segunda-feira, 21 de junho de 2010
Enfim, Alice
Passado o alvoroço em torno de Alice no Pais das maravilhas, de Tim Burton, me sinto a vontade para transmitir minhas impressões sobre o filme. Pra começo de conversa: Alice não éo melhor filme de Burton, é apenas o mais comentado. O culpado disso é a Disney, que investiu dinheiro e tempo na versão da história de Lewis Carrol. Mesmo com os discutidos cortes e alterações no roteiro definidas pela produtora, a assinatura de Burton está lá. De leva, mas está. O clima dark, fantasmagórico, maluco, divertido. Mas Alice não é mais a mesma. Para quem leu o livro ainda na infância, como eu, é um tanto quanto estranho ver a protagonista como uma garota de 19 anos, um tanto quanto confusa para a idade. Mesmo que o livro seja daqueles que trazem um novo significado para o leitor a cada fase da vida, essa mudança na trama me incomodou bastante.
Em 3D, Alice tem impacto, enche os olhos e dá até vertigem em alguns momentos. Nota dez para a diversão e nota mil para a senhora Burton Helena Bonham Carter, no papel da Rainha Vermelha. Já Anne Hathaway estava um tanto afetadinha como a Rainha Branca, numa interpretação que não convence nem quem tem menos de 5 anos. E Johnny Depp...bom, ele é Johnny Depp e isso quer dizer ser vários. Apenas concentrou-se a deixar transparecer o Chapeleiro Maluco que mora nele.
No fim das contas, Alice no País das maravilhas é um bom filme, diversão de qualidade mesmo. Mas o talento de Tim Burton foi contido em nome de uma bilheteria garantida. Mas isso tem o seu lado bom: Burton nunca esteve tão em voga. Foi presidente do jurí em Cannes e tem concedido entrevistas para os principais programas de tv. Uma bela vitrine para chamar a atenção para seus filmes anteriores, desde As aventuras de Pee-Wee até Ed Wood. Como fã antiga do diretor, eu torço por isso. Afinal, sucesso costuma trazer na garupa a possibilidade de investir no projeto dos nossos sonhos.
E antes de me despedir, recomendo que todos leiam o livro, não importando a idade. Eu li aos 7, depois aos 15 e agora, aos 23. Cada leitura me deu um livro novo e cada vez melhor.
Bjus da Bia :)))
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