações de Amor sem escalas, de Jason Reitman. Ele merece, pois seus filmes possuem algo que anda em falta no mercado: sinceridade. E ainda tem o charme grisalho de George Clooney como cereja do bolo.
2010 promete bons momentos, já que Tim Burton vai trazer Alice no país das maravilhas. Perfeito, não? O diretor certo, afinal, Alice combina com Burton desde sempre. E ainda tem The Runaways, com Kristen Stewart no lugar que merece. Explico: desde que ela fez aquela ponta em Na Natureza selvagem, eu percebi que tava diante de um talento. Jovem, diferente, sem pinta de estrela. Um achado em tempos onde adolescentes querem ser famosas. Tenho certeza que sua participação na série Crepúsculo foi pela grana, pois ela não combina com uma personagem tão sem sal como a Bella. Desculpem, meninas, mas aquele livro é surreal demais pro meu gosto. Vampiros púdicos, nada de sexo e lobisomens sarados. Isso lá é mistura??
Emfim, eu fico no aguardo pra ver Kristen Stewart na telona botando pra quebrar. Cara de roqueira ela já tem.
Bjus da Bia

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Uma mudança de Natal

Ontem li pela milésima vez na vida Um Conto de Natal, de Charles Dickens. Foi um dos primeiros livros que li na vida, e nunca mais esqueci. Aliás, Charles Dickens me faz muito bem. Grandes Esperanças é sempre um refúgio quando a coisa fica feia.
Agora, cá estou eu, me preparando para o tal de Natal. Como já escrevi aqui, não gosto desta data. Isso porque me bate uma tristeza danada, lembro de todas as injustiças do mundo e sinto o quanto sou pequena. Não no tamanho, mas por dentro. Pequena porque o que posso fazer é muito pouco. Por mim, na noite de Natal, eu sairia por aí distribuindo presentes, comida e sorrisos e voltaria pra casa feliz, para dormir um sono dos bons. Sem festa, sem nada. Isso porque essas festas de famílias não me trazem boas lembranças, me fazem pensar na criança errada que eu fui e no quanto eu poderia ter mudado a minha visão do Natal e não quis.
Agora, aos 22 anos, eu me disponho a começar de novo. Não mudei só de emprego, mudei de visão. Vai ver, sempre enxerguei o mundo assim, mas nunca tive coragem de admitir. Sempre fui de fugir de mim mesma nestes aspectos.
E como Ano-Novo vem na sequência, seja bem-vinda, Bianca Zasso. Seja você o que for.

Bjus da Bia

domingo, 6 de dezembro de 2009

Ousar: verbo definitivo


Tem dias em que se acorda e parece que o mundo acabou. Ou apenas ficou opaco, eu acho. A gente se sente um dragão, aflora na pele a tal confusão que resolve vir me mala e cuia pro coração. É como se fosse um alerta. Olha, faz alguma coisa, toma algum rumo! Daí a gente vai lá e toma. Rasga as páginas. Troca os horários. Pede arrego e encontra uma nova liberdade. Pensa na pobreza do mundo e na de espírito dos que tem muito e não fazem nada pelos que tem pouco. Chora baixinho e não dói, pois não é choro de tristeza. É desabafo. Pronto, vai passar. Acabou. A falta de amor virou detalhe, os olhos brilham por outros pequenos prazeres. Café com bolo, por exemplo, sozinha no meio da madrugada. Ou cantar baixinho como se tivesse uma bela voz. O joelho esfolado não incomoda: cair acontece. E faz bem. Assumir que vai conseguir viver com os sonhos difíceis que ganhou de presente da vida. quase tatuou no pulso a palavra ousadia em letras garrafais. Decidiu que o tamanho podia ser menor. Ousar não é exagero. Sutileza é a ordem. Vai ousar sem precisar de decote ou gritos. Vai surgir provocante para o próprio espírito e deixar-se seduzir sem culpa. Me rendo. Em todos os sentidos.
Maluca. Desnorteada. Feliz. Ousada. Agora entende porque nasceu com um rosto comum, que não chama a atenção no meio da rua: seu interior inquieto já basta.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Presente de natal


Não gosto de natal. Desde pequena é assim. Por mais que tenham os presentes, a família toda junta, a comilança, eu me sinto tristonha. É como se tudo que aconteceu durante o ano voltasse npra minha cabeça. Um milhão de lembranças misturadas. Esse foi um ano maluco. Formatura, emprego,projeto, mudança de rumo, despedidas e descobertas. Pra tentar esquecer um pouco esse monte de coisas que me perseguem, comprei meu presente adiantado, afobada que sou para abrir pacotes. Muitos dvds e meia dúzia de livros. Hoje o correi deu uma de Papai Noel e me trouxe a caixa Audrey Hepburn - Couture Muse Collection. Sete filmes onde Audrey está mais linda do que nunca. Os mais belos olhos castanhos do cinema. Aúnica tristeza é que o box não contém Infâmia, filme de William Wyler que eu considero sua melhor atuação no cinema. Mas esse fica para a próxima. Caso eu não apareça por aqui logo, FELIZ NATAL E BJUS DA BIA!!!!!

domingo, 29 de novembro de 2009

A arte de virar a página

O título deste post é também o título de um livro da minha amada escritora Adriana Falcão. Com muita poesia e simplicidade, ela fala sobre como, a cada dia, a gente precisa se reinventar, mudar, trocar, viver. Estou virando a página. Nunca imaginei que isso fosse acontecer tão cedo comigo. No livro da vida, eu fiz um primeiro capítulo curto, mas de muito aprendizado. Envelheci 10 anos no último mês quando um sonho antigo voltou a bater na minha porta. Informo vocês de que vou convidá-lo pra entrar e tomar um café.
Incentivo vocês todos a fazerem um mesmo. Quando a história não anda bem, vale a pena buscar outra alternativa na estante. Ou, simplismente, arrancar a página e começar tudo outra vez.

Bjus da Bia

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Amor & Sexo



Acho Fernanda Lima umas das mulheres mais lindas e poderosas do mundo. Inteligente, sincera. Vou muito com a cara dela. E minhas noites de sexta-feira têm sido animadas por ela, que comanda Amor & Sexo, um programa raro em tempo de reality show e outras porcarias.
Lá em casa, falar de amor e sexo nunca foi problema. Sempre houve respeito. É essa a palavra. Pra falar e pra viver amor e sexo é preciso respeito. Acho que lido bem com o assunto. Não preciso sair por aí quase pelada ou falando palavrão ao quatro ventos pra mostrar que gosto de sexo. Aliás, pra que falar? O que acontece na minha vida pessoal interessa a mim e mais ninguém!! O problema é que muitos ainda acreditam que só quem anda rebolativa por aí é mulherão. Pobres homens! Mal sabem que por trás de uma mulher "normal", algumas até sem muitos atrativos, pode existir uma amante consciente e beeeeem insaciável. Fica a dica, homarada!
Aliás, insaciável a gente deve ser sempre. E com tudo na vida. Saciar a vontade de viver deve ser proibido.

P.S. Se eu não mandar um beijinho pra dois garotinhos que me divertem com papos malucos, não vou ser perdoada. Bjus pro Otávio e pro Pedro. :) Da Bia

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Falta


Por causa do trabalho e de alguns projetos, resolvi diminuir meu vício em cinema. Sabe fumante que passa a fumar 3 aos invés de 5 cigarros? Pois é, tô nessa. Resolvi que só veria filmes nos finais de semana. No começo, tudo bem. Era possível suportar. Mas agora, tá doendo essa lasquera! Sinto falta e o negócio é físico. Vou dormir e parece que algo me falta. Penso onde guardei as chaves, se fehcei a porta dos fundos, se deu comida pros cachorros. Nada disso. Me falta um Otto Preminger, um Amos Gitai, um Rob Reiner. Me falta cinema. E a coisa tá tão osca, que eu já tô vendo coisas! Qualquer velhinho na rua parece o Antonioni, homens de óculos são Woody Allen e até o milk-shake de menta me lembra os filmes-dançantes dos anos 80. Não tem jeito. A gente tenta ser normal mas não consegue. Ontem, enfim, me rendi. Odeio dar o braço à torcer, mas foi preciso. Devorei meu Jack London e depois me deixei levar pelos acordes dos clássicos da Disney. Parece bobo, mas foi um ótimo recomeço. Amanhã, espero pelo novo do Tarantino. Bastardos Inglórios, aí vou eu! Pelo bem da minha saúde.

Bjus da Bia

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Ventos do Oriente


Com o calorão que anda fazendo nesta minha terrinha natal, eu me pego a pensar na vida de um jeito confuso. Odeio verão e esse clima quente me confunde os neurônios. Mas uma coisa é certa: tenho me apaixonado a cada dia quente pelo cinema oriental. Resovi amenizar os litros de suor que esse mundo me concede com muito Akira Kurosawa, Kenji Mizoguchi, Wong Kar-Wai, Kim Kiduk e outros. Assumi o que a muito sentia: o Oriente me seduz.
Mas foi com um elenco americano que meu o lado do meu coração que tem olhinhos puxados ficou radiante. Um Beijo Roubado, de Kar-Wai tem Norah Jones e Jude Law como protagonistas, se passa na América mas é oriente puro. As cores, as analogias e, antes de tudo, a trama. Assisti o filme pela primeira vez no cinema. Estava numa fase muito cética da minha vida, tentando ir contra a minha essência sentimetal. Resquício de uma adolescente rebelde. Só agora, com o filme em DVD nas mãos, consigo entender porque gostei tanto. A história pode acontecer em qualquer esquina. Uma penca de pessoas passam pela nossa vida, deixam marcas, algumas bem doloridas, outras coloridas. Amores acabam, outros amores amadurecem. Surpresas. Sonhos. É a vida. Tão banal que perde a nossa merecida atenção. Boas histórias estão por aí. A gente só precisa escolher as melhores e levar pra sempre.

Bjus da Bia

sábado, 24 de outubro de 2009

Enfim, o desapego

Se eu sou o que sou hoje, é tudo culpa da minha mãe. No início da adolescência, eu rosnava feito cusco por causa dela. Típica rebeldia sem motivo. Mas logo me dei conta que devo agradecer todos os dias por ser filha dela. E entre as muitas lições que ela me deu, uma só está virando realidade agora: o desapego.
Eu sempre fui muito ciumenta com as minhas coisas. Meus livros são quase filhos e meus amigos eu sempre quis por perto. Por um lado é bacana, a gente se senti viva quando tem algo pra cuidar, mesmo que esse algo não caminhe ou fale. Mas esse grude meu fazia mal, e eu nem percebia.
Eu ficava com raiva quando tinha que dividir a atenção da minha melhor amiga com outra pessoa e odiava doar minhas roupas, por mais que elas não coubessem mais. Era como se eu só conseguisse lembrar de certos momentos se essas coisas estivessem por perto. Futilidade nojenta essa, hein?!
Mas o bom é que a gente muda, e muito!
Aprendi que doar faz bem e que o que realmente importa, os sentimentos e emoções que a gente vai levar para a vida toda não precisam de "lembrancinhas" para serem ativados. Basta mexer com o coração da gente, que a presença está garantida.
Claro que ainda mantenho com carinho e um certo ciúme saudável pelos meus livros, filmes, roupas e bobagens. Mas praticar o desapego deixa a gente mais leve. E não é só a casa que fica mais espaçosa, é a gente também. Esquecer quem te fez sofrer é tarefa difícil, mas não impossível. Rir dos amores fracassados, tirar lição das decepções, aprender com as mancadas, tudo isso é combustível pra felicidade.
Sei que pareço um guia de auto-ajuda (coisa que eu odeioooooo!) mas é assim que funciona essa tal de vida. Desapego é a palavra. Mas lembre-se: apegue-se quando o coração mandar. Vai ser bom, enquanto durar.

Bjus da Bia

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Sonho de consumo

Quem é cinéfilo sabe: dói ver um grande filme sair numa edição tosca em dvd. A distribuidora Silver Screen está, na minha opinião, competindo com a USA Filmes nesse quesito. Erros de português na caixinha, legendas com vida própria( aparecem antes da hora ou simplesmente não aparecem)sem contar os extras pobrinhos.

Mas eu tenho que entrar no confessionário: eu gosto. É ótimo encontrar o filme que tu sempre quis ver em dvd por um preço bacana. A gente pena pra assistir? Pena, mas assiste.

Sei que meu aniversário é só no ano que vem e que o Natal não me reserva um Papai Noel muito farto. Mas uma olhada aqui pode inspirar.


Ninguém entende meus filmes. Dane-se, o importante é me dar o filme certo. Fica a dica.

*Esse post é uma homenagem ao meu amigo Beto, que diz que não existe coisa mais complicada do que comprar um presente para essa criatura que vos escreve.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Vida cinéfila que me possui!

Como diz meu tio, "andemo bem locô"!!! Trabalhando, mudando de casa,enloquecendo. Tô bem feliz, confesso. Mas se meu anjinho da guarda resolvesse me presentear, eu estaria no Rio de Janeiro. E não iria a Copacabana. Nem ao Cristo. Meus destino seriam as salas participantes do Festival de Cinema do RJ.
Ia ser lindo! Não sei se meu coraçõazinho ia aguentar o tranco. O novo do Ang Lee ambientado em Woodstock, o novo do Almodóvar(mi corazon roto, por diós!) e do Haneke( que deve ser um soco na cara inesquecível) e Tarantino. Falando de guerra. Uhuuu! Me segura!
Quem tiver a chance de ir, não perca. Festivais de cinema são ótimos, a gente assiste coisas que, em outras situações, talvez nunca cruzariam o nosso caminho. Tá bom que tem aquele lado da perfumaria, um bando de artistas fazendo pose no tapete vermelho. Mas isso se releva. Pra um diretor, deve ser a parte mais chata.
Alimentar a cinefilia. Precido disso.
Garçom, me traz um Hitchcock bem passado com uma dose de Antonioni!

Bjus da Bia :)

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Tchau, Patrick

Ontem eu falei de Footloose, toda animada, e hoje a vida me aparece com essa.
O câncer venceu Patrick Swayze, aos 57 anos. Não era um ator magnífico, mas tinha competência e muito animou minhas fugas da escola para ver Dirty Dancing na Sessão da tarde. Fica a minha pequena homenagem.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Mestre


Ano que vem vai ter festa. Festa vermelha e cheia de significados. Cinéfilos do mundo inteiro vão comemorar o centenário do mestre Akira Kurosawa.
Tenho certeza que, se estivesse vivo, Kurosawa estaria filmando. Não digo na labuta, correndo pra lá e pra cá, mas sentadinho na sua cadeira, conduzinho a sua poesia visual. Afinal, ele já era um vovô quando fez Sonhos e renasceu para o mundo, graças aos seus fãs americanos Martin Scorcese e George Lucas.

Kurosawa foi o primeiro diretor japonês da minha estrada cinéfila. Chegou matando: assisti Kagemusha e Ran no mesmo dia. Pirei. Era lindo de ver, de escutar, a história era incrível. Eu tinha 16 anos e segurei na mão de Kurosawa que logo me levou para as obras de Yasujiro Ozu, Kenji Mizoguchi e Takeshi Kitano. Bem-vinda, ao Oriente.

Cinema Oriental é, antes de tudo, para se apreciar com a alma. Os filmes de Kurosawa são a prova disso. Mesmo quando a violência é o foco, como em Rashomon, há sempre uma poesia rara e profunda. Por isso intriga, seduz e apaixona. Era um fã de John Ford e sua ação bem conduzida. Acreditava no cinema e fazia dos seus storyboards obras de arte. Único.

O Festival de Veneza deste ano iniciou as comemorações com a exibição dos principais filmes do diretor. E 2010 reserve várias homenagens e relançamentos. É esperar para apreciar.

Bjus da Bia, orientais.

DANCE, DANCE, DANCE!


Se tem uma coisa que eu gosto de fazer nessa vida é dançar. Diferente de muitas das minhas coleguinhas, fui eu que pedi pra minha mãe para começar a fazer balé. Confesso que não era o que ela esperava. Talvez ela me quisesse mais guerreira e menos delicada. E ela conseguiu.
Minha maior dificuldade no balé clássico sempre foi a concentração. Minha memória para os passos era boa, meu equilíbrio também. Mas sempre achei que aquela música clássica era pouco. Daí eu fui fazer jazz e fui um pouco mais feliz, mesmo sem conseguir largar as sapatilhas de ponta.
Foi nessa época que Footloose apareceu na minha vida. Não é o melhor filme do mundo, não mudou o mundo, mas me diverte horrores! Tá naquela lista de diversão de primeira. Sabe, filmes que divertem com coisas bobas, fazem bem para o dia, nos fazem cantar por aí mesmo que esteja chovendo e a gente não tenha guarda-chuva.
Kevin Bacon foi o meu John Travolta(mesmo que eu ameeee o Travolta loucamente!). O que a minha mãe viveu com Os Embalos de Sábado à noite, eu vivi com Footloose. É automático: toca a trilha eu eu danço. Se estever na rua, caminho no ritmo da música. Não resisto, é mais forte do que eu.

