Tô cada vez mais parecida com o meu pai. Não só nos traços, mas na teimosia e na paixão pelas coisas que faz. Saber que nesse momento le está lá, no hospital, fazendo fisioterapia, me deixa frágil e ao mesmo tempo corajosa. O jeito calado, um tanto frio dele me olhar...e ao mesmo tempo as poucas palavras de incentivo que ele me diz antes de eu sair de casa. Elas têm um peso gigante na minha vida. Daí a cabeça se invade de lembranças...
O dia que ouvi ele dizer orgulhoso pra um amigo: "minha guria sabe tudo de cinema". Isso é uma baita mentira, mas me fez sorrir.
Natal de 1991. No pacote do papaim uma réplica de um avião de guerra. Eu não gostei muito. Só depois de meia hora de papo sobre filmes de guerra eu fui brincar com o tal presente.
Eu na sala ouvindo ele trabalhar e cantar Bee Gees todo desafinado.
As aulas sobre o Led Zeppelin que eu ministrei pra ele nas últimas férias.
Saulo Antônio Zasso, meu papai. A maior figura que eu já conheci. O primeiro ídolo que tive na vida. O cara com quem eu mais brigo e peço dsculpas no mundo. O homem que me disse: vai lá e segura o teu sonho.
Segunda-feira, que chegar pra ele e escrever mais uma página desse roteiro doido:
-Pai, eu passei.
Bjus da Bia
2 comentários:
Biaa!
Que lindos teus textos...
Espero que teu pai melhore logo!! Tô torcendo ctigo...
Lembro láááá no primeiro semestre, qdo tinhamos aulas aos sabados de manhã, terminava a aula e tava ele lá te esperando...
Aquilo me deixava tão feliz por ti e c uma pontinha d inveja, pq eu nunca tive um pai pra me buscar em lugar nenhum!!
É realmente bonito ver isso...
Um beijao, gata!! :)
SUCESSO, torço dmais por ti, minha primeira amiga no jornalismo ;)
Lindo !
Bj
James
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