
Vi uma moça esses dias na rua com uma bolsa à lá Mary Poppins. Sabe aquele tecido que parece tapete? Pois é, era bem assim. Daí lembrei que preciso organizar a minha. Tem coisas lá dentro que nem eu sei como forma parar lá. Só de ingressos de cinema deve ter umas duas dúzias.
Entre as muitas funções que uma bolsa tem ( conhece alguma mulher que tem uma só? Duvido!) minha bolsa é lixeira, pois não consigo jogar lixo no chão. Quando a preguiça pensa em me pegar pelo braço antes que eu encontre um lugar adequado para a sujeira, eu lembro da minha vó e pimba, lá se vai tudo pra dentro da bolsa ou dos bolsos. Dona Branca vive com sua bolsa recheada de papeizinhos de bala 7 Belo (que ela come aos montes!)Ou seja, essa coisa de fazer da bolsa depósito de sujeira numa cidade como Santa Maria onde encontrar uma lixeira em bom estado é uma aventura digna de Indiana Jones é um hábito. Mas parece que nem todo mundo pensa assim.
Escuta essa.
Estava eu, leve e faceira, andando pela rua, quando vi um garotinho jogar uma lata de refrigerante no chão. Tá, ele não devia ter mais do que 5 anos e a gente até considera que está na fase de aprender o que é certo e errado. Mas o feio mesmo foi que a mãe dele pareceu amar a situação pois, minutos depois, amassou um folheto e pluft! jogou no chão. Que coisa bem linda! Dois porquinhos passeando no centro da cidade. Naquele momento, não teve como não lembrar das minhas amigas que insistem em dizer que a minha bolsa é um condomínio de bactérias de tanto papelzinho, bilhetinho, rabisquinho. Vou dizer uma vez só: a bolsa é minha, o "pobrema" é meu! Mas a cidade é nossa e tratá-la como eu trato a minha bolsa devia causar bactéria da braba.
Bjus da Bia, a rainha do lixão