Mesmo que o destaque seja o mocinho, meu personagem preferido é o atrapalhado Willard, que cai como uma luva para o saudoso Chris Penn. Sem contar Sarah Jessica Parker jovenzinha e nada loira. :)

As fofocas cinematográficas informam que uma nova versão do filme vem aí, no embalo dos sucessos teen High School Musical e Camp Rock. Sinceramente? Prefiro Kevin Bacon com suas calças skinny e seu requebrado pop. Uhuuu!

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Faca na cinta-liga!


Por que é tão difícil pra um homem entender que mulher não é uma coisa só? Todo mundo prova chiclete dois sabores, chocolate com mente, café com canela, enfim, misturas. Então por que não entendem que a gente é uma mistura? Cansei de tentar achar respostas, por isso, venho aqui, nesse meu canto, escrever o que parece fisíca quântica pra alguns:

Sim, eu consigo me maquiar e discutir música ao mesmo tempo (essa vai pro maluco do Bernando, que se cala quando eu pego o lápis de olho)
Sim, eu assisto filme de terror e dou risada na hora do sangue :)
Sim, eu consigo cozinhar e pensar num jeito de ajeitar meu cabelo
Sim, eu canto letras bobas e devoro a Bravo!
Sim, eu uso tiara no cabelo e camiseta preta velha
Sim, eu como chocolate e odeio alface
Sim, eu leio Jane Austen e Elmore Leonard
Sim, eu odeio prefiro os tiroteios aos romances nos filmes de faroeste
Sim, Bianca de França Zasso é uma menina de verdade. Real. Nada pré- determinado.

FACA NA CINTA-LIGA, MEU BEM! E não sou a única!

Mas, se vocês ainda preferem bonequinhas com ordem pra tudo, tem uma penca por aí. O Twitter que o diga!

Bjus da Bia, endiabrada com certas coisas :o

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Dois homens e uma ilha


John Boorman sabe o que faz. Percebe-se isso em cada cena dos seus filmes, inclusive no fraco O exorcista 2- O herege. E hoje eu resolvi falar de um dos filmes de guerra que moram no meu coração que tem a direção deste querido americano.

Inferno no pacífico é um filme de guerra sem campo de batalha. Ou pelo menos sem um campo de batalha ao qual nossos olhos estão acostumados. Numa ilha do pacífico, um fuzileiro naval americano e um oficial da marinha japonesa se encontram...e a peleia começa. Poucos diálogos e muitos olhares frios e gestos hábeis. Dois homens lutando por água, um canto, se odiando mesmo distantes dos locais de conflito da Segunda Grande Guerra. No elenco, só dois nomes: Toshiro Mifune e Lee Marvin. Tá bom ou quer mais? Unir o rosto mais sádico do cinema americano com um dos preferidos do mestre Akira Kurosawa (antes da briga feia que os dois tiveram após o filme O barba ruiva)é uma escolha e tanto, que podia resultar numa guerra de egos. Mas o que vemos é um duelo de talento cercado de mar por todos os lados. Há equilíbrio, nenhum dos dois se sobresai, são como um único elemento. Ao longo da trama, isso se torna mais forte e o espectador se prepara para um dos finais mais tocantes do cinema de guerra.

Samuel Fuller já dizia que o cinema é um campo de batalha. Para John Boorman é lugar de tiros de talento.

Bjus da Bia

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Ala Kazan


Esse ano os cinéfilos comemoram o centenário do diretor Elia Kazan. Taí um grego da pesada! Ele unia estilo único de direção com o apelo comercial típico de Hollywood. Fez filmes incríveis, apresentou James Dean ao mundo com Vidas Amargas, deu a Marlon Brando a melhor cena de sua carreira em Sindicato de Ladrões; foi num filme seu, Clamor do Sexo, que o primeiro beijo francês surgiu na tela. Até então, os romances só tinha beijinhos inocentes demais se comparados às juras de amor trocadas pelos protagonistas.
Sinto por Elia Kazan um sentimento semelhante ao que tenho por Jonh Wayne: ao mesmo tempo que admiro seu trabalho, sei dos seus defeitos e os abomino. Kazan foi dedo-duro na época da Caça as bruxas. Coisa feia. Devia ter ficado quieto. Mas ele já era bem grandinho e sabia o que fazia.
O mais estranho e´que não consigo deixar de rasgar seda para os seus filmes. Eles tem leveza e ao mesmo tempo são revolucionários; lidam com sentimentos sem nem um pingo de sentimentalismo barato. Enfim, fazem parte daquela leva de diretores talentosos e preocupados em chegar até o público. Ricos anos 50!!!

Fica a minha homenagem a este homem que podia ter ficado de boca fechada, mas sempre teve a cabeça aberta para criar bons filmes.

Bjus da Bia

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Equilíbrio


Tem coisas que a gente só enxerga se alguém mostrar. Repara na cena:

-Bia, como tu consegue?
-O que?
-Gostar de coisas tão diferentes. Olha aqui, ó! Filme de terror tosco e comédia romântica.
-Comédia romântica eu sou chata pra escolher. Sempre acho boba.
-Mas tem umas que tu gosta.
-Tem sim. Principalmente aquela com o Peter O'tolle. E aquela última da Scarlett eu achei bem divertida.
-Então, como tu consegue?

Nunca parei pra pensar nisso. Quando escolho um filme, a coisa é muito instintiva. Gosto de terror mesmo, e dos toscos. Mas também choro com Fellini, Antonioni sempre me faz pensar, John Ford me ensina que tenho muito que aprender antes de sair por aí dirigindo cavalos e homens que usam pistolas. Quanto a comédia romântica, acho que todo mundo tem seus dias frágeis, onde tudo que a gente quer é um final feliz que a sabemos quase nunca acontece na vida real e umas palavras doces. E inteligentes, se possível.
Acho que cinema é equilíbrio. E equilíbrio não precisa ter pressa ou convicções. Dá pra mudar e continuar firme na corda bamba. A tela grande não perde o foco se a gente ousar. Aliás, sempre desconfiei de quem responde a pergunta "o que tu curte em cinema" com frases de efeito do tipo "cinema europeu" ou "a nova safra de diretores argentinos". Pra mim, isso é muito vago. Tem muito filme europeu fuleiro e nem todo cineasta argentino é talentoso. Desculpe, mas essas respostas me soam pouco sinceras. Coisa de quem quer posar de cult. E isso é arg!
Eu gosto de cinema. E, dependendo do dia ou do estado de espírito, escolho meus filmes. E vejo com o coração e não simplesmente pra contar vantagem.

Bjus da Bia

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Irmandade



Pra quem não sabe, sou filha única. E a pergunta que mais ouvi até hoje é se sinto falta de irmãos. Não, obrigada. Já me bastam os que eu tenho. Cuma??? é isso aí! Eu tenho irmãos e irmãs. E sou tão sortuda que pude escolhê-los ao meu bel prazer. Hehe. É o maior dos clichês "somos mais que amigos, somos irmãos" mas tem horas que é a mais pura das verdades. Amigos podem até ser muitos, mas sempre têm aqueles que a gente ama mais, que confia mais e que liga de madrugada sem pensar duas vezes: a gente sabe que não vai incomodar. E, caso incomode, vai ouvir na cara. Sem desculpinhas espatifadas. Puf! é telefone na cara e sem mágoas no dia seguinte. São as pessoas que escutam as tuas verdades sem julgar, que te puxam a orelha e te proporcionam as melhores gargalhadas. As poucas pessoas da terra em que você se sente à vontade pra falar bobagens e contar o mais novo segredo do teu coração.Tão bom, tão bom.
Se eu fosse colocar a foto de todo mundo, ia cansar a vista. Por isso escolho duas, minhas manas queridas:
Li, irmã desde os 14 anos e Flah, maninha que "nasceu" durante a faculdade

Eu não sou muito de homenagens rasgadas, sempre fico vermelha e sem palavras. Mas é pra isso que existe a palavra escrita, pros tímidos como eu que nem sempre conseguem dizer na lata o quanto gostam de alguém.

