segunda-feira, 12 de abril de 2010

Infância de carburador


Eu e o Opala do Vovô


Numa coisa, pelo menos, eu puxei ao meu pai: sou apaixonada por carros antigos. Ao contrários das linhas modernas das máquinas de agora, havia todo um charme, inclusive nos modelos populares de outros tempos. Mas tenho que delcarar o meu amor pelo Opala. Quando converso com meus amigos que também curte uma "lata velha", sempre rola a pergunta 'mas por que logo o Opala?'. Eu explico, meninos. É caso de amor.
Fui praticamente criada dentro de um Opala. Meu avô tinha um quando eu nasci e eu comecei a ver a vida passar na janela dentro de um modelo bege e depois, um grafite. Quando meu avô resolveu que era hora de mudar de ares, eu tinha 8 anos. E sofri muito pra deixar de andar no Opalão do vô. Ontem, ao passear por uma exposição de carros antigos, me deparei com vários modelos lindos de Opala. Mas nenhum com o cheirinho da minha infância, a fumaceira do cigarro do meu vô durante as viagens até Floripa nem a bagunça das minhas bonecas espalhadas no banco de trás. Mesmo assim, bateu saudade.
É em momentos assim que a gente percebe o tempo passar. Temos um passado e ele já dói quando lembrado.

Bjus da Bia

Um comentário:

James Pizarro disse...

Putz...que ficou com saudade agora fui eu. Porque tive 5 Opalas durante minha vida, dois brancos, um prata metálico, um azulão e outro duma cor que não me lembro mais o nome.
Adorava aquele porta-malas imenso, onde cabia de tudo. Era um grande carro. Eu e minha mulher na frente, os 3 filhos e a empregada atrás, e a tralha toda no porta-malas. E ainda sobrava lugar.
Mais um ponto de coincidência entre eu e tu, Bia...rssss
Beijo "opalino" !

James Pizarro