"Tudo é uma questão de manter
a mente quieta
a espinha ereta
e o coração tranqüilo"
Amo esse mantra-canção do Walter Franco. Ainda mais na voz da Fernanda "fofa amada" Takai. Está na trilha de Houve uma vez dois verões", filme do Jorge Furtado que eu vi mais de 6 vezes. É um filme sincero e divertido. E é assim que eu vejo a vida.
Resolvi ser caseira nessas férias e descobri que isso não é pra mim. Apesar de amar cozinhar, não me divirto muito tendo que ajudar com o cardápio todos os dias. Às vezes, preciso mesmo é de um sanduíche bem gorduroso, sem precisar oferecer pedaço pra ninguém. Por isso, resolvi aceitar uma carona e ir para Porto Alegre. Lá, eu vou trucidar a saudade dos amigos, passear na Casa de Cultura Mário Quintana como se fosse a minha sala de estar, visitar o meu amigo MARGS e fazer compras como uma pseudo-patricinha. Muitos sapatos e chapéus novos. Livros e vinis, muitos, uma verdadeira overdose.Passar horas naquelas sala de exibição que só aumentam o meu vício. Tomar café e chimarrão. Ficar na fila junto com outro pottermaníacos e conhecer gente nova. Sirius Black forever!!!! Enfim, vou tirar férias das minhas férias. Sempre com a mente tentando ser quieta, a espinha ereta graças aos 13 anos de balé e o coração tranqüilo, que tenho desde que nasci.
Bjus da Bia
quinta-feira, 19 de julho de 2007
FRIDA KHALO VESTE AS SAPATILHAS
Imagine uma escola que une dança, arte e noções de cidadania. Pois essa essa escola existe em Santa Maria. É A Royale Escola de Dança e Integração Social que há dez anos desenvolve um trabalho com cerca de 180 crianças de bairros carentes da cidade. Mas não se engane pensando que essas bailarinas vêem a dança apenas como um mero passatempo.
Eduarda Marques, 12 anos, é a mais falante entre as meninas que integram a Royale Escola de Dança e integração. Quem a vê falar com brilho nos olhos sobre dança nem imagina que a garota não gostava nada de balé. “Eu tinha uma colega que dançava e achava que ela era muito metida, patricinha”, conta. Só depois de assistir a alguns vídeos sobre dança clássica foi que Eduarda resolveu ir atrás e passou a integrar a Royale.
Já Jéssica Selle, 16 anos, quatro deles dançando na Royale, integrou um grupo de danças tradicionais gaúchas. “Entre para o CTG, mas não era muito a minha praia. Quando descobri o balé, me apaixonei”, diz Jéssica, que quer fazer da sapatilhas seu instrumento de trabalho. “Quero transformar o que aprendi aqui em profissão”, declara. Já deu para perceber que vontade de dançar não falta, mas há algumas pedras no caminho dessas garotas. O transporte é a uma delas. Sem nenhum apoio das empresas de trasportes ou da prefeitura, algumas meninas precisam se virar para não perder nenhum ensaio ou atividade. Outro ponto complicado é a participação dos pais dentro da escola. “Tenho reunião com os pais das alunas de quinze em quinze dias, mas a maioria não comparece. Eles alegam a falta de transporte, mas a maioria não tem interesse em saber do andamento do trabalho”, conta Taiana Sperotto, psicóloga da Royale. Mesmo com a falta de interesse da família, Tainá não deixa de observar uma mudança significativa nas garotas. “Elas não mudam só a postura física, mas também o lado social. Aqui elas aprendem que a dança não é uma competição e sim uma cooperação”, diz.
Como acontece todos os anos, a Royale prepara seu espetáculo de final de ano. Tendo como inspiração a vida e obra de Frida Khalo e Diego Rivera, as meninas já estão entrando no clima mexicano também nas aulas de artes plásticas. Elas prepararam trabalhos manuais e quadros inspirados em temas freqüentes na obra dos dois artistas, como as flores e as cores quentes. “As meninas estão ansiosas para pintar as telas com os auto-retratos. Estão se sentindo artistas de verdade”, conta a professora de artes Adinéia Araújo. Em outubro, as meninas vão apresentar seus trabalhos no Monet Plaza Shopping, que também colabora doando matérias para as aulas, como tintas e telas.
Frida Khalo influencia, até hoje, artistas das mais diversas áreas. E as meninas da Royale vão, aos poucos, descobrir que é possível expressar cores, amores e outros sentimentos através de suas sapatilhas.
Eduarda Marques, 12 anos, é a mais falante entre as meninas que integram a Royale Escola de Dança e integração. Quem a vê falar com brilho nos olhos sobre dança nem imagina que a garota não gostava nada de balé. “Eu tinha uma colega que dançava e achava que ela era muito metida, patricinha”, conta. Só depois de assistir a alguns vídeos sobre dança clássica foi que Eduarda resolveu ir atrás e passou a integrar a Royale.
Já Jéssica Selle, 16 anos, quatro deles dançando na Royale, integrou um grupo de danças tradicionais gaúchas. “Entre para o CTG, mas não era muito a minha praia. Quando descobri o balé, me apaixonei”, diz Jéssica, que quer fazer da sapatilhas seu instrumento de trabalho. “Quero transformar o que aprendi aqui em profissão”, declara. Já deu para perceber que vontade de dançar não falta, mas há algumas pedras no caminho dessas garotas. O transporte é a uma delas. Sem nenhum apoio das empresas de trasportes ou da prefeitura, algumas meninas precisam se virar para não perder nenhum ensaio ou atividade. Outro ponto complicado é a participação dos pais dentro da escola. “Tenho reunião com os pais das alunas de quinze em quinze dias, mas a maioria não comparece. Eles alegam a falta de transporte, mas a maioria não tem interesse em saber do andamento do trabalho”, conta Taiana Sperotto, psicóloga da Royale. Mesmo com a falta de interesse da família, Tainá não deixa de observar uma mudança significativa nas garotas. “Elas não mudam só a postura física, mas também o lado social. Aqui elas aprendem que a dança não é uma competição e sim uma cooperação”, diz.
Como acontece todos os anos, a Royale prepara seu espetáculo de final de ano. Tendo como inspiração a vida e obra de Frida Khalo e Diego Rivera, as meninas já estão entrando no clima mexicano também nas aulas de artes plásticas. Elas prepararam trabalhos manuais e quadros inspirados em temas freqüentes na obra dos dois artistas, como as flores e as cores quentes. “As meninas estão ansiosas para pintar as telas com os auto-retratos. Estão se sentindo artistas de verdade”, conta a professora de artes Adinéia Araújo. Em outubro, as meninas vão apresentar seus trabalhos no Monet Plaza Shopping, que também colabora doando matérias para as aulas, como tintas e telas.
Frida Khalo influencia, até hoje, artistas das mais diversas áreas. E as meninas da Royale vão, aos poucos, descobrir que é possível expressar cores, amores e outros sentimentos através de suas sapatilhas.
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