Bjus da Bia

A escola e o cinema


Meu amigão-cinéfilo Vinícius Dias me deu um dos meus melhores presentes de formatura (ao lado do livro sobre John Ford que ganhei do Mestre Bebs e do vinil de trilhas de faroeste que ganhei do meu super-primo Iuri): o livro O clube do filme, de David Gilmour.
Antes que perguntem, não é o Gilmour do Pink Floyd e sim o Gilmour crítico de cinema canadense. O livro conta a experiência vivida por ele e seu filho Jesse. O negócio é o seguinte: Jesse larga a escola, porém terá que assistir junto com seu pai a três filmes por semana. Genial, não?!

Eu sempre odiei a escola. Não tenho vergonha disso. Ir para a aula era um verdadeiro martírio. Por mim, eu ficaria em casa lendo os livros que me dessem na telha e vendo filmes aos montes. E com o consentimento da minha mãe, que fique claro. Diferente de David Gilmour, minha mãe não teve a brilhante idéia de colocar essa coisa de Clube do filme em prática. Ela preferiu me guiar, dizendo que a escola era uma fase pela qual eu teria que passar. Afinal, se eu queria ser jornalista de verdade, teria que terminar o ensino básico primeiro, né?

E pra quem vai vir com aquele papo "onde já se viu tirar um guri da escola pra ver filme", eu já aviso: Jesse voltou aos bancos escolares por conta própria, fez um curta e estão em processo de pré-produção de seu primero longa. Reparem na fala do rapaz:

Antes eu escrevia uns poemas e letras de hip-hop, e foi o Clube do Filme que despertou meu interesse pelo cinema. O hip-hop é uma arte moribunda, vai desaparecer em breve. Mas o cinema vai viver para sempre.

Bravo!!

O livro tem uma linguagem ótima, sem contar a inúmeras citações de filmes. Sem contar o diálogo franco entre pai e filho sobre vida, garotas, drogas e, claro, cinema. É daquelas histórias que quando a última página chega, a gente sente vontade de voltar pra primeira.
E faz pensar. Quando os filhos nascerem, terei de ler outra vez. Se a tal genética existe, eles também vão odiar a escola.

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Canto de garotas


Adoro vozes femininas desde que me entendo por gente. É como ouvir a melhor amiga cantando as coisas que a gente sente. É algo íntimo. Um cara ouvindo uma mulher cantar é uma coisa. Uma mulher ouvindo outra é algo muito mais delicado. A gente resmunga baixinho "...é, tu tem razão."
Fernanda Takai é uma das vozes que me acompanham sempre. Onde brilhem os olhos seus conseguiu a proeza de me fazer ouvir bossa nova. Não gosto só da voz dela: o estilo, as entrevistas, ela te desarma. Sem pose de estrela, apenas uma garota que canta. E muito bem. Seja junto com o Pato Fu ou em carreira solo, a voz de Fernanda me faz bem, aquieta o coração mesmo quando as canções são tristes, daquelas que deixam os olhos cinzas, como diz um amigo meu.

Procurem Luz negra nas melhores lojas. A capa, o som, a Fernanda...tudo vale a pena.

Bjus da Bia

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Trash


Sabe aquelas noites em que tu resolve colocar o primeiro filme que encontra pelo caminho pra rodar no aparelho de dvd? Pois é, ontem foi uma noite dessas para essa blogueira que vos escreve. Eis que caiu em minhas mãos Preso na escuridão. Western-Spaghetti. E como muitos filmes desse gênero lançados em dvd, a edição é tosca. Uma hora, o aúdio é em italiano, outra, em inglês. Fiquei bem tontinha. A gente ri da trama e pensa como deve ter sido divertido para Ferdinando Baldi( ele fez Viva Django! e conseguiu me fazer esquecer que o verdadeiro Django é o Franco Nero) dirigir uma história tão louca.
E o detalhe que faltava: o vilão é nada mais, nada menos que...Ringo Starr! Jesus, quase caí da cama! Gargalhei muito, quase não me reconheci. Minha amiga Thalita, se estivesse no recinto, diria: "logo tu que é chata pra cinema tá vendo essa coisa?". Queridos, tem hora que cansa e tudo que a gente deseja é um pacote de salgadinho e um filme barato. Simples assim.

Bom, hoje é o dia da desintoxicação. Lá vou eu curtir O franco-atirador, pela enésima vez na vida.

Bjus da Bia

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Os bons tempos estão de volta


Diablo Cody deve ter uma ligação direta com o meu cérebro. Depois de criar Juno, uma personagem que é quase idêntica a minha personalidade quando tinha 14 anos( tira a barriga e sou eu, pô!!)agora ela me aparece com um filme de terror que fez meu coraçãozinho bater em ritmo de saudade.
O trailer de Jennifer's Body me fez lembrar de um tempo muito feliz da minha vida: a descoberta do cinema de terror. Um época em que eu batia perna feito doida atrás das produções de Dario Argento, George Romero e William Castle. Sanguem, loucuras e diversão! Agora me aparece Diablo Cody contando a história de uma garota que, graças a um pacto com o diabo, é condenada e devorar garotos para poder sobreviver. Yeah!! É isso que eu queria ter escrito, meu deus! Enfim, um terror que não se leva a sério, mas que deve ser visto com atenção. Entretenimento de qualidade, cheio de referências pops e muito sangue falso. Na minha humilde opinião, é isso que falta pros filmes adolescentes de terror atuais: a maioria quer ser vista como filme de suspense quando na verdade o clichê está em toda parte. Sabe aquela coisa de "eu sei o que vai acontecer na próxima cena"? Isso é péssimo.

Tá na cara que muita gente vai achar Jennifer's Body cult. Aliás, cult me irrita. Qualquer coisa é cult. Antes desse pessoal cult sair por aí dizendo que o filme é cult demais, inovador, sensasional, etc...é bom dar uma olhada no acervo das locadoras. Tem uma pá de gente lá que já fez muito antes.

Aguardemos, senhores, a estreia do filme por essas bandas!

Bjua da Bia

domingo, 23 de agosto de 2009

Fox hot


Não, eu não assisti Transformers. Nem pretendo passar por essa experiência. Mas vamos combinar: Megan Fox é o cara! hehe

23 anos, linda de morrer e doente por histórias em quadrinhos, Megan tem uma característica que falta em muita starlet por aí: autenticidade. Ela não faz cara blasé, não se queixa do tédio de Hollywood( duvido que ele exista, aliás!) e não fica divagando sobre seus personagens. Tem coisa mais chata do que uma atriz procurando profundidade num personagem de besteirol? Seria muito mais legal chegar e dizer: olha, é uma comédia, não leve a sério. Tá lindo isso, sinceridade aos litros.

Daí vai chegar a corja, em coro: ela disse que é bi! Grande coisa! A vida é dela, a cama é dela, ela se deita com quem quiser. Pior é ser como umas por aí, famosas e anônimas, que ficam chocadas com uma notícia e lá no fundo suspiram de inveja. Me engana que eu gosto!

Megan Fox integra aquela minha famosa lista de "mulheres que admiro", que um dia talvez eu publique na íntegra nesse blog. Mas por enquanto, eu deixo a dica: se pra você, Megan Fox é mais uma gostosa polêmica, abra os olhos. Vai muito além disso.

Bjus da Bia

Cinema, tiros e TPM

Cinema é 50% filme e 50% estado de espírito. Quando se tem alguns anos de cinefilia pura, esses números mudam. Com o tempo a gente aprende a esquecer do mundo após entrar na sala escura. E é por isso que aprendemos a buscar nos filmes a cura para alguns dos nosso males.
Queridos leitores, essa é uma revelação chata, porém real: estou de TPM. Não me venham com explicações biológicas, acho isso uma chatice. Sei que esse período altera meus nervos e minhas escolhas, ainda mais quando o assunto é cinema. Mas como além de TPM também sofro com uma teimosia crônica, lá fui eu assistir Atirando para matar, um western de 2008.
Se você nunca assistiu um western, vai gostar de Atirando para matar. Ele tem cowboys com chapéus limpinhos, vilões que fazem beiço e um final sentimentalóide.O charme de Ernest Borgine até provoca sorrisos. Só não se assuste se logo depois você assistir Matar ou morrer e quase infartar. Filme boa faz isso na gente.
Assisti o filme inteiro e não gostei. Como a pulga que mora atrás da orelha de qualquer ser humano curioso começou a me morder, resolvi tirar a prova: será que eu não gostei porque não gostei ou porque estou de TPM??
Coloquei Rastros de ódio no aparelho de dvd. Chorei litros. É, eu não gostei mesmo de Atirando para matar.

