Cara feia. Taí um negócio que eu tinha medo quando era pequena. De certas pessoas da família eu só me aproximei depois de grande, poque quando eu era criança, morria de medo da cara delas. Nem todas eram carrancudas, não, tinha umas até bem delicadas. Mas sei lá...tinha uma coisa lá que me incomodava. Gente gentil demais sempre me deixaram em pânico. Sabe aquelas tias que apertam a tua buchecha e falam como se a gente tivesse um mês de idade? Não existia cara mais feia pra mim do que essa. A "meiguice" conseguia o feito de deformar titias e afins.
Cresci e perdi esse medo. Perdi não, escondi numa gaveta qualquer. De vez em quando ele salta e eu tomo uns sustos por aí. Mas essa encanação com cara feia me deu um hábito que muito me ajuda na minha profissão e nas minhas aventuras como escritora.
Adoro observar os rostos na multidão. Tá, não precisa ser multidão, pode ser consultório de dentista. Gosto dessa brincadeirinha divertida de tentar adivinhar o que pensa ou pra onde vai determinada pessoa. Sabe quando a gente vê alguém anotando algo na agenda? Eu fico logo pensando que pode ser uma carta de desculpas, ou então o início de um livro que vai ser sucesso. Tá, você aí do outro lado deve estar pensando: e se ela só estiver anotando que precisa comprar sucrilhos e leite? Fazer o quê.
Imaginação serve pra gente colocar graça na vida.
Bjus da Bia
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