terça-feira, 10 de agosto de 2010
Aquela da ervilha
Papo no msn pegando. Minha amiga Juliano, que ano que vem se forma em pedagogia (ebaaaa!) está estudando as princesas criadas por Hans Christian Andersen. A conversa tava muito boa, cheia de novidades, mas eu me vi feia no retrato quando recebi uma perguntinha aparentemente simples da Ju.
- Bia, me diz qual é a tua princesa favorita? Todo mundo tem uma :)
- Vixi, essa me pegou!
Perguntar é meu maior vício, mas não ter respostas sempre me deixa sem graça. Respondi que era A Bela adormecida, por causa do filme da Disney. Mas era mentirinha, daquelas do bem que a gente se vê obrigado a contar. Quase perdi o sono naquela noite. Até que acabei esquecendo. Só que...bom, senta que lá vem a história!
Eu tava lá de bobeira, ouvindo Chico Buarque, comendo Twix e rabiscando uma bobagem qualquer. Como sempre, TV ligada , mal de família. Daí eu parei de mastigar e escrever pra olhar pra tela.
A TV Cultura (que tá passando por uma crise feia, pra desespero dos telespectadores)está reprisando a série Contos de Fada, produzida pela atriz americana Shelley Duvall, a eterna Olívia Palito do cinema. O programa, que é um sucesso na América, apresenta versões em estilo teatral das principais histórias infantis com um elenco sempre recheado de estrelas. Me deparei com Liza Minnelli (Cabaret!) interpretando a protagonista de A princesa e a ervilha. Fixei os olhos na telinha e só parei quando terminaram os créditos finais. Sabe aquelas imagens que trazem várias lembranças?
Lá estava eu pensando no primeiro livro que li na vida - uma versão (imagem acima) capa dura e bem ilustrada de A princesa e a ervilha, da coleção Pom Pom. Que fim ela levou não lembro, mas posso afirmar que chegou um tempo em que eu não precisava mais ler, apenas olhar as figuras que eu já lembrava de tudo. Me fascinava o estranho teste de sentir uma ervilha debaixo de vinte colchões e vinte lenções para provar a realeza de uma moça. Acho uma das tramas mais interessantes dos contos de fada. Não tem sapatinho de cristal nem beijo-despertador, mas tem um toque de mistério único. Seria aquela garota delicada uma princesa de verdade?
Precisei voltar aos tempos em que a minha babá era a TV para conseguir responder com certeza qual era a minha princesa favorita. Hoje falo sem pestanejar: eu gosto daquela da ervilha.
Bjus da Bia
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário