quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Oblíqua, dissimulada e roqueira


Passei o dia contando as horas que falatavam para a estréia da microssérie Capitu, com direção do talentoso e ousado Luiz Fernando Carvalho. Esse cara já fez meu coração bater mais forte ao adaptar um dos meus livros preferidos para a tela grande, o tocante Lavoura Arcaica. Depois ele me fazia dormir mais tarde com o mágico Hoje é dia de Maria, talvez uma das coisas mais belas que a TV aberta já produziu.
E o primeiro capítulo já deixa claro que o diretor acertou a mão mais uma vez. Adaptar Machado de Assis(a única coisa boa que a escola me apresentou, diga-se de passagem) não é tarefa fácil. E Luiz Fernando escolheu o caminho menos óbvio: nada de adaptação literal e sim visceral. Os atores estão ótimos(Michel Melamed é um dos meus preferidos,adoro o cara faz tempo, meu ídolo, tudo de bom, exemplo de ator) e Letícia Persiles tem os olhos certos para o papel da Capitu jovem.Sem contar a tatuagem linda!!! E a trilha roqueira, então?! Black Sabbath e Beirute!!!! Quase infartei e sai cantando junto! Perfeita!

Fica a dica: assistam Capitu antes que a tv seja invadida pelos tenebrosos especias de fim de ano onde todo mundo sofre e fica feliz no final. Aff! Viva o lado bom da Tv Globo!

Machado de Assis é rock'n'roll. E isso a escola não ensina. Oh, mundo imperfeito!

Bjus da Bia, que sonhou a adolescência inteira em ter olhos oblíquos e dissimulados.

2 comentários:

Ana Bittencourt disse...

meu deus... essa crítica deveria estar na Bravo!.
Vai mandar pra lá ou quer que eu mesma faça isso??

ps. não assisti, aliás, esqueci completamente, sendo que tô a dias lembrando 'terça-feira, terça-feira'... maldita defesa!!!

TatiPy disse...

Bia, qual é a música que toca quando a Capitu aparece? Um achado aquilo!