Bjus da Bia

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Pouca pólvora


Meu sexto sentido não só é porreta como me informa que está havendo um revival dos filmes faroeste. Discreto, mas melhor que nada. Depois da ótima refilmagem de Galante e Sanguinário, de Delmer Davies, alguns filmes que tem como pano de fundo o velho oeste estão surgindo. Ontem, assisti À procura da vingança. O filme tem dois bons protagonistas, Liam Neeson e Pierce Brosnan. Começa bem ( a cena onde Pierce tira uma bala do braço é ótima!), tem clima. Mas depois desanda. Uma mistureba que não me fez bem. Os créditos finais vieram acompanhadas daquela estranha sensação de que faltou alguma coisa. Não vou negar que as cenas de ação são muito bem acabadas, a iluminação de primeira. Mas o roteiro é fraco. Grandes imagens pra uma pequena história. Diverte, mas quem como eu já viu uma penca de westerns, deixa muito a desejar.
Espero que venham mais faroestes por aí. Sem cópias, apenas influenciados pelos grandes mestres do gênero. Afinal, tem uma penca de contos do Elmore Leonard que ainda não ganharam as telas e todo mundo, lá no fundo, já imaginou um duelo original numa rua deserta.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Menos é mais


Tenho um amigo que quer ser ator. Dias atrás, ele me mostrou um vídeo que fez junto com um amigo e o irmão. Um curta-metragem com um tema que me agrada: os ritos de passagem da adolescência. Algumas falas eram baseados no livro O Apanhador no campo de centeio, de J.d. Salinger(todo mundo tem que ler!). Gostei do cenário limpo, das tomadas, dos closes. Mas não pude deixar de reparar na interpretação do meu amiguinho. Forçada, caras e bocas, voz falsa. Não acreditei em nada que ele disse. Como eu sou sincera mas mamãe me deu educação, resolvi responder a pergunta "Que tu achou?" da seguinte forma: mostrei a ele Papillon, com Steve McQueen e Dustin Hoffman. Gestos sutis e precisos, falas que soam naturais, sofrimentos que aprecem reais, gritos "discretos" que mostram todo o sofrimento do personagem. Sutileza. Talento.
Não sei se meu amigo entendeu o recado, mas eu tentei. Não sou atriz, mas o cinema me ensinou que bons atores procuram na vida sua inspiração. O método do Actor's Studio até funciona. A cena da luva em Sindicato de ladrões, de Elia Kazan é a prova disso. Mas e James Dean brincando com a corda em Assim caminha a humanidade? Simples, banal, mágico.
Menos é mais. Dizem que funciona com moda e decoração. Eu diria que com interpretação, essa devia ser a regra maior.

Bjus da Bia

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Quando perde o significado


Certas coisas não envelhecem. Um bom quadro, um bom livro e um bom filme são bons não importa o ano em que foram feitos nem a idade quem os aprecia. Mas e quando perde o significado? Será que é porque é ruim? Pra mim, o negócio todo acontece é dentro da gente.
Vejam só: quando eu li Love Story, de Erich Segal, eu devia ter, no máximo, 13 anos. Encontrei o livro numa gaveta da estante da sala. Amarelado e com aquele cheiro de livro que já esteve em outras mãos. Resolvi dar uma olhada e acabei lendo o romance inteiro. Terminei a última página fungando. Tão lindo!! :) Daí bati perna que nem uma condenada pra conseguir o filme. Chorei um balde e meio. E solucei horrores!

Daí vem a vida e me dá uma surpresa embrulhada: a oportunidade de ler novamente Love Story. Não cheguei na página 10. Larguei e peguei meu O lobo do mar do Jack London, devorando 8 capítulos com vontade. Só parei porque o telefone tocou.

Love Story não me emociona mais. O filme ainda me proporciona uma certa diversão, mas não é como antes. Meu coração não fica mais apertado. Culpa do tempo. Love Story não significa mais pra mim. E eu adorei perceber isso. Assim como acontece com as pessoas que passam pela nossa vida, os livros e os filmes também perdem o significado e nos abrem caminhos para novas descobertas. Nada mais nos prende.

Confesso que tenho uma lista bem maior de filmes que significarão muito pra mim para sempre, mas é bom saber que algo que tanto nos fez sorrir no passado agora não passe de mais uma opção na locadora ou na prateleira.

Depois de tudo isso, lá fui eu assistir pela enésima vez Tarde demais para esquecer. Esse não perde o significado nunca. E sempre me faz chorar na cena final.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Dear Henry


Meu avô me ensinava nome de atores quando eu era pequena. Fazia isso com aquela cara de gãngster que só ele sabe fazer. É o cara! Um dos nomes que ele pronunciava com grande admiração era o de Henry Fonda. Não sei se a culpa é dele, mas foi nessa época que desenvolvi minha primeira paixão platônico-cinematográfica. Mr. Technicolor( sim, esse era o apelido dele!) me fazia suspirar quando aparecia em Ao rufar dos tambores ou quando fala com firmeza em 12 homens e uma sentença(love, love, love!!).
Acho que era o porte nobre ou os olhos azuis cheios de significado dele. Lindo, talentoso, conquistou o coração dessa criatura que vos escreve quando ela ainda era uma garotinha. E, tenho que confessar, ainda o faz disparar quando aparece na tela.
O primeiro amor a gente nunca esquece.

bJUS DA bIA

Noites em claro


Não ando dormindo bem. E não estou me queixando, não! Passo as madrugadas lendo e vendo filmes. Ou então recortando e escrevendo. Deve ser isso que chamam de ócio criativo: sou uma jornalista desempregada ajeitando o seu mundo. Nos últimos meses de faculdade, esqueci um pouco a minha bagunça. Senti até pena do meu quarto: dvds fora de ordem( por diretor, que eu sou chataaaa!), cds por todos os cantos, livros tortinhos na estante. Aliás, preciso de uma estante nova. Mas isso só quando a grana aparecer.
O bom dessas noites em claro é que tu passa a prestar atenção no que, a pouco tempo, parecia coisa boba. Os vinis que tu escutava sempre com uma camadinha de poeira. Sinal de que é preciso colocar os ouvidos no lugar. Os livros que tu separou para ler ficando amarelados(até ontem, eles eram branquinhos e ainda tinha a etiqueta da Livraria Cultura. As roupas que tu comprou e esqueceu de tirar a etiqueta( Minha jaqueta xadrez, como eu pude esquecer??) Sem contar que parece que saltam histórias das paredes. Como eu não reparei que isso daria um conto??
Enfim, enquanto de dia eu ando por aí de olheira procurando emprego, de noite é que trabalho pesado. É a vida...

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Livros de bolsa


Eu amo bolsas. Mas se tem uma coisa que assola meu lado consumista são livros. Sair cheia de sacolas de uma livraria me faz sorrir horas, dias, meses. Ontem a noite, pela primeira vez, prestei atenção num hábito que adquiri ainda na infância: carregar sempre um livro na bolsa.
Era pequena e como tinha sérias dificuldades em parar quieta quando era preciso esperar ônibus ou consulta médica, minha mãe lembrava de levar um livro na bolsa. Santo remédio! Cultivo o hábito até hoje. Nos últimos dias, quando frequentei mais do que gostaria os corredores de um hospital, Jane Austen me acompanhou, assim como Jeffrey Eugenides. Estavam ali, dividindo espaço com dinheiro, tic-tacs, batons e óculos.
Não sei se o futuro me reserva um filho ou uma filha. Mas pretendo ensiná-los que um bom livro é como casaquinho: sempre é bom levar junto.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Dá um emprego aí


A formatura é na sexta, mas a crise é hoje!!! Sou a mais nova jornalsita desempregada do universo e convido todo mundo pra dar uma olhadinha aqui:

http://professorpizarro.blogspot.com/

Qualquer coisa, grita! Bjus da Bia :))

domingo, 19 de julho de 2009

Sensation


NUnca fui fã de David Lynch. Mas como sou teimosa, assisti todos os seus filmes. Saía do cinema me sentindo oca, como se faltasse algo. Não ficava nem triste, nem feliz. Ficava...insignificante. E não tem nada mais desagradável do que não sentir nada por um filme. Mas as coisas mudam...
Assisti Império dos sonhos ( um título bem podre pra um filme originalmente chamado INLAND EMPIRE) numa noite fria, que me foi presenteada após um dia cheio de confusões. E foi diferente. A cada cena o meu coração disparava e mil perguntas me vinham na cabeça. Ver Lynch na tela, com aquela cara de poucos amigos, mas mesmo assim esbanjando simpatia.
Lynch é adepto da meditação e saber disso talvez tenha colaborado para a minha overdose de sentimentos distintos durante o filme. Lynch segue a linha de seu pensamento, nos apresenta coisas nas quais pensamos nos momentos de bobeira, sem dar a devida atenção. Uma loucura, eu sei. Mas Lynch descobriu que o cinema seria uma bela forma de mostrar que eses pensamentos à primeira vista tolos podem ser a base para nos entendermos melhor.
Lynch me conquistou. Não é amor, é respeito. Um cara que sabe o que faz e não liga pra meia dúzia de bobos que dizem que ele é louco. Grupo esse, do qual um dia eu fiz parte. Não me arrependo, pois foi o combustível que me ajudou a ser persistente e aprender a vê-lo com outros olhos.
Tá, talvez seja só um sinal da idade chegando. Mas sinto a cada dia que passa meu olhar cinéfilo mundando. Não é a miopia, nem o cansaço. É a tal da paixão pelo cinema, que eu pensei que tivesse hora pra parar de crescer.

