sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Menos é mais


Tenho um amigo que quer ser ator. Dias atrás, ele me mostrou um vídeo que fez junto com um amigo e o irmão. Um curta-metragem com um tema que me agrada: os ritos de passagem da adolescência. Algumas falas eram baseados no livro O Apanhador no campo de centeio, de J.d. Salinger(todo mundo tem que ler!). Gostei do cenário limpo, das tomadas, dos closes. Mas não pude deixar de reparar na interpretação do meu amiguinho. Forçada, caras e bocas, voz falsa. Não acreditei em nada que ele disse. Como eu sou sincera mas mamãe me deu educação, resolvi responder a pergunta "Que tu achou?" da seguinte forma: mostrei a ele Papillon, com Steve McQueen e Dustin Hoffman. Gestos sutis e precisos, falas que soam naturais, sofrimentos que aprecem reais, gritos "discretos" que mostram todo o sofrimento do personagem. Sutileza. Talento.
Não sei se meu amigo entendeu o recado, mas eu tentei. Não sou atriz, mas o cinema me ensinou que bons atores procuram na vida sua inspiração. O método do Actor's Studio até funciona. A cena da luva em Sindicato de ladrões, de Elia Kazan é a prova disso. Mas e James Dean brincando com a corda em Assim caminha a humanidade? Simples, banal, mágico.
Menos é mais. Dizem que funciona com moda e decoração. Eu diria que com interpretação, essa devia ser a regra maior.

Bjus da Bia

Nenhum comentário: