quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011
Eu gostaria de agradecer...
Domingo tem Oscar e a preparação aqui em casa já começou. Bolão de apostas, estoque de pipoca reforçado, previsão do tempo conferida e faxina no mode-on. Mas mais do que torcer pelos filmes preferidos, domingo de Oscar é dia de conferir discursos.
É na hora dos acontecimentos que as coisas se revelam. Os que levam papeizinhos no bolso tem a minha antipatia. Discurso pronto é chato na política, imagina em entrega de prêmio. Choro em demasia. Uma coisa é emoção, outra bem diferente é escarcéu, onde mal se consegue entender o que o premiado diz. Nessas horas que a gente percebe como é dura a vida dos dubladores da Globo, responsáveis pela mais repugnante das transmissões da premiação. Se traduzir uma dicção perfeita é complicado, imagine uma voz engasgada.
E as listas de agradecimento? Tem gente que agradece até o vizinho. OLha, a não ser que seu vizinho seja diretor de fotografia ou um grande camarada, não há porquê ficar rasgando seda. Você está ali, com o Oscar na mão porque fez um filme. Agradeça quem lhe ajudou a chegar até ali. Esqueça o tio, a tia, a babá. A não ser que eles tenha levado você ao cinema. Ai sim, vale a pena lembrá-los.
Sim, eu sou chata. Odeio discursos. Nem no meu aniversário me presto a dizer mais do que dois parágrafos. Acho que em momentos de emoção, nenhuma palavra é realmente significativa. Tem silêncios que dizem muito mais.
Talvez, um dia, quem sabe, quando eu estiver com um Oscar de verdade na mão, bem diferente daquele de chocolate que ganhei na última Páscoa, eu não me contenha e solte o verbo aos soluços. Mas até lá, vamos falando pouco e cinemando muito.
Bjus da Bia
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3 comentários:
Prefiro o Framboesa de Ouro
O problema do Oscar é que ele é meio injusto e tendencioso... e é completamente americano. Quem é de fora não tem chance...
Meio... Ele é totalmente tendencioso, mas enfim, é uma festa deles.
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