Bjus da Bia :))

sexta-feira, 17 de julho de 2009

A magia está no ar...


Quarta-feira. Primeira sessão legendada de Harry Potter e o enigma do príncipe na cidade. Eu estava lá, ao lado do meu amigo Romulo Tondo. Chorei muito, me diverti mais ainda. A magia estava em cada fotograma. David Yates acertou a mão. Um filme independente do livro, mas que contém a sua essência.
Sou fá de Harry Potter desde os 11 anos. Me apaixonei pelos livros e sempre vi os filmes como uma forma de alimentar ainda mais a minha imaginação sobre o mundo da magia. Para os desavisados, não é coisa de criança. O clima é pesado e algo muito devastador está para acontecer. E nem todos sairão vivos. O final feliz é real, tem as suas cicatrizes. Nesse caso, em forma de raio.

Para comemorar essa estréia incrível, quarta-feira vai rolar o 2° EPAD - Encontro Potteriano Armada Dumblendore, no Royal Plaza Shopping. Junte seus livros e comentários e renda-se a magia. Tia Jo e os pottermaníacos agradecem!

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Numa outra estrada


Martha juntou os poucos trapos na mochila. Sabia que muita coisa não ia conseguir carregar, mas um sorriso maluco tomava conta do seu rosto. Ela estava, finalmente, feliz.
O imbecil estava na cozinha, tomando café e tentando acreditar. Ele tinha nome e sobrenome, mas ela nunca dizia. Até o dia em que concordou com a irmã. Ele era um imbecil. E assim devia ser chamado.
Ela pensou em dar tchau como manda o figurino. Beijinho no rosto e um boa sorte. Mas não valia a pena. Ele nunca se mostrou emocionado com despedidas.
Martha havia descoberto uma nova estrada. Ia trocar as ilusões por algo mais palpável e nem por isso menos encantador.

-Tchau.
-Tu vai se arrepender.
-Já me arrependi.

Há esperança nos olhos dele.

-Me arrependi de ter acreditado em ti. Ou melhor, naquilo que eu pensei que tu fosse.

Ela fechou a porta. Não queria mais ouvir ele coloar a xícara na pia. Nem falar besteira quando está com os amigos. Nem contar histórias que ela sabe que nunca foram reais. Mas o mais divertido ia ser vê-lo por aí, aplicando o mesmo golpe. E sempre vendo tudo acabar depois de alguns meses.

terça-feira, 7 de julho de 2009

é, aconteceu...


Eu ainda não acredito. Mas uma coisa é certa: valeu cada lágrima, cada olheira, cada sono perdido, cada linha escrita. Não é nada genial, mas meu trabalho me fez crescer muito, mais do que qualquer outra época na minha vida. Me fez ver quem e o que realmente importa. Agora é ganhar o mundo. Nem que seja na porrada. Hehe.

Bjus da Bia!

sábado, 4 de julho de 2009

Curta


Cena 1 Sala bagunçada. Uma mala aberta, cheia de coisas. O telefone toca. A menina atende.

-Alô? Oi! Deu tudo certo, eu nem acredito. Agora tô aqui, arrumando as coisas pra ir embora. Amanhã de manhã eu me mando...Que foi? Tá, eu espero.

Breve silêncio. Ela larga um pouco o fone a ajeita uma peça de roupa dentro da mala. Volta pro telefone e não acredita: Bob Dylan canta "You're a big girl now". Ela sabe que é um disco tocando do outro lado da linha. Mas parece que é pra ela. Isso basta.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Luto


Tem coisa pior que ver pessoas importantes partirem? Tenho algo que é de família: quando alguém famoso que a gente adoro morre, a comoção toma conta da casa. Parece até que o cara era da casa, um clima muito pesado. E nas últimas semanas, com a correria da faculdade e outros probleminhas, nem pude comentar algumas perdas.

David Carradine. Morte bizarra, tudo a ver com ele, mas me deixou muito mal. Adorava o pai dele, os irmãs e Kung-Fu era uma baita série.
Michael Jackson. O primeiro vinil que eu "roubei" da coleção da minha mãe era uma coletânea da Motown. 19 músicas e as minhas preferidas eram as do Jackson Five. Era o Rei do Pop, revolucionou muita coisa e eu gostava dele. Eu e todo mundo lá em casa.

Karl Malden. Tinha 97 anos e deixou um legado de grandes filmes como Patton e Beijo da Morte. Sem contar a participação em A face oculta, um dos meus westerns preferidos.

Pina Bausch, uma das bailarinas e coreógrafas mais genias e sensíves desse mundo. A abertura de Fale com Ela me faz chorar sempre e não me deixa dormir direito. Daquelas coisas fortes que a gente se depara poucas vezes na vida. Triste demais e , ai mesmo tempo, lindo.

Venga, Sabata!

Eu demorei muito tempo pra descobrir Sabata. Meu avô sempre falava do personagem, interpretado pelo feioso talentoso Lee Van Cleef. O que ele não sabia e aprendeu com a netinha aqui é que antes disso ele era interpretado pelo bonitão( e como!) Yul Brynner no clássico Adiós, Sabata, dirigido por Frank Kramer(pseudônimo do italianasso Gianfranco Parolini).
Demorei pra descobrir, mas depois que achei não larguei mais e recomendo pra meio mundo. Recomendo tanto que contaminei os amigos. Não foi nenhuma surpresa, mas a emoção foi muito grande ao abrir a caixinha verdinha e dar de cara com O retorno de Sabata em dvd. Beto e Jujuba, amei o presente. Inclusive a caixa verdinha.

E pra quem não conhece ou quer matar a saudade, eu lhes apresento, Sabata!

terça-feira, 30 de junho de 2009

9

Fui tão feliz ontem! Gracias Maccari e Ana Paula Penkala pelas dicas, palavras e por compartilharem comigo a paixão pelo cinema. Gracias Flah, Reji, Cassi e Nic, que acompanharam meus momentos difíceis desse últimos dias e nunca me deixaram desabar. Love, love, love. Gracias Jujuba e Beto pela noite de soul music e as gargalhadas que vizinho nenhum entende. Adorei, adorei.
Agora eu vou lá, entregar a versão final e descansar um pouco antes de acabar. É uma sensação única: a poeira do oeste é mesmo o meu melhor caminho. Dustin Hoffman me fara companhia, agora eu sou uma Pequena grande mulher. E jornalista por formação.

Bjus da Bia :))))

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Óculos


-Vamos tirar uma foto?
-Vamô.
-Então tira os óculos?
-Não.
-Ah, pára! Tu é minha amiga e eu quero guardar esse momento.
-Sou tua amiga e uso óculos.Há 12 anos, por sinal.
-Mas ninguém precisa saber.
-Eu quero que saibam.
-Ai, como tu é! Bom, problema teu se quer sair com cara de nerd.
-Adoro nerds.
-Que???
-Tu nunca viu uma foto do Josh Hartnett de óculos nerd? É muitooo lindo.
-Ai, tu é muito estranha. Nerd é nojeto.
-Vou te dizer o que é nojeto. Escuta...

Assim acabou uma amizade de quase 6 anos. Foi um furacão. E tenho certeza que cada uma entendeu que era a melhor saída. Ela foi pro namorado rico e burro. Eu fui pro mundo real. De óculos.

