terça-feira, 6 de julho de 2010

Tudo igual, tudo diferente


Daí a gente pára pra pensar que o tempo está passando. Talvez seja uma crise dos 30 precoce ou então apenas o desconfiômetro voltando a funcionar depois da Copa do Mundo. Tudo começou quando meu irmão torto (ele é afilhado da minha mãe, mas foi criado aqui em casa e a gente briga e depois diz que se ama como bons irmãos ;) falou que a namorada ia matar aula na faculdade para assistir Eclipse, o novo filme da saga Crepúsculo. E mais: ia com camiseta, pôster e garganta preparada para gritinhos. Daí eu me lembrei das minhas noites insones nas portas das grandes livrarias, esperando a chegada dos livros de Harry Potter, das disputas pelo melhor lugar no cinema e da mesada se esvaindo em revistas e albúns de figurinhas. A diferença é que a namorada do meu irmão tem 19 anos e eu tinha 13 naqueles áureos tempos de euforia. Continuo fã de Harry Potter (nerd morre ner e renasce nerd), mas agora meu coração fica feliz só de conseguir a melhor poltrona na estreia, de preferência num horário onde crianças que nunca leram um livro da série passem longe. Confesso que uma certa invejinha de soltar gritinhos do alto dos meus 23 anos na porta do cinema sempre me cutuca, mas é tão rápido que nem dá tempo de bambear. Aprendi que gosto do coração disparado, das mãos meio trêmulas...aquela alegria que só a gente sente e que, nem por isso, é menos divertida.

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