sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Um grande garoto


Estava eu catando coisinhas na banc de revista quando me deparo com a seguinte cena: quatro revistas femininas e uma de cinema traziam Natalie Portman na capa. Enquanto as Claudias e Marie Claires da vida davam ênfase a beleza e a gravidez de 5 meses da protagonista de Cisne Negro, a outra explorava o talento inquestionável de Natalie desde os tempos de O Profissional, onde arrasou ao lado de Gary Oldman e algumas armas. Mas enquanto o mundo volta seus olhos para a impecável Miss Portman, esse humilde blog vai falar dos olhos azuis mais talentosos da nova geração. Ladies and Gentlemans,com vocês, Jesse Eisenberg.
Tem muita gente chamando o guri de revelação, mas eu conheci o rapaz no filme Férias Frustradas de Verão, tenebroso título em português para a comédia Adventureland, dirigida por Greg Mottolla, onde ele atua ao lado de uma linda Kristen Stewart que passa longe da sem sal Bella da saga Crepúsculo. E ainda tem A vila, O clube do Imperador e A educação de Charlie Banks. Todos filmes legais, mas que mais chama a atenção é a atuação de Jesse. Discreta, bem dosada e que passa longe da fraqueza, típica dos atores que acreditam que o exagero é para os fracos. Qualquer semelhança com os pseudo-intelectuais presentes na nova geração de atores não é mera coincidênia.
Jesse não faz o tipo bonitão, mas tem o seu charme. Essa que vos escreve arrastaria um trem por aqueles cachinhos dourados. E não há como fugir da comparação com a geração de atores da década de 60 e 70, que chegou com menos beleza de capa de revista e mais talento e dedicação a arte de atuar. Saía Cary Grant, entrava Dustin Hoffman e o cinema se rendia a um novo mundo, a novos temas. A geração de Jesse não tem tantos tabus para quebrar, mas ainda está bastante dividida entre galãs de blockbusters e esquisitinhos de filmes cabeça. Eisenberg parece estar disposto a viver na linha do meio, dando o melhor de si nas duas frentes.
Óbvio que A Rede Social trouxe para Jesse uma visibilidade gigante, mas não se pode esquecer da temida maldição do Oscar: há um sério risco dele se tornar o "ator que faz o menino que criou o Facebook" e repetir por um bom tempo o papel de jovem gênio incompreendido. Mas não se pode perder a esperança, ainda mais com a boa safra de filmes que 2011 promete.
Se eu vou torcer por ele na noite do Oscar? Talvez, pois estou bem dividida ainda. Minha única certeza é torcida pela Natalie e seu lindo barrigão. Aliás, em breve ela será uma balzaca, coisa que vai acontecer com o Jesse daqui a 3 anos. Com 30 ou com 20, o que importa é o talento. E Jesse é um grande garoto. Na tela grande e foa dela.

Bjus da Bia

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