She and him



-Domingo eu não posso.
-Por que?
-É a maldita véspera do tão esperado dia.
-Putz, é mesmo. Tinha esquecido. Mas daí mesmo que tu tinha que tentar não pensar muito nisso.
-Duvido! Eu só penso nisso.
-Calma! Esquece senão tu pira.
-Pirar tem suas vantagens.
-Eu sei.

Meia hora depois...

-Oi...
-Eu sei que eu devia tá te dizendo boa sorte ou te felicitando pela saúde da tua família, mas...
-Fala, criatura!
-Vamô assistir Trasformers?
-Ai,meu Deus!
-Que foi?
-Tá bom que a Megan Fox é um exemplo a ser seguido, mas será que não dá pra ser algo mais, digamos, romântico?
-Tipo o que?
-Hummm...Sabata ou Django, sei lá.
-Tá. O Django eu topo.
-Pensando bem, que tal o último do Romero?
-Ultra romântico!
-Ah, me deixa.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

A cara dele

Tô cada vez mais parecida com o meu pai. Não só nos traços, mas na teimosia e na paixão pelas coisas que faz. Saber que nesse momento le está lá, no hospital, fazendo fisioterapia, me deixa frágil e ao mesmo tempo corajosa. O jeito calado, um tanto frio dele me olhar...e ao mesmo tempo as poucas palavras de incentivo que ele me diz antes de eu sair de casa. Elas têm um peso gigante na minha vida. Daí a cabeça se invade de lembranças...
O dia que ouvi ele dizer orgulhoso pra um amigo: "minha guria sabe tudo de cinema". Isso é uma baita mentira, mas me fez sorrir.
Natal de 1991. No pacote do papaim uma réplica de um avião de guerra. Eu não gostei muito. Só depois de meia hora de papo sobre filmes de guerra eu fui brincar com o tal presente.
Eu na sala ouvindo ele trabalhar e cantar Bee Gees todo desafinado.
As aulas sobre o Led Zeppelin que eu ministrei pra ele nas últimas férias.

Saulo Antônio Zasso, meu papai. A maior figura que eu já conheci. O primeiro ídolo que tive na vida. O cara com quem eu mais brigo e peço dsculpas no mundo. O homem que me disse: vai lá e segura o teu sonho.

Segunda-feira, que chegar pra ele e escrever mais uma página desse roteiro doido:
-Pai, eu passei.

Bjus da Bia

Diálogos

Mãe e filha, no corredor do hospital

-Tá errado.
-Que foi?
-Tudo isso, mãe! Eu quase morri chorando rpa terminar uma monografia e a vida me apronta uma dessas. Descobri que aquelas 40 páginas não valem nada.

Mãe dá um cascudo na filha.

-Ai, manhê!
-Não fala isso, criatura! É o teu trabalho e tu ama ele que eu sei.
-O pior é que amo mesmo.
-Então...teu pai tá torcendo por ti, pode acreditar. E tem mais: tu´tá só no começo
-Começo do que?
-Da vida, guria!
-Ah tá. Sei lá, tem horas que eu penso que perdi uma meia dúzia de neurônios durante esse ano.
-Não perdeu, não.
-Perdi sim.

Breve silêncio.

-Noivo neurótico, noiva nervosa é do Spielberg.
-E do Woody Allen, manhê!
-Viu? Não perdeu nenhum.

:)

Bang!

Meu pai no hospital. Minha defesa é segunda-feira. E os meus sonhos parecem aqueles filmes do Walter Hill, cheios de escuridão e sangue. Medo, medo. Mas as palavras do meu pai ao telefone foram salvadoras:
"Eu te amo. E não desiste.

Let's go!!! Cavalgar pela poeira do oeste...

Bjus da Bia

sábado, 20 de junho de 2009

Um tiro na noite


Um pesadelo não me deixou dormir ontem de noite. Era muito besta. Eu, no meio do nada e de repente, um tiro. Parece simples, mas dá um susto danado. Eu acordei perdida, sem saber se aquele tiro era real ou se foi só sonho. Me senti como o engenheiro de som interpretado por John Travolta( aiiii, amo ele!) em Um tiro na noite, do Brian de Palma, um dos meus filmes preferidos da vida. E, mesmo assustada, tem um quê de mágico em ficar com essa dúvida: será que foi tiro ou sonho? Ai, cinefilia, tu me faz cada coisa!
Tenho certeza que aquela tal de monografia tem culpa nesse meu pesadelo. E olha que a defesa nem passou ainda e eu já tô sentindo a estafa. Preciso de uma maratona cinéfila pra pôr meu coração em ordem.

Um dose de Scorcese e meio litro de Preston Sturges, por favor!

Bjus da Bia

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Piada nojenta

O STF votou em alto e bom som: não precisa mais de diploma pra ser jornalista. E eu digo: preparem-se, leitores! Em breve, seu jornal preferido, seu programa de tv e a revista que você compra toda semana na banca vai ganhar palavras chulas, opiniões sem argumentos, fotos de quinta categoria e informação vindas de fontes nada seguras ou então notícias contadas pelo vizinho do "repórter".
Caso não queira vivenciar esses momentos, vai lá na Praça Saldanha Marinho amanhã, às 10h e grita junto com a gente.

Jornalista, só por formação!!!!!!!!!!!!!1

sexta-feira, 12 de junho de 2009

É DIA 29!!


Dia 29, às 13:30h, lá estarei eu, defendendo a minha monografia. Vou literalmente defender. Com paixão, com garra. Por que? Porque lá, quando eu tinha 4 anos, uma faísca se aproximou e eu deixei o fogo pegar. O fogo do cinema que rege meus dias. E chegou a hora de defender o bebê abaixo, mesmo que ele não seja culpado.

HOMENS SEM DESTINO: UMA ANÁLISE DA FIGURA DO SAMURAI E DO COWBOY NOS FILMES OS SETE SAMURAIS DE AKIRA KUROSAWA E SETE HOMENS E UM DESTINO DE JOHN STURGES

By Bianca Zasso. Quem sabe, o primeiro de muitos. E a culpa, para o bem ou para o mal, é todinha da sétima arte.

Rezem, torçam, pensem. Eu agradeço :))

Bjus da Bia

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Bagunça


Sentir-se um lixo, pra depois sentir-se sorridente. É a vida...
Preciso de tempo pra domar minha monografia, colocar meu quarto nos eixos e ler o livro da Jane Austen que ganhei. Ah, e preciso de um vestido novo também.
Ando bem mulherzinha, mandando o mundo lá pra p...
Pronto, falei.

Bjus da Bia

domingo, 31 de maio de 2009

Quase lá


Falta pouco menos de um mês. Monografia indo bem, nervosismo crescente, água de melissa aos litros, chocolate aos quilos e uma sensação estranha que eu não sei se é medo ou ansiedade. Talvez seja os dois, ou talvez seja apenas um bom sinal.
Estamos quase lá. Não vamô se entregá agora, gurizada. Tamô beirando o poço, como diz meu tio.

Bjus da Bia

terça-feira, 26 de maio de 2009

Los abraços rotos


"Acredito plenamente que o cinema pode tornar a vida mais perfeita"
Pedro Almodóvar

Eu posso com um homem desse? :)))))

Por um Frank de categoria


Adooooroooo Frank Sinatra. Como ator e como cantor. E confesso que essa minha paixão talvez tenha sido fruto daquela historinha dele com a máfica pra conseguir um papel em A um passo da eternidade. Enfim, boas histórias sempre rendem paixões.
E tava lá no jornal: Martin Scorcese(amoooooo!) vai assumir a cinebiografia do Sinatra. E eu bem feliz, não fosse pelo que li na sequência: o nome de Justin "Imbecil" Timberlake cotado para ser protagonista. Jesus, me socorre! O cara não é ator, não é cantor, é feio que dói( pelo menos eu acho ele um bicho da goibada)e ainda por cima adora dar uma de cult. Tá bom que o Scorcese não lê esse blog, mas dane-se, eu vou falar: PELO AMOR DO CINEMA, NÃO DEIXEM ISSO ACONTECER!
Pô, Scorcese! Usa o Léo DiCaprio, afinal, foi tu o grande responsável por ele deixar de ser só um guri bonitinho pra virar um ator de verdade. Te digo com todo o meu coração, vai lá falar com o De Niro que garanto que ele tem um bom conselho pra te dar. Lembra quando tu tava mal na fita? Ele foi lá e te trouxe de volta aos bons filmes. Escuta a Tia Bia, vai?
Pronto. Falei.
Amigos cinéfilos, em ajudem: não podemos deixar o Sinatra ganhar às telas a bordo de um cara de quinta. Aqueles lindos olhos azuis merecem uma puta interpretação.

Bjus da Bia

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Umas férias em Nova york


Uma amiga me liga e diz que vai passar um mês na Itália. Tenho que confessar que não senti inveja. O fato de ter descendência e um nome pra lá de italiano( que eu não gosto, diga-se de passagem) nunca cogitei conhecer a Itália. Se depois de defender minha monografia( Jesus Luz, falta pouco mais de um mês!!) eu ganhasse uma viagem de presente, meu destino escolhido seria Nova York. E não, eu não iria em busca de achados de moda. Iria admirar as coisas surreais que aquela cidade tem, ia tomar Starbucks aos litros( dizem que o de lá tem outro gosto) e ia me brincar de codjuvante dos anos 90 do Woody Allen. Sem contar uma livraria que tem lá, da qual eu vi fotos e quase infartei. Um mar de livros de cinema. Isso sem contar os cinemas! hehe Não sei bem explicar, mas desde pequena eu sonho conhecer a tal "capital do mundo". Meu avô, um eterno defensor das terras tupiniquins, conheceu na juventude e disse que não tem nada demais. Mas ele voltou de lá cheio de histórias e com uma bela tatuagem no braço.
Mas como eu não sou da Marinha, o jeito vai ser trabalhar duro pra juntar uma grana e comprar a passagem. Mas enquanto meu presente não surge, eu me divirto com o It MTV, um programa muito legal, apesar da pouca duração, apresentado pela modelo Caroline Ribeiro. Aliás, a moça é um achado. Simpática, nadaaaaa forçada e dona de uma beleza exótica. Num universo de Barbies fabricadas em série, é bom ver gente com cara de gente.
Talvez Paris seja mais charmosa e o Canadá mais divertido. Mas eu não tenho estilo europeu nem charme ao tentar falar francês. NY, aí vou eu!
Toda sábado, 22h. It MTV.
Com reprise aos domingos, 21h.

domingo, 17 de maio de 2009

A natureza agradece


Joaquin Phoenix tá naquela minha lista "caras que eu admiro". E ele ganhou mais pontos comigo depois que fiquei sabendo, graças ao querido do James Pizarro, que ele narrou com maestria o documentário Terráqueos. O filme é imperdível pra quem tem coração e sentimentos de verdade. Iso porque é muito fácil falar "eu amo cachorros" ou "eu amo gatos" e depois se emplastar de cosméticos que usam animais em suas pesquisas.
Eu assisti e chorei litros. E quase não dormi pensando em como a gente se apega a certos animas e nem dá bola pra outros. Me entristesse saber que faço parte de uma raça que faz atrocidades dessa categoria.

Passem aqui e assistam. E pensem, principalmente, no que vai estar na tela.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Pufff!



Adriana Falcão merece o posto de minha escritora preferida. Além de ser uma pessoa maravilhosa, ainda escreve coisas que se encaixam com perfeição nos meus momentos. Tô perdida que nem cusco em procisão. Espero que o santo seja forte. O-lêlê!!!!

Bjus da Bia

domingo, 10 de maio de 2009

Feliz dia das mães!!!!!!!!!!


Me identifico horrores com Gilmore Girls. Chorei no último episódio. Litros! E minha mãe quase fez a mesma coisa. Ela sempre foi mais forte do que eu. Mas mesmo com as diferenças e as briguinhas básicas que não duram mais que algumas horas, eu posso dizer que não tenho uma mãe: tenho uma amiga incondicional, que sabe, mas nunca revela, todos os meus segredos.

Manhê, tem café? Preciso conversar.

terça-feira, 5 de maio de 2009

Minhas noites não são mais as mesmas.


Os caras aí de cima são o Heads, hands and feet, banda pela qual eu ando suspirando todas as noites. Fazia tempo que não nutria um amor por uma banda com essa intensaidade. Sou sempre assim: escuto pela primeira vez, me encanto, daí passo um mês só falando dela. Depois ela se integra a família na categoria "bandas que fazem o coração da Bia bater". Adoro quando isso acontece. Isso porque eu sempre tive essa mania de tratar minhas bandas preferidas como se fossem primos distantes e talentosos.
Enfim...ando usando as horas da madrugada onde o trabalho não me persegue pra ouvir esses caras, principalmente a canção

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Diga pra eles


Sábado. Faltava pouca pras oito da noite. Meu telefone de bateria pedindo socorro toca.
-Vem pra cá, Bia.
-Daqui 10 minutos eu chego.

Fazia quase um ano que não via aquelas "criaturas". No meio da minha crise mulherzinha(que tenho todo ano), o feriado me presenteia um papo com meus três melhores amigos homens. Eles pegam cerveja e eu peço se tem coca-cola.
-Dá celulite, mas tô nem aí.

Só pra eles eu digo essas coisas sem ficar constrangida. Lá pelo fim da noite, o mais meu amigo dos três me vem com uma perguntinha.

-Oh, Bia, será que tu não me dá uma aula de como entender as mulheres?
-Eu não posso te ensinar nada, mas o Almodóvar pode.
-O Almodóvar? Aquele dos filmes cheios de vermelho?
-Hehehe. É. Ele mesmo.
-Mas eu queria uma resposta pronta. Filme sempre tem entrelinhas. E tu sabe que eu sou péssimo com esse negócio.

Silêncio.

-Fale com ela.
Ele me olha com cara de "quê?".
-Fala com as mulheres. E escuta, também. Todas as respostas aparecem, tu vai ver.

"A mulher precisa ser tocada, mimada, acariciada, você precisa falar com ela, ouvir seus segredos... fale com ela...."
(Benigno)

quarta-feira, 29 de abril de 2009

O cinema me pregando mais uma peça


Estou comprando quase todos os títulos da coleção Cinemateca VEJA. Odeio a VEJA, mas essa eu não podia perder. Mas, por culpa do meu porquinho estar quase vazio( deve ser a gripe suína), tive que passar batido por Uma linda mulher. Chorei litros ontem por isso. Acho que eu tive um lapso de memória e esqueci o quanto esse filme me faz feliz. Quem em conhece sabe que eu sou chata pra romances e que na minha lista de filmes preferidos dá pra contar nos dedos os que romãnticos. Enfim, vou ver se junto uns trocados e compro a edição especial de aniversário de 15 anos de lançamento do filme. Daí, saí da frente: eu vou curtir aquele amor da Julia e do Richard. Porque eles são um charme e eu duvido, du-vi-do, que alguma mulher nunca na vida andou na rua e imaginou aquela música tocando.


Pretty woman, walkin' down the street
Pretty woman the kind I like to meet
Pretty woman I don't believe you, you're not the truth
No one could look as good as you


Ai, ai.

Bjus da Bia

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Rapidinha



Hoje a coisa é rápida, mas nem por isso menos importante:

Tati e Aninha: eu amo vcs duas, viu??????
Muitooooo!
Bjus da Bia

terça-feira, 21 de abril de 2009

Homens Almodóvar


Ontem assisti pela quarta vez Fale com ela, de Pedro Almodóvar. E chorei pela quarta vez. Almodóvar é mais mulher que qualquer mulher. Não por fora, mas por dentro, que é onde interessa. Porque a gent epode atá matar barata e encarar um romance sem compromisso, mas lá no fundo a gente é sempre feminina, no sentido mais puro da palavra. E isso não é pouca coisa.
Os homens mostrados em Fale com ela são mulheres. Choram quando se deparam com o que lhe toca o coração, ajudam sem exigências, são atento a detalhes, demoram pra esquecer um amor. E isso são símbolos femininos. Muito mais que batom e bolsa gigante. E Almodóvar sabe disso e faz questão de mostrar na tela com uma elegância digna das divas.
Almodóvar mexe sempre comigo. É o tipo de cara com quem eu queria tomar um café e conversar por horas, mas escutando que falando. Daqueles homens que toda mulher queria ter pra poder gritar e saber que está sendo ouvida e que não vai precisar de resposta.
Não, queridos, não é a monografia alterando meus sentimentos. Eu sou intensa mesmo. E dentro de um cinema, essa intensidade dobra. Meu coração tá sempre desabrochando.

Esse frio,alguns restos de páscoa(levo tempo pra comer tudo) e as coisas dando certo mas mesmo assim a gente deseja uma conversinha. E quando eu digo a gente, tô falando das mulheres. Todas.
Falem com elas.

Bjus da Bia